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C A P Í T U L O

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"Ela está bem"

☀️☀️☀️

Domingo, 02:00 PM.

Sayuri

"Olha, eu vou levar café para nós duas.", digo enquanto caminho segurando os dois copos. "A Yami já apareceu aí, Chi?"

"Você sabe que não. Estou ficando muito preocupada!", diz pelo celular e apenas suspiro.

"Também, mas precisamos esperar ela aparecer e ter fé de que está tudo bem."

"Sim. Bom, volta logo com o café, que preciso terminar essas coisas ainda hoje."

"Tem algum compromisso?", falo em um tom malicioso e ela reclama.

"Para com isso! Não é nada, apenas vou sair para jantar com o Justin.", começo a rir e ela suspira. "É apenas um jantar!"

"Ah, claro. Eu acredito em você!", digo debochando e ela murmura algo. "Estou voltando, conversamos mais depois."

"Ok, vem logo, tchau!", fala e desligo a ligação.

Continuo meu caminho, faltava apenas alguns quarteirões para chegar na casa de Chizue e Yami, mas minhas pernas já pediam um descanso. Então, paro por alguns segundos perto de uma loja de roupas, na vitrine dela tinha um vestido azul marinho perfeito, o que me trazia lembranças de alguns desenhos meus, aquele vestido parecia muito com um dos que desenhei.

"Olá, gostaria de entrar?", uma das atendentes aparece.

"Ah, claro. Eu quero levar esse vestido!", falo e ela apenas sorri me guiando até para dentro.

Após pagar pela roupa, saí da loja feliz pela compra, aquele vestido com toda certeza ficaria bem em mim, ainda com isso em mente, volto a caminhar sentindo novamente o cansaço dominar meu corpo.

"Só mais alguns quarteirões!", digo a mim mesma.

Assim que chego no apartamento delas, entro no elevador e suspiro aliviada por já está chegando, às portas se abrem e corro até a porta do apartamento delas, começo a bater freneticamente na porta, até que ela abre e corro para dentro, me jogo em seu sofá e ela me encara.

"Você é folgada!", diz se aproximando e entrego seu café. "Por que demorou tanto?"

"Eu tive que parar para comprar algo.", digo e ela revira os olhos. "Então, terminou seu projeto?"

"Não. Você sabe que ainda não consegui achar nada, mas…"

"Mas? O que você pensou?", questiono bebericando meu café.

"Eu vi um vestido que me deu uma idéia, mas não sei.", fala pensativa.

"Não sabe, o que? Vai com tudo, garota!", tento animá-la, mas ela acena.

"Você não entende. Aquele vestido me deu uma idéia, mas não sei como vou fazer isso, já que de fato não sei fazer!", explica.

"Ok, eu estou bem confusa. Mas, eu tenho certeza de que você vai conseguir!"

"É, eu espero. Bom, eu vou terminar aqui e você me ajuda a escolher uma roupa?"

"Claro. Aliás, só por precaução, usem proteção!", suas bochechas ficam avermelhadas e ela esconde o rosto.

"Idiota! Saí daqui.", diz e apenas ri.

Horas se passaram e acabei voltando para casa, Chizue estava bastante feliz com esse jantar de hoje a noite, e isso me deixou mais aliviada, assim ela não pensava tanto na Yami.

"Obasan, cheguei.", falo colocando as chaves sobre a mesa e retirando minha jaqueta.

"Olá, querida.", ela aparece na sala segurando uma caixa e me assusto ao ver aquilo.

"O que está fazendo com isso?", questiono.

"Eu achei guardado.", diz me olhando fixamente.

"Obasan, fique aqui, vou trazer seu remédio!", falo, mas ela segura meu pulso.

"Sayuri, não tomo eles a tempo e você sabe disso.", nego segurando as lágrimas. "O que houve?"

"A senhora vai me esquecer logo, como sempre faz!", digo desabando em lágrimas.

"Sayuri!", sussurra me abraçando. "Não vou te esquecer. Sinto muito se isso acontecia antes, mas não agora, eu estou curada!", fala me encarando.

"Está falando sério? A senhora não está pensando em que seu filho vai voltar para casa ou algo do tipo?", ela nega e a abraça. "Oh, que bom!"

"Está tudo bem. Eu estou bem agora!", fala acariciando meus cabelos.

"Isso é ótimo. Temos que comemorar, então amanhã a gente vai sair para comer fora e depois passear na praça!", digo sorrindo.

"E também vamos ao shopping, você precisa de roupas novas e também.", aceno sorrindo.

"Claro, o que você quiser!", ela sorriu e beijou gentilmente minha testa.

"Agora vá descansar.", aceno e subo para o meu quarto, me jogo na cama e suspiro aliviada.

"Ela está bem!", sussurro fechando os olhos.


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