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C A P Í T U L O

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"Let It Rip"

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Segunda-feira, 09:59 AM.

"O amor pode ser definido em várias palavras e frases, mas, mais ainda em atitudes"

A manhã no Japão já amanheceu fria, choveu a manhã toda e antes mesmo de os primeiros raios de sol surgirem na cidade, Yami já estava de pé preparada, socando o saco de pancada até as mãos doerem e deixar escapar um grito de dor pelo braço machucado, ela não sabia o que fazer ao certo, se despedir? Talvez. Pedir desculpas? Com certeza. Chorar? Mais certeza ainda.

"Ahhhhhhhhh...", grita e esmurra a parede, a casa estava arrumada e todas as coisas estavam em seu devido lugar, menos sua mente que ainda estava bagunçada, uma parte de si dizia "vá resolver tudo de uma vez" e a outra dizia "ainda dá tempo de mandar todos se fuderem", mas ela resolveu escolher a primeira opção. Caminhando lentamente pelos corredores do hospital despreocupada, mal sabia as pessoas que por baixo daquela aparência relaxada existia uma confusão por completo.

"Quarto 667.", disse uma moça e ela apenas acenou com a cabeça seguindo seu caminho até o quarto, ao bater na porta o garoto sorriu largamente.

"Florzinha!", ela odiava ser chamada assim, mas aquele garoto era diferente, seu irmão mais novo.

"Oi JP! Como se sente?", senta na ponta da cama e o garoto suspira.

"Cansado e preocupado, Chizue ainda não chegou.", ela desviou o olhar.

"Ah. Vai ver ela tá ocupada com a escola, tá cedo ainda pra ela aparecer."

"É, você tem razão. Como vai?", ela queria poder dizer que tudo vai uma droga e que só queria morrer para passar tudo isso, ou talvez acordar desse pesadelo, mas tudo que fez foi assentir.

"Vou bem. Fez exames hoje?"

"Fiz. Eu estou bem."

"Que bom."

"Você virá amanhã? Me visitar...?"

"Ah...", ela não soube o que dizer para ele, mas sabia que não poderia dizer a verdade, então apenas bagunçou os fios castanhos dele e sorriu minimamente. "Claro, eu sempre volto, não é?"

"Sim. Sabe que eu te amo, né maninha?", mordendo os lábios inferiores, Yami se aproximou dele e o abraçou, essa era a única forma que ela conseguia de dizer "eu te amo".

"Eu... Volto amanhã! Adeus..."

"Adeus...", ela acena para ele e saí sentindo que essa seria a sua última vez vendo ele.

"Deus, cuide dele... Não deixe ele sofrer!", olha para o céu e saí sentindo um nó na garganta ficar cada vez maior.

Se aproximando da floricultura, ela abriu a porta e o sino soou pela loja, a jovem mulher se aproximou e sorriu largamente vendo a Yami.

"Querida, o que faz aqui?"

"Eu vim me despedir..."

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