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P.O.V Noah

Já faz uma semana desde que conversamos com o meu pai e descubrimos a verdade, ou pelo menos parte dela. Ainda faltava saber, onde está Any, se ela está com a mãe biológica, se simplesmente está escondida em alguma casinha na floresta ou se realmente está com esse tal de namorado. Sinceramente, acho que é a última, mas aquele imbecil dos infernos loirinho- não que seja feio, Any tem bom gosto, até dúvido da minha própria sexualidade com as fotos dele, risos, mas eu amo Sina- enfim, continuando, aquele MALDITO GAROTO não me responde às mensagens. Provavelmente para proteger Any, talvez ele tenha medo que eu a queira trazer para casa de nossa mãe outra vez, mas eu não o faria, agora eu entedo o quanto  ela sofreu e a única coisa que eu quero é o bem da minha irmã, mesmo que isso seja longe de mim, ou que me parte o coração confesso.

Contactámos com Liliana Loukamma, a mesma iria desligar na hora quando percebeu que nós não precisavamos dos seus "serviços", então tivemos que arranjar uma forma de nos encontramos com ela na mesma.

Marcamos um encontro com ela no hotel da cidade, na verdade, eu marquei já que ela disse que apenas trabalhava com homens... Enfim, só quero conseguir saber mais informações e dizer adeus a essa mulher logo, sei que é mãe da Any, mas elas, até onde eu sei, são muito diferentes. Sina prometeu que viria comigo e se esconderia no armário ou no banheiro do quarto de hotel até Liliana entrar e podermos trancar a porta. Não sabemos com que gente estamos tratando, e do que é capaz, apesar de eu achar que é apenas uma mulher ganhando o seu dinheiro com o que lhe trás felicidade...... Enfim...

- Já está pronto meu amor?- a Alemã diz andando até mim que estou parado em frente ao espelho me olhando- Está lindo, que baby- ele coloca os seus braços á volta do meu pescoço por trás e nos olha no espelho se inclinando por cima do meu ombro já que a mesma é mais pequena que eu.

- Tenho mesmo que usar isto?- reclamo pois a gravata estava me sufocando.

- Pronto, assim está bom- ela diz ajeitando a gravata a alargando e deixando um selinho rápido em meus lábios me fazendo sorrir.

- tudo bem, eu vou, mas se bem que Any poderia ter uma mãe mais..... Acessível...- digo e Sina concorda.

- Só a quero voltar a ver logo Noah- ela suspira me abraçando.

- Eu também Sininho, eu também....

[......]

9:57 da noite, já estava no quarto de hotel e Sina no banheiro esperando eu dar ordem para que ela saia e tranque a porta. Loukamma chegará às 10:00 da noite, temos que estar preparados. Ouço um barulho na porta indicando que a mesma está entrando e quando me vê sorri de lado maliciosamente flertando comigo. EEEWWWWW. Ainda bem que Sina não é muito ciumenta pois a mulher veio até mim me empurrando na cama e se colocando por cima de mim sem eu dar conta. Que velocidade é essa?

- Como vai querido?- ela fala se aproximando dos meus lábios mas desvia o caminho respirando perto do meu pescoço. Se fosse a Sina, provávelmente eu já teria perdido os sentidos e me entregado totalmente. Mas é Liliana, mãe da minha irmã, isto está muito estranho, eu quero vomitar. Talvez eu seja um pouco fresco demais, mas eu só tenho olhos para a minha sininho, sorry.

- Então, hmm... Ahhamm...- me engasguei porque a mulher permanecia com os lábios no meu pescoço fazendo uma trilha até aos botões da minha camisa e já pegando na minha gravata altamente engomada por Sina. Isto é demais, ai ai Any, você me paga viu... Enfim, só te quero ver de novo, te abraçar, e cuidar de você quando souber de toda a verdade, sei que não será fácil- bom... Posso tratar do pagamento antes?- falo para a mesma me deixar ao menos respirar. Ela saí de cima de mim e se senta na cama ao meu lado.

- Vida- chamo e Sina saí do seu esconderijo trancando a porta do quarto.

- Ei, eu fui muito clara com as regras, sem mulher, sem trisal, máximo uma pessoa por hora, e sem assistencia- ela fala um pouco irritada.

- Calma ai ó rabugenta, eu que deveria estar a surtar por ter tocado no meu baby- Sina fala revirando os olhos.

