24

78 6 25
                                    

C A P Í T U L O

24

"Silenciada"

❄❄

Sexta-feira, 06:34 pm.

Duas semanas. Todo esse tempo minha vida mudou para pior, cada dia que passa nada parecia mudar, eu agora estava completamente sozinha, além de me afastar de todos, um se afastou sozinho.

Meu pai não quis mais falar nada comigo depois que voltei para casa, ele começou a fazer hora extra e sábado e domingo, ele trabalha em um Pet Shop, ao chegar em casa nem olhar para mim ele faz, apenas sobe e se tranca no quarto.

Na escola sempre estou evitando Sayuri e Chizue, elas foram legal comigo, mas lembrei o que me fez parar aqui nesse inferno, sem contar que sou problemática demais, elas iriam enjoar e me tratar como os outros.

Parei de ir a cafeteira, a sala de música da escola e ao quintal da minha casa. Eu realmente não quero ficar próxima de alguém e depois essa pessoa me machuque, já sofri demais e sofro sempre.

Havia um vazio dentro de mim e que nem as palavras mais bonitas de minha mãe seriam capazes de fazer aquela sensação sumir, comecei a me cortar mais e mais, escondia todos os cortes de baixo dos meus moletom.

Estava sendo sugada para um abismo chamado solidão enquanto meu único companheiro era o pensamento mortal.

Termino de vestir o meu moletom e abro as cortinas da porta do meu quarto que agora ficam fechadas, abro e saio para buscar um livro que deixei ali, voltando para a portar ouvi alguém me chamar.

"Boa noite Yami...", virei me e encarei o vizinho.

"Boa noite.", digo e me viro novamente.

"Ah. Não... você... não apareceu mais, na verdade não te vejo desde aquele dia...", ele procurava as palavras certas.

"Estava ocupada, o senhor faz muito barulho pela tarde e sempre estudo por essas horas. Será que poderia fazer menos barulho? Obrigado e tenha uma boa noite!", fechei as portas e cortinas.

Apressadamente entrei na cozinha e abri a geladeira vendo nada. Não tinha nada, como se a comida tivesse evaporado. Suspiro e me encosto na bancada de mármore, franzindo o cenho me aproximo da mesa e vejo dinheiro sobre ela, mas era apenas aquilo.

Ele quer que compre a comida?

Ou quer que vire advinha?

Mais um suspiro escapou de meus lábios e coloco o dinheiro em meu bolso, abro a porta se casa e sinto o vento um pouco frio em meu rosto, comecei a longa e cansativa caminhada até o supermercado.

Depois de colocar tudo que precisaria no carrinho de compras, me apressei para pegar a última coisa: peixe. Dei uma olhada nos peixinhos e peguei o que precisaria colocando no carrinho, senti meu corpo congelar ao ver ela parada em minha frente, pálida e com olhos um pouco arregalados.

Unidos Por Beyblade Onde histórias criam vida. Descubra agora