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C A P Í T U L O

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"Reencontro"

🌺🌺🌺

Sábado, 09:00 AM.

Chizue

"Cheguei, gente. Eu trouxe sor… Justin? Não sabia que você estava aqui.", Sayuri aparece na sala segurando sacolas.

"Ah. É que a Chi me chamou para fazer companhia a ela.", responde Justin e me espreguiço na cadeira. "Vou ao banheiro, já volto.", Sayuri me olha sorrindo e se senta na cadeira perto de mim.

"Então quer dizer que vocês dormiram juntos? Coitada da Yami!", tira sarro e suspiro.

"A Yami não voltou para casa, Say.", sua expressão muda rapidamente.

"O que aquele babaca fez para ela?", esbraveja.

"Fica calma. Parece que ela dormiu na casa do Raiden, mas até agora ela não voltou."

"Bom, eu espero que ele esteja cuidando dela e depois vamos acertar as contas com aquele idiota!", diz sorrindo. "O que está fazendo? Isso aqui está uma bagunça."

E, realmente estava, minha mesa estava repleta de papéis, canetas, lápis e livros, além do notebook, claro.

"Passei a madrugada inteira tentando organizar isso e pensar em algo!", digo deitando minha cabeça sobre a mesa.

"Ok, mas o que são todas essas anotações?", questiona curiosa, enquanto lê algumas das minhas anotações.

"Bom, eu estive pensando bastante e percebi que está na hora de arrumar um emprego, não posso viver a vida toda às custas da Yami. Ela foi gentil em me deixar morar aqui sem pagar nada, mas preciso acordar e em busca de algo meu!"

"Assim que se fala, eu estou orgulhosa de você.", diz me abraçando por breves segundos. "Mas, já pensou no que será?"

"Então, meus pais sempre trabalharam em seu próprio negócio e pensei que talvez… eu pudesse ter o meu também?!", digo prendendo meu cabelo.

"Isso é maravilhoso, Chizue!", fala sorrindo.

"Eu sei. Porém, ainda não consegui pensar em nada, infelizmente."

"Por que você não tenta algo que goste?", sugere.

"Também pensei nisso, mas eu gosto de muita coisa, Say!!", faço birra.

"Relaxa. Você vai conseguir pensar em algo, mas por hora, descansa!"

"Não posso, não agora.", falo levantando.

"Ok. Eu tenho uma notícia para te dar.", encaro-a e ela sorri levantando a mão, mostrando um lindo anel.

"Minha nossa! Isso é o que eu estou pensando?", ela acena e corro para abraçá-la. "Oh, eu estou tão feliz por você!", digo apertando suas bochechas.

"Aí, sua doida.", diz sorrindo.

"Quando foi que ele te pediu em namoro?", questiono.

"Ontem, ele e minha obasan se juntaram e prepararam uma surpresinha."

"Que romântico!", sinto os braços de Justin em minha cintura e acaricio. "Você deveria fazer uma surpresa para mim também!"

"Se lascou, Justin!", Sayuri rir.

"Qual é?! Eu já falei que vou preparar algo incrível.", diz beijando meu pescoço.

"Uhum, sei. Enquanto isso eu espero sentada!", reclamo.

"Prometo que está mais perto do longe."

"Acho bom.", falo. "Ou faço uma greve!", Sayuri rir ainda mais.

"Ah, não, Chi! Não faz isso…"

[...]

A tarde estava agradável para um passeio, às pessoas passeavam aquela hora aproveitando o clima e aquilo era fantástico, tão lindo de se ver, as crianças, tudo estava maravilhoso naquela tarde. Sayuri estava certa quando disse que precisava descansar um pouco, minha cabeça estava prestes a explodir de tanto tentar encontrar uma solução para o "problema".

"Boa tarde!", digo a um casal de idosos que estava saindo de uma loja de vestidos, "tão lindos juntos", penso e sorri.

Em meio aquele pensamento, acabo parando em frente a vitrine, o que estava dentro havia me chamado bastante atenção, um lindo vestido azul marinho, deslumbrada com aquilo, entro na loja e me aproximo do manequim, seguro o delicado tecido, enquanto o analiso detalhadamente.

"Boa tarde. Em que posso ajudar?", uma jovem e sorridente moça aparece ao meu lado.

"Ah, não. Eu estava apenas olhando, com licença.", digo e saio da loja. "De fato, um lindo vestido!", sussurro e sorri.

Seguindo meu caminho de volta, paro em frente a uma cafeteria, abro a porta e o sino toca, avisando que alguém estava entrando, com um sorriso no rosto entro no local.

"Chizue?", uma voz masculina me faz parar e encarar.

"Valt?!", digo sorrindo, me aproximo da mesa em que ele estava. "Quanto tempo."

"É verdade.", nos cumprimentamos e ele volta a sentar em sua cadeira. "Se não for incomodar, podemos conversar?", questiona.

"Claro que não, eu estou aqui para passear de qualquer forma.", ele sorri e me sento em frente ao mesmo. "E então, o que queria dizer?"

"Eu queria pedir desculpas, por tudo.", fala com sinceridade.

"Tudo bem, Valt. São águas passadas, vamos esquecer isso.", falo e ele nega.

"Não, Chizue. Éramos amigos de longa data, por conta de um namoro idiota eu acabei com isso. Além do mais, fui um covarde, nem mesmo consegui falar com você quando mais precisou de alguém!", suas palavras me fazem acenar.

"Bom, você errou, isso é um fato. Mas eu também errei, fiz coisas ruins com a sua namorada e… você sabe.", ele sorri minimamente.

"Eu e ela terminamos, foi depois disso que percebi a burrada que tinha feito.", ele segura minha mão. "Mas estou disposto a tentar concertar tudo, se você quiser eu e você podemos dar certo e…", me afasto imediatamente.

"Calma.", digo sorrindo de nervoso. "E e você? Dá certo? O que está querendo dizer…"

"Eu quero dizer é que… se você quiser podemos namorar!", fala sorrindo.

"Olha, Valt, sei que você terminou faz pouco tempo, mas…", ele me encara e suspiro. "Quando tivemos aquela briga e você deixou claro que não queria mais olhar para mim, muitas coisas aconteceram.", faço uma pausa e respiro fundo. "Eu aprendi muito, amadureci, cresci. Não sou mais a mesma Chizue de antes, Valt!"

"Eu sei, nenhum de nós somos."

"Você não entende. Eu reencontrei pessoas, uma pessoa… ele…", suspiro. "Ele me mostrou tantas coisas, me fez repensar. E eu entendi, que a minha felicidade só depende de mim e não de outra pessoa.", ele desvia o olhar. "Eu estou namorando com essa pessoa e eu gosto dele!"

"Ah, entendo.", sussurra.

"Mas, eu gostaria muito que fossemos amigos novamente, você sempre foi meu amigo e não quero perder essa amizade!"

"Claro, você tem razão.", ele sorri minimamente novamente. "Bom, então, nos vemos por aí."

"Sim, eu preciso ir agora.", levanto e aceno para ele, que faz o mesmo. "É, Chizue, esse foi o certo a fazer!"

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