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C A P Í T U L O

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"Acidente"

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Sexta-feira, 09:40 PM.

"Vem, você precisa descansar!", Hiro tenta fazer a garota andar.

"Não quero voltar pra minha casa Hiro...", choraminga, entrelaçando os braços em seus pescoço.

"Você não precisa ir, vou te levar até minha casa!", diz, e tranca a cafeteria, Chizue não desgrudava dele.

"Não quero incomodar..."

"Você nunca incomoda.", ele a pega em seus braços e a mesma fecha os olhos.

"Não deveria estar te dando trabalho."

"Já disse que não me dá trabalho, me importo com você e se não tivesse vindo, não seria cuidada igualmente!"

"Por que as coisas tem de ser tão difíceis?", ele suspira e entra em outro quarteirão.

"Porque Deus quer que seja assim, mas eu gosto de acreditar que... tudo passa, nada é para sempre.", Chizue pensa nas palavras de Hiro e o abraça mais.

"Espero que acabe logo..."

[...]

"Pronto. Tem toalha no banheiro, escova de dente, roupas limpas, tudo no meu quarto.", diz apontando para a porta.

"Obrigado Hiro!", ela vai em direção a porta do quarto e tranca a mesma, ainda se sentia tonta, mas uma parte de si estava sóbria, já completamente nua, Chizue entra no box e sente a água gelada em contato com seu corpo, ela chora pela milésima vez naquela noite, sentindo-se cada vez mais fraca e longe das pessoas que ama, ela saí do box e pega a toalha, sua mão tremia e quase não conseguia colocar o creme dental na escova de dente, Chizue veste um moletom que em nela parecia um vestido, ela penteia os cabelos e saí do quarto.

"Eu fiz...", ele para de falar ao ver a mesma parada, ele não sabia dizer o que sentiu naquele momento, mas foi algo totalmente novo para o mesmo.

"Você fez?"

"Sopa.", diz e virasse para não encara-la, Chizue se aproxima e pega de sua mão a tigela.

"Deixa que eu coloco o meu...", ele se afasta e observa ela se servir. "Obrigada de verdade, você me ajudou e ficou do meu lado quando comecei a chorar...", ela encara o mais novo e ele sorri timidamente. "Isso é amigo de verdade!"

"É. Amigos...", ele suspira e coloca um pouco de sopa para si, ambos se sentam e comem em silêncio. "Enquanto você estava no banheiro, alguém ligou...", comenta e entrega o celular dela.

"Você atendeu?"

"Não.", ao desbloquear a tela, Chizue vê várias ligações de sua mãe e de Justin, as mais recentes era dele. "Você não vai retornar?"

"Não posso. Se fizer isso, vou ter que ter uma longa e dolorosa conversa..."

"Com quem?"

"Justin.", um suspiro longo escapa de seus lábios e ela sente um aperto no peito.

"Por que não retorna? Pode ser importante!", ela o encara e depois o celular.

"É... Pode ser...", ela liga, mas caía na caixa postal e aquele aperto só aumentava a cada segundo. "Só dá na caixa postal."

"Tenta mais algumas vezes.", ela tenta mais uma vez e atendem.

"A-Alô?", sua voz saí falha.

"Alô, você é parente de Justin Peter?", o aperto cresce e sua visão fica turva por conta das lágrimas, que nem ela mesmo sabia o motivo de chorar.

"Sim. Eu sou amiga dele, por quê?"

"Ele sofreu um grave acidente e está internado no hospital...", sua visão escurece e ela perde o equilíbrio, caindo da cadeira.

"Justin..."

[...]

Sayuri andava calmamente pela cidade, seu destino não existia, ela apenas se deixava guiar pelo seu coração, andando por aí sem se preocupar com nada apenas com seus problemas que rondavam sua mente. Então ela parou, sorri minimamente e caminhou devagar ao encontro dele, os dois se cumprimentaram com olhares e começaram a andar juntos até chegar num parque ali perto, ambos se sentaram em um banco e apreciaram o céu estrelado.

"O que faz sozinha a essa hora?", questionou Raiden.

"Esquecer os problemas e tentar acabar com essa dor no peito, essa preocupação...", desabafou.

"Tem notícias das suas amizades?", pergunta e Sayuri rir.

"Você quer saber sobre a Yami?", ele coça a nunca em sinal de nervosismo.

"Não. Eu apenas...", ele encara Sayuri que apenas espera a verdade. "Eu apenas estou preocupado, não quero que ela cometa a mesma coisa que fez naquele dia na ponte."

"Ela tá bem, sempre esteve, ela só estava nos usando e bancando a santa!"

"Não é bem assim... Você sabe disso..."

"Fomos enganados, você mesmo disse isso."

"Eu sei, ainda sinto raiva por isso, mas sei que ela realmente sofria com tudo isso!"

"Tá, Raiden. Não quero brigar com você..."

"Nem eu, estou do seu lado. Sabe disso."

"É, seu sei.", ela observa as estrelas. "Só queria que tudo fosse diferente..."

"E será, você vai ver!"

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