Unidos Por Beyblade

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C A P Í T U L O

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"O que realmente importa"

☀️☀️☀️☀️

Terça-feira, 04:00 PM.

Depois de mais uma daquelas sessões de revistar, pude entrar finalmente na pequena sala, ele não havia mudado totalmente, apenas algumas tatuagens surgiram em seu corpo, sento na cadeira em frente a grande mesa, deixo sobre ela uma pequeno bolo que trouxe.

"Achei que não iria vir me ver, foi o que disse, não foi?", encaro seus olhos que já não eram os mesmo, agora tomados pela maldade.

"Você tem razão, mas como antes hoje seria um dia especial…", respondo, suspiro e digo por fim. "Feliz aniversário.", empurro o bolo devagar para perto de suas mãos algemadas, ele parecia surpreso de algum modo.

"Qual é a jogada? Onde estão as câmeras?", diz sorrindo.

"Eu não sou como você, eu só trouxe isso…", sinto um nó se formar em minha garganta e me seguro para não chorar alí mesmo. "É seu aniversário, você é meu pai, isso nunca vai mudar. Pai você já me fez muito mal, mas…", meus lábios estavam trêmulos e brincava com meus dedos na tentativa de me acalmar. "Ainda assim, eu lembro da pessoa que você era e um pingo de sentimento volta.", viro-me e caminho até a porta, mas paro ao ouvir sua voz.

"Obrigado… filha.", uma lágrima escapa e rapidamente enxugo ela, saio da sala e sigo meu caminho contendo minhas lágrimas, sinto meu celular vibrar e rapidamente atendo.

"Alô?", digo ao atender.

"Oi Chi. Onde você está?", a voz do Justin me trás uma paz e meu coração que estava apertado não está mais.

"Eu estou saindo de casa agora e…", caminho mais rápido e saio do presídio.

"Hey princesa!", corro até ele e o abraço, seus dedos acariciam meus cabelos. "Pode chorar, sei o quanto foi difícil.", com as suas palavras começo a chorar enquanto o abraço.

"Ele não mudou nada Peter…", digo soluçando.

"Eu sei, eu sei…", me afasto e ele enxuga minhas lágrimas. "Eu estou aqui, saiba disso, ok?", dou um sorriso e ele beija minha testa. "Quer ir tomar um sorvete, bunny?"

"Bunny?", ele coça a nunca nervoso e envergonhado, enquanto sorrio do seu jeitinho.

"É só uma forma de falar, não posso te chamar de coelhinha?", diz corado e começo a rir.

"Eu gostei.", digo e roubo um selinho de seus lábios, entrelaço nossos dedos e saio puxando ele pela cidade atrás de uma sorveteria, assim que chegamos, escolhemos nossa mesa e nossos pedidos.

"O que vai fazer amanhã?", pergunta de repente.

"Acho que… nada.", respondo dando de ombros.

"Então, topa sair comigo, bunny?", sorrindo, respondo que sim.

"Pra onde vamos, dear?", ele cora novamente e começa a rir desesperado.

"Você gosta de ver envergonhado, não é?", pergunta tomando seu sorvete.

"Talvez…", como estava sentada de frente para ele, levanto e sento ao seu lado, seguro sua mão e aproximo nossos rosto e roubo um beijo seu.

"Você tem gosto de sorvete de amêndoas!", diz sorrindo e acabo rindo também. "Você mudou…", diz de repente.

"As vezes precisamos de uma dose de coragem pra correr atrás do que realmente importa.", digo e me olha de forma doce.

"E o que importa?", suspiro.

"Eu sei que sentia algo por ele e mesmo que ainda esteja mexida, estou disposta a esquecer ele, é você quem eu quero e mais ninguém!", o beijo novamente e ele retribui, nos afastamos por falta de ar.

"Eu esperei tanto tempo por isso que você não faz idéia…"

"Você fala demais!", digo sorrindo e voltamos a nos beijar.