𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒃𝒆𝒓𝒕𝒐?

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⚠️ 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂𝒔, 𝒂𝒈𝒐𝒓𝒂 𝒆́ 𝒓𝒆𝒂𝒍, 𝒐 𝒔𝒖𝒓𝒕𝒐 𝒗𝒆𝒎!

𝑩𝒐𝒎 𝒔𝒖𝒓𝒕𝒐. 😳🤭

Eu sempre almoçava em casa

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Eu sempre almoçava em casa. Como eu morava perto do trabalho, dava para ir e voltar tranquilamente, além de tirar um tempo para descansar, assistir algo ou bater papo com Seyfi, quando ele estava por lá.

Naquela segunda-feira, não demorei muito em casa e logo voltei para a Art Life, pois tinha contratos novos e estava agitada, como sempre ficava com os projetos. Entrei na minha sala cheia de planos, com a mente fervilhando. As janelas estavam abertas, e o sol da tarde entrava na sala, esquentando um pouco o ambiente. De manhã, eu gostava da brisa, da claridade. Era só naquele horário que eu as fechava para ligar o ar-condicionado.

Ergui as mãos e segurei as laterais externas da janela, pronta para puxá- las. Não sei o que me fez olhar para baixo, onde havia um pequeno jardim que contornava o lugar, mas, quando o fiz, parei, vendo uma pessoa ali. Um homem.

Serkan.

Sob a janela, à direita, havia um banco de concreto embaixo de uma amendoeira. Ele estava sentado ali, sozinho, como se aproveitasse os raios de sol que atravessavam as folhas. Eu me surpreendi. Em geral, os funcionários preferiam descansar nos sofás depois do almoço, jogando conversa fora, ouvindo música, ou caminhar um pouco até o Bósforo, tão perto dali. Aquele banco era quase esquecido. Soube que devia fechar a janela. No entanto, antes que minhas mãos se movessem, meus olhos se fixaram no rosto que ele erguia, com ar sensualmente doce, os lábios entreabertos, os olhos fechados. Era uma expressão prazerosa. Quase de oferenda.

Estava tão bonito que não resisti a olhar para ele. Depois do encontro no bar e do confronto na minha casa, eu evitava qualquer contato além do estritamente necessário. Sabia bem a atração que ele havia despertado em mim e me lembrava dos seus olhares famintos no meu aniversário e do fato de ser marido de Selin. Agora, era meu funcionário. Manter a distância era a melhor coisa a fazer, e tinha dado certo até então.

Ele também fizera o mesmo. Eu estava satisfeita com a sua eficiência e com o fato de parecer sério e contido, embora algo sempre me deixasse muito ligada quando Serkan estava perto. Até um pouco alerta. Olhei seu rosto tão marcado pela suavidade do momento, tão incrivelmente belo, naquela expressão de quase júbilo ao receber os raios do sol. Os lábios dele, rosados e carnudos, eram puro erotismo. Fiquei tensa, mesmo sem querer e sabendo que devia sair dali, deixá-lo em paz. Mas era impossível, e meu olhar o percorreu devagar. Usava aquelas roupas fechadas, feias. Calças muito folgadas e camisa social de manga longa. Roupas tão cafonas e velhas que cheguei a me perguntar em que loja comprava coisas tão fora de moda. Recriminei-me por espioná-lo e puxei as janelas sem fazer barulho. Antes que eu as fechasse, algo inusitado me paralisou. Ele baixou o rosto e, como se achasse que estava protegido ali naquele lugar, ergueu levemente a barra da calça, deslizando-a até as panturrilhas e expondo um par de panturrilhas torneadas, musculosas, bem-feitas em pernas longas.

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