𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆́ 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒆𝒗𝒂𝒏𝒈𝒆́𝒍𝒊𝒄𝒐?

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𝑻𝒊𝒗𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒊𝒍𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒓 𝒐 𝒄𝒆𝒍𝒖𝒍𝒂𝒓... 𝑩𝒐𝒎 𝒄𝒉𝒐𝒓𝒐𝒔 𝑷𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔; 𝒐 𝒓𝒂𝒏𝒄̧𝒐 𝒅𝒐 𝑲𝒂𝒂𝒏 𝒕𝒂́ 𝒂𝒊́! 🤧

𝑫𝒆𝒊𝒙𝒆𝒎 𝒔𝒆𝒖𝒔 💬 𝒆 𝒔𝒖𝒂𝒔 🌟

Na semana seguinte, passei os dias de trabalho ansiando pelas noites

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Na semana seguinte, passei os dias de trabalho ansiando pelas noites. Sentia uma necessidade de ter Serkan comigo que não sabia explicar. Chegava a me assustar. Disse a mim mesma para ir com calma. Coloquei a culpa no sexo gostoso que fazíamos. Mas não era só isso. Eu estava viciada nele.

Velhos fantasmas voltaram. Minha solidão, meu medo de envolvimento. Tudo estava indo rápido demais, e resolvi colocar a cabeça no lugar.

Enquanto meu desejo era levá-lo para a minha casa todas as noites, minha razão me mandava colocar um freio naquilo. Talvez por costume ou por proteção. Eu não sabia.

Quando nos encontramos na agência, senti todo o meu corpo reagir às lembranças de nós dois, ainda vívidas demais. Tesão e emoção vieram com igual vigor. Estava na hora do almoço, e ele tinha ido se sentar naquele banco do jardim. Fui lá e me sentei ao seu lado.

— Tudo bem?

Seus olhos brilhavam como duas estrelas.

— Sim. E com você?

Entendi por que precisava ir com calma dali para a frente. Desde o dia anterior, eu não ficava em paz porque sentia sua falta.

— Também. — Analisei-o. Ele usava uma calça preta e uma blusa azul simples, com os cabelos soltos, lindo. — Teve uma vez em que eu estava na janela e vi você aqui, sentado — contei a ele, deixando aquele segredo escapar. — Ergueu um pouco a calça e tirou a boina. Levantou o rosto com uma expressão de prazer, com os olhos fechados.

Serkan ficou surpreso.

— Você estava me olhando, Eda?

— Estava. Não consegui resistir. — Corei, sem graça. — Você faz isso comigo. Decido que vou ficar longe, mas é só ver você para me dar vontade de ficar perto.

Ele me observou.

— Tinha decidido ficar longe hoje também? — perguntou, baixinho. — Você se arrependeu por... por ter passado comigo esse fim de semana?

Eu me senti uma tola vendo seu desconforto. Parei de tentar me acobertar no medo. Porra, era simples! Eu estava apaixonada, e não era de agora. Eu sabia. Não era o fato de Serkan ter acabado de se separar nem de seu divórcio ainda não ter saído. Muito menos Selin. Era aquela vontade cada vez maior de que ele se infiltrasse na minha vida e ocupasse um lugar que eu nunca tinha aberto para ninguém.

— Não me arrependi — respondi, com firmeza. — Nem do que tivemos nem de conhecer parte da sua família ontem.

Eu tinha sido bem recebida na casa simples. Não demorei muito lá. Almocei, conversei, constatei que ele estava em um lugar onde era querido. Imaginei que, se Eylin estivesse viva, nós seríamos como Serkan e Alp. Não deixei isso me entristecer. Já tinha aceitado a morte dela.

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