C A P Í T U L O
50
"Aceitamos"
☀️☀️☀️
Terça-feira, 07:00 AM.
Sabe quando você fica com tanto ódio que tudo a fazer é ficar parada pra não destruir nada ao seu redor? Pois é, eu estou sentindo esse ódio, por quê? Bem, é simples, o despertador não para de tocar e eu não sei onde ele está, eu, Sayuri e Chizue começamos a procurá-lo na intenção de voltar a dormir, mas parece que o destino está contra o meu sono.
"Alô?", digo sonolenta. "Não tem nenhuma pizzaria não, boa tarde..."
"Que pizzaria o que doida! Sou eu, sua avó e são sete horas da manhã.", desperto e me jogo no sofá.
"Vó, por que? Eu tava dormindo, sabia?", choramingo.
"Eu sei, chama aquelas suas amigas, fiquei pensando bastante depois da nossa conversa de ontem, me encontrem no shopping daqui a meia hora, isso não é um pedido e sim uma ordem. Tchauzinho!", desliga a chamada e fico sem entender.
"O que foi?", Sayuri questiona.
"Fomos convocadas pela general a ir até o shopping.", digo com tédio e elas se jogam no sofá.
"Ah não!!!"
[...]
07:10 AM.
Nada era mais escruciante do que vê meu irmão naquela situação, sei que muitas vezes brigamos e sinto vontade de mata-lo, mas ainda sim, ele é meu irmão, único irmão, ele não merecia está nessa cama de hospital agora.
"Relaxa Raiden, eu tô bem melhor.", fala.
"Você sempre diz isso.", Justin suspira e me encara tristonho.
"Você deveria me colocar num hospital público, assim não teria que pagar nada, aliás você não tem mais como pagar!", reclama.
"Não vou, eu dou um jeito, ok?!", estava tentando mais me convencer, do que convencer ele.
"Disse isso um milhão de vezes, eu ouvi a sua conversa com os médicos...", respiro fundo e me aproximo dele.
"Eu dou um jeito, não se preocupe com isso, eu prometi cuidar de você e vou cumprir isso.", bagunço seus cabelos e ele sorri minimamente. "Se cuida, volte aqui pela noite.", despeço-me cordialmente e saio do hospital.
A caminho de casa, paro em uma lanchonete e compro um hambúrguer, enquanto seguia meu caminho pensava em uma forma de pagar o hospital, por mais que trabalhasse o dinheiro ainda iria faltar, não havia como e precisava de uma solução rápido. Sou tirado dos meus pensamentos ao ver Yami passando com as duas amigas, ela parecia irritada mas diferente, como se estivesse feliz, não sei, ela atravessa a rua e segue com um sorriso no rosto, nossos olhos se encontram e aquele sorriso some, ela desvia o olhar depois de alguns segundos e vai embora.
"Ela não mudou nada.", digo voltando a caminhar.
Chegar em casa era tudo que precisava, um banho também, só queria esquecer que aquele dia estava acontecendo, minha cabeça não parava de latejar e por raios aquela garota não saía da minha cabeça, era incrível como ela podia transformar meu dia de algo ruim para péssimo. Parado em frente a porta da minha casa, tiro as chaves do meu bolso e destravo a tranca, empurro a porta e fecho indo até a sala, mas paro ao ver Ayane sorrindo enquanto arrumava a mesa?
"Oi amorzinho, como você tá meu xuxu?"
Sério? Xuxu? De onde ela tira esses nomes?!
"Ayane, o que tá acontecendo aqui e você quem fez tudo isso?", a mesa estava repleta de comida, parecia ótima mas ela não sabe cozinhar, então como ela fez?
"Não está acontecendo nada, eu só queria preparar isso para você, e sim, eu que fiz, gostou Mozão?", suspiro e vou até as escadas.
"Sim, gostei. Vou tomar um banho e dormir.", ponho meus pés no primeiro degrau e sinto suas mãos em meu ombro.
"Amor, espera, vamos comer primeiro e depois você toma um banho bem gostoso, ok?"
"Ayane...", olho para ela e suspiro, ela tinha preparado isso tudo pra mim e ela nunca faz isso, não tinha como negar. "Tudo bem."
"Ótimo.", sentamos e ela me serviu. "Tá bom, amor?", aceno que sim provando a comida.
"Está sim, você mesmo que fez?"
"Claro, aprendi na internet.", sorri e dou de ombros. "Sabe amor, eu fiquei pensando o dia todo e não se precisa mais se preocupar, já resolvi tudo.", a olho sem entender.
"Como assim?", questiono.
"Eu paguei a dívida que você tem com o hospital onde seu irmão está, não precisa se preocupar mais, ok?", me beija.
"Você o que?"
[...]
07:58 AM.
"Finalmente, achei que não iram vir!", minha tia diz e sorri.
"Isso realmente ia acontecer, mas minha querida vovó não ia permitir, né vó?", ela rir me lançando uma piscadela.
"Bom garotas, vamos logo ao que interessa. Eu chamei vocês aqui por um simples motivo, Yami me contou a rivalidade de vocês com a Ayane e sua gangue de metidas, e como eu não suporto aquela criatura resolvi ajudar vocês.", diz simplista.
"E como a senhora pensa em nós ajudar?", Sayuri pergunta.
"Simples, eu e minha filha, iremos pagar roupas novas para vocês. Antes que perguntem o motivo, bem, se quiserem causar e deixar aquelas idiotas no chinelo, não vai ser usando isso que vão conseguir!", diz apontando para nossas roupas.
"Hey!", exclamamos indignadas.
"Nada contra, mas tá na hora de dar uma renovada nesse guarda-roupa, e claro, uma repaginada nesse visual seria ótimo, aí sim vocês estariam prontas. E então, o que me dizem, topam ou não?", nós três trocamos alguns olhares e encaramos minha avó e tia.
"Aceitamos.", dizemos em coro.
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Unidos Por Beyblade
RandomYami Yamamoto é uma jovem de 17 anos apaixonada por beyblade, vive em Brooklyn nos Estados Unidos. Yami já ganhou diversas batalhas mas em nenhuma delas a garota mostrou seu rosto, ela é conhecida por vários nomes e Dark Lady é um deles, mas uma úni...