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C A P Í T U L O

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"Ser assim"

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"Se você ver alguém muito sorridente, desconfie, talvez ela só esconda a dor com um sorriso falso."

Sexta-feira, 09:36 PM.

Se as estrelas falassem, muitos pedidos seriam expostos, se a Lua contasse quantas história tristes e infelizes já foram contadas a ela, as ruas estariam inundadas de lágrimas, nem mesmo a primavera seria capaz de aquecer aquilo que há dentro de nós, nem mesmo as palavras mais doces, seriam capazes de fazer esquecer o passado, enquanto caminhamos sem rumo e alcoolizados de solidão, calados e com a mente cheia.

"Filha... Onde estava??", Elena segurou a filha e olhou em seus olhos, mas neles não havia mais aquele brilho de antes, apenas a escuridão.

"Saí com uns amigos...", responde se afastando.

"Isso são horas de chegar? Sabe que seu pai odeia isso.", Chizue para perto da escada e encara a mãe.

"Pai? Que pai que nunca tive? Ele só vem pra casa uma vez no mês ou quando precisa de você para ir a alguma festa, sempre te usando como um objeto de decoração...", diz ríspida.

"Não fale assim comigo mocinha..."

"É a verdade. Você é uma mulher tão jovem, mãe, tem uma empresa em suas mãos, tem essa e outras casas em seu nome, o que falta pra você se livrar dele?"

"Ele é seu pai Chizue!", elas nem já se importavam mais com as lágrimas que insistiam em aparecer.

"Ele nunca foi meu pai e você sabe disso, vive te traindo e até já chegou a bater em você. Para de se humilhar!!", esbraveja e um estalo seguido pelo ardor da tapa que levará de sua mãe.

"Nunca mais fale assim, ele não deixa nada faltar para nós..."

"Do que adianta ter dinheiro e não ser feliz?", a mais velha se cala e Chizue saí de casa.

Seu coração estava vazio e a amargura lhe consumia a cada lembrança, suas lágrimas molhavam sua roupa, mas isso não importava nem mesmo o frio daquela noite, as luzes de alguns estabelecimento passavam por seus seus olhos vazios, ela entrou em uma cafeteria que já conhecia bem e antes que fechassem.

"Chizue?", Hiro se aproximou dela e a segurou antes que caísse no chão, sua cabeça girava por conta da bebida, ele a coloca sentada em uma cadeira e pega um copo com água. "O que houve com você?", diz retirando alguns fios do rosto dela.

"Eu estou bem...", diz e ele se afasta um pouco.

"Não parece. O que houve? Seu pai novamente?"

"Cala a boca, você não sabe de nada..."

"Olha, sei que está com raiva, mas descontar em todos não vai adiantar de nada!", diz sentando em uma cadeira em frente a ela. "Por que seu rosto tá vermelho? Ele te bateu?", diz tocando e ela o afasta.

"Não foi isso... Minha mãe..."

"Por que ela fez isso??", pergunta incrédulo.

"Você sabe, ela odeia que fale dele. Estou quase desistindo de tudo...", chora mais ainda.

"Não. Não desista, você tem amigos que se preocupam com você..."

"Que amigos? Sayuri foi não quer olhar na minha cara, os meninos se separaram, até mesmo Yami não quer falar comigo..."

"Yami?"

"Sim. Yami. Minha nova amiga, agora ex, não sei..."

"Tudo por causa de uma maldita festa...", desabafou.

"É mesmo, a maldita festa que EU fiz questão de ir!"

"Não se culpe, por favor... No final das contas ninguém tem culpa!", ele a puxa para um abraço e ela cede.

"Não aguento mais Hiro...", ele acaricia seus cabelos e ela coloca a cabeça na curvatura do pescoço do mesmo.

"Você é forte. Vai suportar!"

"Não eu não...", ela para ao ver pela janela um carro passar lentamente e nele estava Yami. "Por que tem que ser assim?"

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