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C A P Í T U L O

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"Quer ser minha companhia?"

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Terça-feira, 02:10 pm.

O sinal soou e eu fui a última a sair da sala, queria que todo aquele amontoado de gente fosse embora primeiro, me levantei quando a sala ficou vazia e caminho pelos corredores em silêncio.

"Oi?", vejo o pianista mascarado encostado na parede segurando a mochila.

"Oi.", digo tentando fugir daquela conversa, mas ele tinha outros planos.

"Você não dessa vez vai fugir!", pressionada contra a parede e ele tão perto só me fazia querer sair dali.

"Me deixa ir agora!"

"Não. Por que saiu correndo?", seus olhos estreitaram e quase formaram uma linha.

"Nunca vai entender, me deixar ir por favor, ou vou gritar!"

"Não acho que seria capaz...", começo a gritar mas ele tampa minha boca com a mão. "Não faça isso...", diz se aproximando mais, ele afasta a mão.

"Me deixa ir embora eu tenho que voltar pra casa!", ele sorri.

"Tudo bem. Bem, como você ainda tá meio mexida com seja lá o que... eu sempre fico aqui na escola de noite, se você quiser pode vir aqui e escutar um pouco de música."

"Eu vou pensar...", saio perto dele e corro para fora dali.

Chegar em casa e saber que logo você terá de ir para a casa da sua tia -que é o próprio demônio-, é a pior das sensações.

"Olá... meu irmão querido!", ela o abraça e sorri falsamente. "Yami querida!",tenta me abraçar e logo ouso ela sussurrar. "Vê se não envergonha a mim com essa sua mania de meninos. Seja feminina sua estúpida!", se afastando sorri novamente e nos dá passagem para entrar.

Eu já queria ir embora, sentia toda aquela sensação novamente de dor e angústia, só queria morrer agora pra não ter que aguentar todas aquelas indiretas que mandavam para mim, principalmente a Ayane.

"Filha, por que não sobe para o quarto da sua prima?"

"Eu posso ficar aqui e..."

"Yami, iremos conversar coisas de adulto. Cadê a sua educação?"

"Vá filha...", irritada e frustrada subi para o quarto dela.

Santo Cristo! Imagine um quarto repleto de... rosa. Esse era o quarto da Ayane, nada contra ao rosa mas rosa demais aí não dá, quase quis correr para longe daquele mundo rosa da Ayane, tudo era rosa, até a luz do quarto e eu me pergunto se iria aguentar ficar ali por muito tempo.

"Esse é o meu lindo e maravilhoso quarto, o que não poderia ser diferente para uma pessoa como eu!", reviro os olhos e me sento em uma poltrona.

"Você acha que vai fugir de mim, não é?", ela se aproxima e não faço a menção de me mexer, afinal eu não tenho medo dela. "Me responda sua vadia!", continuo calada e ela puxa meus cabelos, tento me livrar dela mas era difícil. "Eu não vou te bater aqui, mas escute bem... quando você vacilar, eu vou acabar com a sua raça!!", ela me joga no chão e me levanto como se nada tivesse acontecido.

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