⚠️ 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒋𝒐𝒔𝒂𝒔, 𝒃𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂!!
Tentei ser um marido ainda mais dedicado na semana seguinte. Também passei a frequentar mais a casa dos meus pais.
Naquela quinta-feira, jantaria com eles e com meu irmão, já que Selin iria para a instituição e voltaria tarde. Antes, fui para a casa de Zehra abla, vizinha que eu conhecia desde a infância. Cheguei lá pouco depois do almoço para pegar uma documentação para fazer as contas. Era um dos bicos que eu fazia. Eu gostava de ir lá. Com quase noventa anos, Zehra abla era uma senhora saudável e lúcida, que adorava conversar e sempre insistia para que eu ficasse um pouco e a acompanhasse num café quentinho com biscoitos amanteigados. Ficávamos na sala, e ela falava bastante sobre sua vida, seu passado e seu filho único, que trabalhava como militar e nunca tinha se casado, por isso morava com ela. Lamentava não ter netos, mas já havia se conformado.
Naquela tarde, não foi diferente. Enquanto eu olhava a documentação para ver se estava tudo correto, Zehra abla descansava no sofá, com as pernas estendidas. Seu cabelo era branco como algodão, e ela estava sempre cheirosa e arrumada. Quando comentei isso, sorriu.
— Uma pessoa nunca pode descuidar da vaidade.
— Seus olhos embaçados passaram por minha roupa, por minha blusa escura fechada e pela calça social, seguida por sapatos.
— Você não é vaidoso. Nunca o vi usar roupas mais despojadas.
— Não uso. — Sorri de volta e me concentrei nos números.
— Com um corpo desses? Que pecado! — exclamou. — Já é lindo assim, imagine arrumado! Pararia o trânsito.
Ri, meio sem graça.
— Vaidade é um dos sete pecados capitais, Zehra abla.
— Besteira! — Ela fez um gesto irritado com a mão. — Pecado é não se sentir bem, não ser feliz e não aproveitar a vida!
Olhei-a, curioso.
Ela continuou:
— O problema é interpretar as coisas ao pé da letra. Veja bem, o que é errado é a pessoa se achar o mais lindo do mundo, desprezar os outros, julgando-os inferiores e ser narcisista. Mas vaidade na medida certa faz bem. Você não acha?
Pensei antes de responder. Eu tinha sido criado longe de qualquer coisa que me aproximasse do mundano e me afastasse do religioso. Em casa, era proibido roupas chamativas. Agora, mesmo casado, eu tinha tudo aquilo entranhado demais em mim. Além do mais, Selin estranharia qualquer mudança. Todo mundo estranharia.
— Serkan?
— Acho que cada um deve fazer o que gosta, mas não sou fã e nem ligo muito para moda.
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𝑷𝑬𝑪𝑨𝑫𝑶𝑹
FanficOscar Wilde citou: O amor deveria perdoar todos os pecados, menos um pecado contra o amor. O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor. PECADO Substantivo masculino. Originado do latim peccatum.i. Fle...