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C A P Í T U L O

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"Ameaçado"

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Terça-feira, 08:56 PM.

YAMI

"O vestido é lindo, obasan. Porém, ainda acho que as medidas na cintura, não estão boas…", conto segurando o celular, no qual falava com a mesma. "Tudo bem. Amanhã eu vou até sua casa. Boa noite!", encerro a chamada e me sento no sofá.

Os preparativos para o grande dia estavam me matando, nunca achei que isso me cansaria tanto, mas, no fim, vai valer a pena. Todos estão dando o melhor de si nisso, o que me deixa um pouco mais aliviada.

"Já estou indo.", esbravejo, ao ouvir pela quinta vezes a campainha tocar. "Chizue eu já te avisei para levar a cha…", paro de falar ao vê-lo. "Raiden, o que faz aqui?"

"Precisamos conversar.", ele parecia sério e nervoso. "Posso entrar?"

"Olha, se for dizer que não quer me ver de novo, tudo bem. Não vai mais acontecer!", falo simplista.

"Não é pra isso que vim aqui.", diz parecendo irritado com o que disse.

"Oh… entra.", falo dando passagem, ele caminha silenciosamente até a sala e o sigo, estava tão nervosa que nem percebi que segurava minha blusa firmemente. "O que quer conversar?", questiono, encostada na bancada da cozinha, enquanto ele ficou de frente para mim.

"Yami nós…", ele tenta falar, mas parecia que algo o impedia, sua respiração estava pesada e seus lábios trêmulos. Raiden deu um passo em minha direção.

"Você está bem?", pergunto.

"Eu estou... bem.", murmurou.

"Tem certeza?", questiono outra vez, levando minhas mãos até seu rosto, seus olhos pareciam perdidos e sua respiração cada vez mais desregulada.

"Eu… não. Eu não estou bem.", diz, finalmente encarando meus olhos, ele se afasta e morde minimamente seu polegar. "Eu não estou!", esbravejou. "Eu não estou bem… e é tudo culpa sua!", gritou balançando a cabeça.

"Raiden, eu vou buscar um copo de água…", digo.

"Não. Você vai me ouvir.", fala, me fazendo paralisar. "Desde que você foi embora, minha vida virou de cabeça pra baixo, tudo está indo de ladeira a baixo.", vociferou. "Eu não entendia de primeira, mas eu senti tanta raiva de você. Depois, eu tentei reatar meu namoro, tentei seguir a minha vida…", diz com os olhos marejados. "Mas, tudo se resumia em você, aonde quer que eu fosse. Sempre que chegava naquela casa, eu via um pedaço de você em casa canto, os lugares que eu ia, comida, música… qualquer coisa!"

"Raiden eu…"

"Não, cala a boca. No começo, eu não quis acreditar no que você disse, mas depois parecia tão real, e eu te odiei por cada palavra que você disse.", continuou. "Mas, porquê infernos eu ainda pensava em você?", esbravejou. "E então, quando eu estava tentando outra vez te esquecer, acabei encontrando você naquela noite. Sabe o quanto me desesperei? Depois, você ainda sumiu.", ele suspira. "Achei que tinha te perdido quando acordei naquela manhã. Eu… pensei que você…", me aproximo dele, mas ele se afasta. "Eu te odeio por ter me dito aquilo. Mas quer saber? Eu não ligo mais. Por tanto, se é verdade ou não, só não me deixa Yami!", Raiden segura minha cintura e me beija gentilmente, sem nem mesmo pensar, acabei retribuindo.

"Não quero ser uma segunda opção, Raiden.", murmuro encarando seus olhos.

"Eu prometo que…", seu celular toca no exato momento, nos afastamos e ele atende. "Ayane… o que você quer?", questiona.

Naquele instante, tive a certeza de que ele iria tomar uma atitude ali, diante dos meus olhos, mas não foi bem isso que aconteceu. Ele passou 10 longos minutos falando com ela, eu não conseguia entender nada do que eles estavam falando, mas a face dele foi mudando com o tempo, me fazendo ter certeza de que nada daria certo naquele dia.

"Ok.", ele finge desligar o celular e me mostra a tela, logo fazendo um gesto para que me mantenha calada. Entendendo do que se tratava, ele colocou o celular no bolso e acenou para mim. "Eu não quero que… me procure de novo e fique longe de mim, entendeu?", novamente, Raiden faz um sinal para que responda.

"Tudo bem. Pode ficar tranquilo!", pego o papel e a caneta que estava sobre a bancada e o entrego. "Espero que… não me procure!", ele escreve algo e me entrega.

"Ok. Estou indo.", ele acena e saí de casa, suspiro e encaro o papel em minhas mãos.

"Queria te explicar melhor, mas ela está me vigiando. Estou sendo ameaçado. Sinto muito!", digo lendo. "Desgraçada.", murmuro.

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