𝑪𝒐𝒏𝒔𝒄𝒊𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂?! 𝟏

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𝑶𝒊 𝒐𝒊 𝑷𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔, 𝑺𝑼𝑹𝑷𝑹𝑬𝑺𝑨 ! 𝑱𝒂́ 𝒐𝒖𝒗𝒊𝒓𝒂𝒎 𝒂 𝒎𝒖́𝒔𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒐 𝒔𝒑𝒐𝒊𝒍𝒆𝒓? 

Beijos e abraços, carícias e amassos
Foi muito lindo e eu tenho que contar um relato
Nós dois pelados, dentro do carro...

 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒖𝒓𝒕𝒆𝒎; 𝒏𝒂̃𝒐 𝒎𝒆 𝒐𝒅𝒆𝒊𝒆𝒎... 𝑩𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂! 😳😈🤫

Saí do bar sentindo o coração alucinado e minhas pernas tremiam, sabendo que Eda vinha atrás de mim

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Saí do bar sentindo o coração alucinado e minhas pernas tremiam, sabendo que Eda vinha atrás de mim. Minha cabeça rodava, mas não era apenas por causa da bebida, que eu havia tomado sem comedimento. Era pela presença dela, que arrepiava minha pele, que enchia meu olfato de novas fragrâncias, que deixava meu corpo em suspenso. Parei de ser pensamento e razão; tornei-me pele, boca, língua, pelos eriçados, sentidos aguçados. Tornei-me algo único, nunca alcançado, com uma essência diversa do que sempre havia sido.

A brisa fria que vinha do mar me recebeu em cheio quando saí. Quis fechar os olhos e só senti-la. Talvez abrir os braços, deixar o frio entrar em mim, refrescar aquela ardência que me tomava por inteiro. Eu estava estranho, consciente do meu corpo, dos meus sentidos. Uma mecha do meu cabelo veio para meu rosto, roçando minha face e só aquilo bastou como uma carícia. Arfei, drogado de sensações, de tudo o que tinha sufocado durante a vida toda e agora estrondava em mim. Não afastei meu cabelo, parei entre as plantas da entrada e virei-me para Eda.

Ela me olhou. Tão íntima e tão densa que seus olhos pareciam parte dos meus. Parou também, perto, mas suficientemente longe. Atenta, séria, até mesmo dura. Era quase como se estivesse com raiva, o que me desconcertou. Eu não sabia o que dizer. Faltavam-me palavras para dimensionar tudo o que eu sentia. E o modo como seu olhar passeou pela mecha em minha testa e a sua expressão firme só pioraram minha embriaguez mais emocional do que física.

Foi Eda quem reagiu primeiro. Não disse muito. Apenas andou, passou ao meu lado e me chamou:

— Vem comigo.

Corri os dedos entre os cabelos, afastei-os e ergui um pouco o rosto para receber o ar e me recuperar. Segui até a rua, onde vários carros estavam estacionados no meio-fio. Eda seguiu mais um pouco, e achei que andaríamos até o ponto do ônibus. Eu me concentrei em manter minhas pernas firmes, mas era difícil. Ela diminuiu o passo, prestando atenção em mim. Talvez pensasse que eu poderia tropeçar e cair a qualquer momento.

— Aqui. — Quando parou, eu o fiz também, sem entender.

Ela desativou o alarme de um BMW e destravou as portas. Quando abriu a porta do passageiro para mim e me olhou, franzi o cenho.

— O ponto é na outra rua. Entre aí que deixo você lá. — Sua voz era fria, seca.

— Tá.

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