Capítulo 38

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Acordei com os olhos pesados, estava muito cedo mas não consegui dormir mais de uma hora a noite inteira. Tomei um banho e vesti minha típica calça jeans preta, com uma camiseta da mesma cor, que destacava meus músculos. Arrumei meu cabelo e passei um perfume.

- Vai aonde? - Joalin perguntou quando me viu passando pela sala, abrindo a porta para sair.

- Vou sair resolver umas coisas. - Aviso.

- Tá bom, cuidado. - Deixo um beijo na testa dela e saio.

Dirijo até o hospital em que Any estava.

- Bom dia, eu vim ver a paciente Any Gabrielly. - Falo com a recepcionista.

- Ah claro, aqui. - Ela me entrega um adesivo para eu colar na minha roupa. - Pode subir.

Vou até o elevador e aperto para o segundo andar. Ando até a porta de seu quarto e respiro fundo antes de abrir. Entro e fecho a porta de volta. Ela continuava na mesma posição de ontem. Dói vê-la assim e saber o que ela passou.

Me aproximei dela e sentei na ponta da cama. Fiquei ali, pensando em silêncio, observando seu rosto calmo. Depois de alguns minutos ali, acariciei sua bochecha rosada e deixei um beijo ali. Estava levantando para sair do quarto, quando a tela que tinha seus batimentos começou a apitar. Eu não sabia o que aquilo significava. Olhei para ela e sua boca estava começando a ficar roxa e seu corpo estava tendo espasmos para cima. Fiquei paralisado ali, vendo tudo acontecer. Ela estava...morrendo?

Dois enfermeiros apareceram e me pediram para sair do quarto.

- Senhor por favor, nós precisamos que saia. - Um deles pediu, enquanto o outro analisava Any.

Não consegui me mover, ele perdeu a paciência e me empurrou para fora. Ele fechou as persianas, me impedindo de ver lá dentro. Passei minhas mãos nervoso pelo rosto ouvindo as contagens.

- Um, dois, três! - Ouvi um deles falar alto.

Meu Deus, isso não pode estar acontecendo! Andei lentamente em direção ao elevador, ainda não acreditando no que acabei de ver. Não posso perder ela, não antes de fazê-la minha.

Entrei no elevador e apertei para descer ao primeiro andar. Passei pela recepção e uma enfermeira me parou.

- Senhor, vá para casa, nós ligaremos quando tivermos mais informações.

Assenti com a cabeça, ainda um pouco em choque pelo que havia visto. Fui até meu carro e algumas lágrimas correram em silêncio por meu rosto. Eu não posso chorar, eu tenho que ser forte. Limpei minhas lágrimas e dirigi até a casa onde Pedro estava.

Estacionei meu carro no pátio e entrei na casa. Bailey estava saindo quando eu entrei.

- Bom dia cara. - Trocamos um aperto de mão.

- Bom dia só se for pra você - Respondi automaticamente.

- O que aconteceu?

- Any piorou. Eu fui ver ela hoje.

- Eita. - Ele morde o lábio. - Ela é forte, vai passar por isso. Vai ficar tudo bem.

- Realmente espero que sim. O filho da puta já acordou? - Perguntei.

- Ainda não, por quê?

- Preciso dar uma palavrinha com ele. - Falei e May riu.

- Essa eu quero ver. O que vai fazer?

- Você vai ver. - Respondi e andei até a cozinha.

Peguei um balde e coloquei algumas pedras de gelo. Preenchi o restante do balde com água fervente.

 𝙶𝚊𝚖𝚎𝚜 𝙰𝚗𝚍 𝙿𝚛𝚘𝚟𝚘𝚌𝚊𝚝𝚒𝚘𝚗𝚜 × 𝙱𝚎𝚊𝚞𝚊𝚗𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora