C A P Í T U L O
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"Tia... Luísa?"
☀️☀️☀️
Segunda-feira, 10:00 AM.
"Então você pode ficar morando por um tempo na minha cabeça baixinha!", Yami tenta me animar e apenas concordo.
"Tudo bem, o sinal já tocou e se ficarmos aqui seremos levadas para diretoria!", digo.
"Então a gente se vê...", Say e Yami vão para as suas salas, enquanto arrumo coragem para ir até a minha, hoje não estava sendo um dia fácil, quando cheguei na escola todos já estavam sabendo do ocorrido e cochichavam pelas minha costas, mas eu tinha as meninas ao meu lado e a certeza de que tudo ficaria bem. Meu pai gritou as quatro cantos que não iria mas ganhar mesada e teria que sair de casa, mas ao menos ele agora está preso e vai ficar um tempinho na cadeia, minha mãe nem olha em meus olhos.
De cabeça baixa passo pelos corredores meio vazios, sem perceber acabo esbarrando com alguém, levo a minha mão ao meu ombro e encaro a pessoa, vendo que não era ninguém mais e ninguém menos que Valt.
"Desculpa Chizue, eu não te vi.", ele sorri minimamente. "Eu fiquei sabendo do que aconteceu, eu sinto muito... De verdade!", sinto uma raiva que não sei explicar.
"Oh sério? Muitos já vinheram me dizer isso, até mesmo me isolaram por não ser mais a garota rica que pode bancar as merdas de festas. Mas estou admirada por você ter vindo até mim, me odiava até um tempo atrás e agora vem falar comigo, nossa... Sensacional! Agora eu existo...
"Eu só tava tentando ser educado..."
"Poupe me de sua educação, quando eu também fui educada em não acabar com a raça da sua namorada por ela sempre me provocar e me machucar, você também não foi legal comigo! EU GOSTAVA DE VOCÊ... Agora eu só... Só tenho raiva de você! Ficou do lado dela e quando eu mais precisei você virou as costas para mim! Só quero que fique longe de mim...", saio apressada dali e respiro fundo tentando manter a calma, me sinto tão bem por ter falado tudo aqui de uma vez por todas!
[...]
"Ei Sayuri...", congelo onde estou ao ouvir aquela voz, não podia ser, o que Shu iria querer falar comigo?
"Quer que eu espante esse babaca?", Yami diz ao meu lado.
"Não, vamos ver o que ele quer.", ele se aproxima.
"É que... Vai acontecer meio que um festival e algumas pessoas vão se reunir para batalhar, queria saber se você e Chizue vai?!"
"Se ela for, com toda certeza não é da tua conta... ", Yami responde antes que diga algo.
"Yami, tá tudo bem. Ok?", ela levanta as mãos em rendição e suspira. "Talvez, mas por quê se importa?"
"Sayuri, eu gostaria de concertar as coisas...", diz encarando o chão.
Talvez, só talvez, ele estivesse sendo sincero, mas ainda sim não consigo esquecer o que ele fez na festa, aquela cena não saí da minha cabeça. Ou talvez eu que seja uma tonta por chorar pelo que houve, sendo que ele nem sabia dos meus sentimentos! Ok, cabeça no lugar Sayuri e nada de amolecer.
"Eu... Eu preciso ir!", seguro o braço de Yami e a puxo para sairmos dali. "Oh merda!", bato em minha testa. "Isso é o que chamo de não amolecer Sayuri, você foi fantástica! Parabéns sua anta..."
"Hey! Calma aí. Pega leve ok? Deveria ter deixado chutar os testículos dele!", encaro ela incrédula.
"Não?", suspiro. "Qual é o meu problema?"
"Talvez você só... Goste dele demais!", encaro a mesma e ela dá de ombros. "O que?"
"Eu vou conseguir esquecer ele!"
"Quero ver.", pega um burrito que eu sei lá de onde veio e morde.
"Onde arrumou isso?", pergunto e ela dá de ombros.
"Por aí. Vamos hoje comprar mesmo aqueles besteiras pra comer na minha casa?"
"Depende da Chizue!"
"Espero que ela aceite, estou ansiosa para assistir Divergente com vocês!"
"Também estou..."
"A aula já está pra começar. Tchauzinho!", saí apressada e suspiro exausta e com preguiça de ter que ir para a aula de filosofia, entro na sala e me sento em meu lugar.
[...]
02:02 PM.
Ok, acho que sair para comprar besteiras não foi a idéia mais inteligente que tivemos, e você deve estar se perguntando o motivo. É bem simples, literalmente Sayuri acabou ficando com a mão presa na maçaneta da porta de entrada no mercado, quando finalmente conseguiram tirar ela, fomos comprar, e adivinha? Não conseguimos decidir o que levar.
"A gente vai levar salgados!", Chizue diz.
"Não, Chizue! Vamos levar chocolate.", digo tentando convencer ela.
"Que tal a gente levar os dois e aproveita para levar também alguns refrigerante e uma boa garrafa de vodka?"
"É uma boa.", eu e Chizue concordamos.
"Então vamos logo..."
Depois de pegar tudo e colocar no carrinho, fomos pagar e olha, nunca vi tanta coisa cara viu, saímos com as sacolas e seguimos até a minha casa, o caminho foi bem engraçado, eu quase que ia caindo dentro de um buraco, e a parte do engraçado, não é engraçado! Foi engraçado só pra aquelas mula idiotas!
"Eu já tô cansada de carregar tudo isso...", Chizue reclama.
"Para de reclamar, já estamos chegando!", Sayuri diz e rir, esbarro em uma mulher sem querer e acabo derrubando uma das sacolas.
"Desculpe senhora!", encaro a mulher e arregalo os olhos.
"Eu não posso acreditar, Yami é você?", Ela sorri e continuo estática.
"Tia Luísa?"
Personagem:
Luísa
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Unidos Por Beyblade
AléatoireYami Yamamoto é uma jovem de 17 anos apaixonada por beyblade, vive em Brooklyn nos Estados Unidos. Yami já ganhou diversas batalhas mas em nenhuma delas a garota mostrou seu rosto, ela é conhecida por vários nomes e Dark Lady é um deles, mas uma úni...