Prólogo

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Lúcifer é um nome muito conhecido, bem como sua história. Um anjo, demasiadamente vaidoso e orgulhoso, que subestimou o poder de Deus e foi expulso do Éden, condenado a reinar sobre o Inferno. 

Este reinado não seria singular. Com ele, outros anjos foram enxotados do paraíso, dentre eles Azazel, que junto a seus semelhantes incentivou uma rebelião do clã recém-caído.

O ego de Lúcifer o levou a ser alvo de fácil manipulação. Neste motim, três anjos se incumbiram de inflar seu orgulho e inflamar suas ambições. Dois outros caíram em pecado contra a castidade angelical. Um dos expulsos, não se sabe bem em que estava relacionado a Lúcifer, não era propriamente um anjo apesar de poderoso e com grande similaridade. Malicioso, estava sempre se esgueirando pelos cantos e confabulando pequenas intrigas.

Um Djinn, chamado Baal, era a criatura semelhante aos anjos. Ele fora condenado a viver na Terra, porém exilado, escondido e enclausurado em uma macieira, perverso e poderoso demais para ficar livre entre os terrenos. Astuto, descobriu o talento de travestir-se em animais, contudo enraizado na árvore. Lhe satisfazia ser uma serpente a fim de rastejar ao menos entre os troncos e juncos de sua prisão.

Na ocasião da primeira guerra, o exército Divino, liderado por Miguel, triunfou, castigando os rebeldes a viver no Limbo, entre o Paraíso e o Firmamento. 

Um tempo depois uma mulher descobriu sua existência. Baal revelou segredos divinos àquela mulher. Ele a fez acreditar que Lúcifer era quem deveria ter a sua devoção e assim conseguiriam libertá-lo da árvore. Em troca lhe concederia poderes. 

Deus havia sido claro com Eva para que não se aproximasse daquela planta. Mas ela se sentia instigada a descobrir qual o mistério escondido ali. Por isso, mais tarde, ela também fora expulsa do paraíso terreno.

A mulher prometeu devoção a Lúcifer e ajudou a libertar o Djinn. Ela seguiu as instruções da serpente para contactar o Rei Infernal. O Diabo não poderia deixar seu reino para ajudá-los, por isso ordenou que seus irmãos, também condenados, os ajudassem a libertá-lo e dessa forma todos se vingariam do Todo Poderoso. 

Os anjos caídos tinham consigo uma das trombetas divinas e a usaram para destruir a árvore prisão. Porém isso trouxe consequências. Dois dos anjos foram mortos. O Djinn se libertou mas estava em forma humana. Não conseguia se lembrar de tudo e nem se transformar, apesar de ainda ter alguns poderes. Eva também conseguiu seus poderes sendo assim a primeira Bruxa conhecida. 

O Djinn e Eva, não foram aceitos como eram pelos outros. Por isso foram para longe. Adão, (companheiro de Eva) vendo em que sua mulher havia se transformado, resolveu se afastar e viver com outra esposa.

A história desse livro poderia começar com "Era uma vez", se não fosse tão atual…










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