𝑼𝒎𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓.

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𝑶𝒊 𝒐𝒊 𝑷𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔. 𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒗𝒐𝒖 𝒇𝒂𝒍𝒂𝒓 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒆𝒔𝒔𝒆 𝒄𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐, 𝒂𝒈𝒐𝒓𝒂 𝒆́ 𝒄𝒐𝒎 𝒗𝒐𝒄𝒆̂𝒔!

𝑴𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒐𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂, 𝒕𝒆𝒎𝒐𝒔 𝟏𝑲 𝒅𝒆 💬.  🥳🤩

— Ei, Eda! O que você tem?! Está no mundo da lua hoje?

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— Ei, Eda! O que você tem?! Está no mundo da lua hoje?

A voz de Fifi, sentada ao meu lado na areia, interrompeu meus pensamentos. Tínhamos acabado de jogar vôlei de praia com outros amigos e agora estávamos batendo papo naquela manhã de sábado.

Sorri, sem jeito.

— O nome disso é homem — brincou ela.

Todos riram. Minha mente se concentrava mesmo em um homem: Serkan. Eu estava perturbada. Não apenas porque ele me atraíra a ponto de eu ter perdido a razão e quase ido até o fim no carro, mas pelo modo como tudo continuava mexendo comigo no dia seguinte. Eu sabia que o melhor a fazer era me afastar, tanto pessoalmente como pelo WhatsApp, pois tinha quase certeza de que o Pecador era ele. Eu tinha errado em tudo, desde o momento em que deixara as coisas chegarem tão longe, contando minha vida, abrindo-me, querendo mais dele. Até a noite anterior, quando não tomei a iniciativa de ir embora do bar ao perceber quanto ele me excitava. Foi loucura entrar no carro sozinha com ele sabendo como eu me sentia, com aquela necessidade nova e pulsante. No dia seguinte, racionalizando, eu vi quanto tinha ajudado a provocar aquela situação. Ainda mais tendo notado que Serkan estava alterado pela bebida.

— Mais uma partida? — perguntou Piril, jogando a bola para o alto.

— Vamos lá! — Levantei-me, sem querer me martirizar por algo que não tinha volta.

Armamos as duplas e voltamos para a quadra. Tentei me concentrar no jogo e fiquei meio puta quando perdemos, sabendo que parte da culpa era minha.

— Tá difícil hoje, hein? — comentou Fifi, minha dupla.

— Estou meio desligada e distante. — confessei, dando um tapinha no braço dela. — Fica para a próxima.

— Tá certo, Eda. Se cuida, amiga!

— Eu vou.

Deixei minhas coisas perto do grupo e fui dar um mergulho antes de ir para casa. 

A praia estava cheia, mesmo com o tempo nublado. Turistas, banhistas, pessoas caminhando e andando de bicicleta, crianças correndo até a beira do mar e soltando gritinhos por causa da água gelada. Eu gostava daquele cenário, daquela sensação de que a praia é um dos lugares mais democráticos do mundo. Praia e jogos. Não me importei com o mar frio. Mergulhei e achei uma delícia sentir o choque, deixar aquele azul me envolver, entregar-me às ondas um pouco mais fortes naquele dia. Nadei bastante até estar longe da arrebentação. Relaxei, mas o frio estava demais, e ficar parada não era agradável. Voltei nadando, já me sentindo mais desperta. Saí do mar espremendo os cabelos com a mão. Coloquei a saída e calcei os chinelos, acenei para os amigos e voltei para casa.

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