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P.O.V Josh

Depois de passarmos pela passagem secreta da estante de livros, descemos as escadas até ao porão.

- Soso? -sofya se levanta do chão onde estava sentada com Any e olha para Joalin que tinha acabado de chegar á sala sendo seguida por mim- Meu amor, vamos dar uma volta pelo jardim?- Joalin diz e Sofya a segue de volta para o andar de cima mas não sem antes se agaixar e dar um abraço rápido a Any que permanecia sentada no chão com a cabeça entre os joelhos me impedindo de ver o seu rosto. As duas loirinhas se retiram da sala me deixando a sós com Any e sem saber por onde começar fico a encarando por um tempo.

- Any?- ela não me olha- fala comigo por favor- falo meio desanimado por perceber que ela realmente ficou magoada comigo- anda aqui- digo abrindo os braços para um abraço mas talvez a frase tenha parecido um pouco uma ordem então reformulo a frase. Não quero que ela se assuste mais comigo do que já está. E agora vejo que a culpa foi totalmente minha....- desculpa pequena, eu não estava vendo o seu lado e acabei me exaltando, eu errei, mas me perdoa- falo realmente sentido e vou até ela me sentando ao seu lado encostado na parede.

- Pode ao menos olhar para mim?- falo tentando manter a voz o mais calma possível. Não quero acabar me exaltando de novo e muito menos gritando com ela. Ela levanta um pouco o rosto de entre os joelhos que estavam encolhidos até então e me olha de canto. Joalin tinha razão, ela estava chorando, e a culpa é minha.

- Oh meu bebê- falo triste pelo que eu próprio causei- anda aqui- falo a puxando para perto para um abraço que no início ela não correspondeu me partindo o coração. Mas depois acabou me abraçando de leve também- Está triste comigo?- ela assente pousando a cabeça no meu peito e eu suspiro- Porque eu gritei com você?- ela assente de novo- e porque eu não te apoiei no seu sonho- ela murmura um "sim" baixinho entre os soluços.

- Eu peço perdão pequena. Eu realmente não estava em mim naquele momento. Joalin diz que foram ciúmes- faço careta- mas isso não importa, o que importa é que eu errei e eu peço imensas desculpas por isso- a puxo para mais perto no abraço e a mesma retribui passando os braços á volta do meu pescoço me deixando mais tranquilo.

- Nunca mais vai voltar a falar naquele tom comigo?- ela pergunta duvidosa e receosa levantando um pouco o olhar para mim.

- Nunca mais- ela me abraça- eu nunca nem deveria o ter feito- suspiro- eu prometo.

- E não vai ficar chateado comigo pela audição?- ela pergunta esperando uma resposta.

- Não, não vou. Eu nunca deveria o ter feito na verdade, porque nem foi você que escreveu o guião, e tudo isto faz parte do seu sonho. Eu deveria ter apoiado desde o início- ela concorda- então não, meu amor, eu não vou ficar bravo com você. Na verdade, estou muito orgulhoso do seu talento pequena, me surpreendeu- ela sorri de canto corando.

- Tudo bem, eu perdoo- ela fala me dando um selinho rápido.

- Mesmo- dou um selinho e ela assente- Mesmo mesmo?- pergunto de novo distribuindo mais beijinhos por todo o seu rosto rapido e ela volta a assentir- Mesmo mesmo mesmo?- pergunto pela última vez deixando o seu rosto cheio de beijinhos o que a fez soltar uma risada nasal.

- Mesmo- ela diz finalizando com um selinho rápido no canto dos meus lábios e se senta encaixando as costas entre as minhas pernas.

- Sei que foram apenas duas ou três horas, mas já estava com saudades- digo a envolvendo com os meus braços na sua cintura e ela inclina a cabeça para trás quando beijo o seu pescoço.

- Eu também senti a sua falta- disse com uma voz fofa. Posso a guardar dentro de um potinho e a proteger de todos os males deste mundo cruel?

