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C A P Í T U L O

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"Hospital"

☀️☀️

Terça-feira, 05:00 PM.

Sayuri

A casa estava um silêncio só e isso me deixou preocupada, nunca cheguei em casa e estava silenciosa, muito menos deixei minha obasan sozinha, então isso me deixou nervosa, deixei minhas coisas no chão e corri até a cozinha vendo-a cozinhando, suspiro aliviada e abraço por trás.

"O que está fazendo, obasan?", pergunto e ela sorri.

"Uma sopa para nós duas, o que acha?", questiona e olho para a panela, o cheiro estava maravilhoso e aparentemente parecia estar bom.

"Deve estar ótimo como sempre.", ela sorri simpática e vou até a mesa me sentando na cadeira.

"Eu estava pensando, e se nós duas saíssemos para dar uma volta?", pergunta e dou de ombros.

"É uma ótima idéia, vamos sim, mas antes quero muito provar sua sopa.", digo e ela assente sorrindo. "Bom, vou me arrumar e já desço para ajudá-la.", aviso e subo para o quarto.

Meu quarto estava uma bagunça, confesso, precisava arrumar isso qualquer dia desses, tudo estava jogado por todo canto e não conseguia achar nada ali, ainda bem que minhas roupas estão arrumadas, pelo menos isso. Depois de tomar um banho e me vestir, arrumei meu cabelo e coloquei minha bota favorito, quando terminar peguei minha bolsa e desci as pressas.

"Se cair não vou levar ninguém pro hospital, não!", grita e começo a rir, entro na cozinha e começo a colocar os pratos e talheres na mesa.

"Relaxa, eu não vou cair. Já está tudo pronto?", pergunto e ela me encara.

"Hm! Pra onde vai assim toda arrumada?", me olha sorrindo.

"Não estou toda arrumada, apenas vesti qualquer coisa.", falo colocando os copos.

"Sei, Sayuri arrasadora de corações, esse deveria ser o seu apelido.", fala e rimos. "Está linda, meu amor!", diz e beija minha testa.

"Obrigada, obasan. Agora vai se arrumar pra gente sair, vai!", peço e ela saí correndo pro quarto. "Se cair não levo no hospital!", grito imitando-a.

"Para de graça, sua peste!", esbraveja e começo a rir.

As horas se passaram e estávamos pronta para sair, trancamos a casa e fomos embora até o parquinho, no caminho ficamos conversando sobre várias coisas e rindo também, foi bem engraçado, quando chegamos no nosso destino compramos um café para tomar e sentamos em um banco alí perto.

"Como você cresceu…", diz enquanto observa algumas crianças, olho para ela e vejo um sorriso no seu rosto. "Em pensar que de todos, você, apenas você, foi quem cuidou de mim e tentou de tudo para me manter a salvo!", diz e meus olhos enchem de lágrimas.

"Que isso, obasan. Eu só fiz o que era certo, você ajudou minha mãe a me criar e me protegeu, não era justo te abandonar quando mais precisava.", falo enxugando minhas lágrimas e ela segura minha mão.

"Se seus pais estivessem aqui, eles estariam orgulhosos de você!", diz e ela me abraça. "Eu te amo tanto, minha Sayuri!"

"Eu também te amo, obasan!", falo chorando ainda mais.

"Mas, quero um bolo!", diz e começo a rir, enxugo minhas lágrimas e acaricio seu rosto.

"Tudo bem, eu compro, obasan.", ela sorri e bebe seu café.

"Sayuri?", olho rapidamente e vejo Shu parado em minha frente.

"Oi, o que você está fazendo aqui?", pergunto sorrindo.

"Vim dá uma volta, nada demais. Como vai senhora Yamazack?", pergunta a minha tinha e ela sorri.

"Vou muito bem. Sayuri, eu vou dar uma volta e conversar com uns velhos amigos!", diz levantando.

"Espera, obasan você não pode sair assim sozinha e se algo acontecer?", questiono preocupada.

"Eu grito socorro, agora tchau e juízo!", diz nos encarando, assim que ela saí Shu sorri tímido.

"Eu posso me sentar com você?", assenti em resposta e ele fica ao meu lado. "Sobre aquele dia…", suspira.

"Não, esquece aquele dia. Eu não quero ter que lembrar mais do passado, nem ficar remoendo algo que já passou e não volta mais, você não pode mudar o que fez e nem eu, então…", paro e encaro seu rosto. "Se você quiser, se você sente algo, podemos tentar aos poucos, nos conhecer novamente e começar do zero, mas só se você quiser!", ele fica surpreso, mas logo sorri.

"Você tá falando sério?", questiona e beijo seus lábios de forma doce, ele não retribuiu por alguns segundos, mesmo de olhos fechados, sabia que estava impressionado, porém, ele segurou meu rosto e retribuiu o beijo da melhor forma possível.

"Isso responde a sua pergunta?", questiono ao nos afastarmos.

"Sim.", respondeu sorrindo, sinto meu celular vibrar em meu bolso e vejo que era Yami.

"Vou matar aquela, garota.", digo e atendo. "O que tu quer?", pergunto e uma voz diferente fala.

"Você conhece Yami Yamamoto?", questiona.

"Sim, ela é minha amiga.", digo estranhando.

"Ela desmaiou e agora está no hospital, poderia vir até aqui?", meu coração para por um segundo e levanto do banco.

"Claro, eu estou indo, onde é?", questiono e ela diz, desligo a ligação e olho para Shu. "A Yami tá no hospital, preciso ir até lá, você pode cuidar da minha obasan?"

"Claro, me dá notícias.", assenti e saio correndo em busca de um táxi.

[...]

Minutos antes do acidente…

"Ok, preparada pra assumir o controle e sair por aí?", pergunto a Lady e ela sorri.

"Claro que sim, aliás, o que vamos fazer mesmo?", questiona.

"Brincar um pouco, batalhar, né?!", respondo e ela suspira.

"Beleza, vamos então."

Era tão bom assumir o controle, mesmo que fosse por algumas horas, então teria que aproveitar meu momento. Saindo pela ruas do Japão, sentia a brisa fria que já fazia aquela hora, havia um parque ali perto onde acontecia algumas batalhas, o que era o lugar perfeito, me aproximei de um grupo de jovens que assistiam uma batalha de bey e assim que ouço aquela voz meu corpo paralisa, encaro o garoto e ele percebe a minha presença, um sorriso ladino surge em seu rosto e ele aponta para mim.

"Yami Yamamoto!", diz e sinto minha visão escurecer e meu corpo ir ao chão.

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