- O que está a acontecer aqui?- fala Liliana confusa já agarrando nas suas coisas para ir embora.

- Não vá, necessitamos falar algo consigo, não demorará muito eu acho, só nos ouça- ela nos encara mas continua guardando as suas coisas. Meu deus, porque raio ela trouxe tanta coisa? Até fantasia do Mickey tinha aqui.... Eeewwwww a duplicar.

- Falem, e rápido, estou a perder o meu tempo, e o tempo é dinheiro- ela revira os olhos.

- Tudo bem, vamos ser breves- ela assente- você tem uma filha, certo?

- Qual delas?- ela pergunta dando de ombros.

- Tem mais que uma?- Sina e eu arregalamos os olhos.

- É, mas o que vocês têm a ver com isso?- ela pergunta impaciente.

- Quais são os nomes das suas filhas?

- Eu sei lá, nunca vi aquelas pirralhas- ela fala revirando os olhos- acho que a mais velha tinha nome de.... Jolin? Joalin? Isso, mas nem sei onde aquela aberração foi parar, deixei-a na Finlândia numa porta qualquer- dá de ombros.

- E a mais nova?- pergunta Sina sem tirar os olhos da mulher.

- Essa foi bem aproveitada- ela sorri de lado- Acho que o nome era Anne? Ani? Any? Algo assim, eu não lembro bem, já faz muito tempo, e também só vi essa besta no dia que nasceu, logo a dei para a médica que a entregou para um infeliz qualquer. Acho que era um homem que fazia "serviço" comigo, mas não lembro bem qual- meu deus, era Any mesmo.

- Porque bem aproveitada?- Sina pergunta e sinceramente também não tinha entendido essa parte.

- Ah... Sabem, tem alguns clientes que sentem fetiche por barrigão, tipo, gravidas e assim. Quando eu tive Joalin no final da gravidez é que descobri melhor isso, pagavam o triplo se fosse preciso. Quando tive Anne- o que custa saber o nome da própria filha diabo?- quando tive a segunda criança, desde cedo começei a faturar bem, delicinha, o dobro do dinheiro no final de cada mês. Se não fosse tão cansativo carregar aquelas aberrações por nove meses, até teria mais umas quantas.

- Então você engravidou de propósito?- pergunta Sina chocada- mesmo sabendo que a iria abandonar?

- É- ela dá de ombros- Lucrei bastante, e só tive que enganar um idiota qualquer que queria muito se "divertir comigo" e pediu para fazer sem proteção. Disse para eu tomar a pílula do dia seguinte, enfim, o inocente... Acho que deve ter sido ele que ficou com a bixinha- ela fala com espressão de nojo- amo ver um homem casado se ferrando, lembro de quando o liguei, pena que não lembro do nome desse idiota- ela ri mas para ao ver que não a acompanhamos.

- Esse idiota é meu pai- fala já perdendo a paciência. Acho que a mulher já não tinha mais informações para nós e parecia estar a ser sincera com tudo, até demais.

- Sabe onde está Any? Ou essa Joalin?- pergunta Sina.

- Acha? Nunca mais vi esses demônios, já estive com elas tempo demais, nove meses, ai ai, ainda por cima uma delas me deu uns enjoos horríveis, ainda bem que compensou com o dinheiro- ela revira os olhos.

- obrigada pelas informações.... Nós vamos andando- Sina diz agarrando a minha mão e me puxando para fora do quarto.

- Onde pensam que vão? O meu pagamento antes- ela diz irritada pegando uma arma. Não sei se aquilo era de brinquedo ou não, mas prefiro não arriscar, me aproximo lentamente dela me colocando á frente de Sina lhe dando passagem para fugir e entrego algum dinheiro já que não tinha trazido muito, apenas um pouco a mais do preço do hotel.

- Agora vão se embora e vê se não me chateiam mais- ela diz revirando os olhos e antes que ela diga mais alguma coisa eu e Sina vamos embora correndo até ao quarto.

- Any não tem sorte mesmo com as "mães" - Disse Sina arregalando os olhos assim que eu ligo o motor seguindo viagem.

- Verdade, Any não merece o mundo cruel em que nasceu- suspiro... Só quero ver a minha irmã de novo.

Tenho saudade meu sorvetinho de morango.......

Confusion / Beauany [COMPLETA] (Now United)Onde histórias criam vida. Descubra agora