- agora, se quiser treinar comigo o final daquela cena que vai fazer amanhã, eu não me queixo- digo sorrindo de lado e ela ao perceber entra na brincadeira.

- Tudo bem. Obrigada por me ajudar a treinar- ela diz se virando para mim e se ajeitando agora no meu colo.

- Sempre que precisar estarei aqui- riu e ela se aproxima. Começa por dizer as suas últimas falas e depois me beija. Um beijo sem sentimento para mim o que me deixa confuso e irritado porque quando peço passagem com o lingua ela o nega e se separa dos meus lábios me deixando louco por a beijar a sério.

- Porque não me beijou?- pergunto confuso.

- Você disse que me ajudaria a treinar a cena do beijo- assinto- é um beijo técnico Josh, sem sentimento, sem aprofundar. Apenas bonito para as câmeras, entende? Fiz isso para você entender que eu nunca beijaria alguém a serio que não fosse você- ela diz e eu sorrio bobo.

- Obrigada meu amor. Eu entendi, realmente fui um idiota quando disse que você não poderia- ela assente.

- Foi mesmo.

- Ei, eu já pedi desculpas- falo cruzando os braços.

- E eu já perdoei- ela ri.

- Tudo bem, agora será que poderia-me beijar a sério?- falo quase implorando e ela ri com o meu desespero. Tudo bem, vocês podem me julgar, mas Any está no meu colo, se remexendo, com o rosto a centímetros de distância do meu. Agora que já entendi o que é um beijo técnico, acho que mereço no mínimo um beijo seu. Ok, talvez eu mereça uma tapa, mas Any é doce demais para o fazer então acho que um beijo está bom. Risos.

- Um beijo?- assinto- Hm.... Vou pensar- ela fala fingindo uma cara pensativa e sem aguentar mais quebro a nossa pequena distância a puxando para mais perto e atacando os seus lábios docemente macios. Foi um dos beijos que demos que mais dorou, Any pediu passagem e eu cedi fazendo o mesmo, segurei firmemente na sua cintura e ela entrelaçou os seus braços no meu pescoço me puxando mais perto pela nuca enquanto brincava com os meus fios loiros- este está bom?- pergunta ao nos separarmos pela falta de ar.

- Está perfeito- falo e ela sorri- mas algo o poderia deixar mais perfeito- Any me olha sem entender- canta para mim? Por favorzinho?- falo fazendo a carinha mais fofa para que ela aceite e ela sorri na hora fazendo carinho na minha bochecha.

- Como dizer não para um bebezinho- fala Any se ajeitando no meu colo para começar a cantar. Isto é tortura, eu estou falando. Risos.

Any começa a cantar me fazendo esquecer qualquer coisa que eu estivesse pensando até então. A sua voz angelical toma conta da mansão e acredito que até as flores no jardim estejam mais vivas depois de a ouvir cantar. É uma voz doce, harmoniosa e suave. Eu poderia a ouvir todos os dias da minha vida que nunca me cansaria.

Quando eu pensei que tudo já estava perfeito. Any deixa de cantar a música do filme e começa a cantar alguns versos da música que eu compôs para ela. Não aguentei, uma lágrima de emoção escapou do canto do meu olho me deixando ainda mais emocionado do que eu já estava.

- Eu te amo com todo o amor que existe neste mundo pequena- falo assim que ela termina de cantar e ela sorri.

- Eu te amo com todo o amor que existe neste mundo Beauchamp- ela diz antes que eu a puxe para mais perto não a querendo soltar nunca mais. Ficamos apenas ali, sentados no chão, Any no meu colo, e nos abraçando fortemente querendo quebrar a mísera distância que ainda sobrava entre nos dois.

Te amo agora e para sempre com todo o amor que existe neste universo pequena....

Confusion / Beauany [COMPLETA] (Now United)Onde histórias criam vida. Descubra agora