𝑨𝒓𝒓𝒆𝒑𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒐?!

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𝑬𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒏𝒂𝒔 𝒏𝒖𝒗𝒆𝒏𝒔, 𝑯𝒂𝒏𝑲𝒆𝒓 𝑽𝒂𝒓!!! ❤️🤩

𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒏𝒂̃𝒐 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂́-𝒍𝒐𝒔 𝒕𝒓𝒊𝒔𝒕𝒆𝒔; 𝑩𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂.

𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒏𝒂̃𝒐 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂́-𝒍𝒐𝒔 𝒕𝒓𝒊𝒔𝒕𝒆𝒔; 𝑩𝒐𝒂 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂

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Acordei com a sensação de que tinha sido um sonho. Não me levantei de imediato. Apenas deixei as lembranças fluírem, como se a noite anterior pertencesse a um universo paralelo. No entanto, meu corpo ainda parecia febril, e as lembranças me envolviam como um manto. Como negar o desejo que me corroía por dentro? A felicidade de experimentar algo delicioso, o gosto dos beijos de Eda ainda na língua, as sensações maravilhosas vividas pela primeira vez? Eu não esqueceria nunca. Mas também não podia esquecer quem eu era. Um homem casado.

Sabia que tinha que levantar e enfrentar a realidade, mas me encolhi, percebendo a gravidade dos meus atos, revivendo tudo, como fizera até de madrugada, sem conseguir dormir direito. A culpa me envolveu, mas o remorso, este não veio. Eda parecia impregnada em mim. Eu sentia minhas mãos coçarem, meu interior gelado, meu coração acelerado. Como se ela ainda estivesse ali, causando-me sensações únicas.

Com muito custo, levantei-me. Era sábado e já passava das nove horas da manhã. Eu nunca acordava tão tarde. Quase escorreguei para o chão para me penitenciar e implorar a Deus que me desculpasse, mas nem sabia ao certo o que era mais forte: minha necessidade de perdão ou meus sentidos despertos, exaltados por Eda. Logo quando amanheceu eu retornei para o quarto pois Selin não estava mais à dormir. Suspirei e fui até o banheiro pensando que Selin provavelmente me esperava e que eu não escaparia de uma conversa com ela.

Quando fui para a sala, vestido, tomei um susto. 

Meu pai e minha mãe estavam lá, sentados no sofá, conversando em voz baixa com Selin. Todos olharam para mim, sérios. Muito sérios. Fiquei paralisado. Uma vergonha imensa me fez descer o olhar para meus pés. Tudo rodopiou dentro de mim, mas olhei-os de novo, sentindo-me errado, imoral, sujo.

Selin não tinha perdido tempo.

Aproximei-me, tentando disfarçar tudo o que eu sentia.

— Bom dia. Pai, mãe — cumprimentei.

— Bom dia, Serkan. Está surpreso com nossa visita? — indagou meu pai.

Sentei-me na outra ponta do sofá, distante de Selin. Ela tinha a expressão fechada e a Bíblia nas mãos. Tive vontade de dizer a ela que deveríamos ter tentado resolver nossos problemas primeiro, antes que ela corresse para chamar meus pais, mas, como sempre, não emiti opinião.

— Sim — murmurei.

— Não deveria estar. Não depois do seu comportamento ontem. — Foi minha mãe quem falou.

Reparei que tanto ela como meu pai tinham levado suas Bíblias. Para quê?

Expulsar o demônio de dentro de mim? Dar-me aulas?

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