Unidos Por Beyblade

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C A P Í T U L O

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"Estou no comando"

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Sábado, 06:58 PM.

Caminhando pelas ruas de Tóquio, Yami se sentia cansada e pela primeira vez se permitiu sair para caminhar sem rumo, seus pés chutavam qualquer pedrinha que encontrava no caminho enquanto suas mãos se mantinham dentro dos bolsos do moletom, em sua cabeça tinha um capuz e em seus ouvidos a música que mais gostas até o momento The Village, ao erguer a cabeça ela viu de longe um casal feliz, por algum motivo aquilo lhe trouxe lembranças com Raiden, mas ela não queria pensar nele, seguindo seu caminho ela continuou e passou por eles, mas parou quando ouviu aquela voz, um arrepio percorreu seu corpo e ela sentiu se paralisada, ela virou-se e o encarou para ter certeza.

"Aaron?", ele assim como ela ficou paralisado. "Você por aqui?"

"Q-Quem é você? Te conheço?", pergunta nervoso.

"Vai pagar de idiota?", ela percebe que ele estava acompanhado de Sayuri, o que fez ela sentir uma dor no peito. Medo. "Ah. Vai enganar ela também?"

"Do que você tá falando Yami? Dá pra nós deixar em paz?"

"Ela não sabe, né?", encara o garoto que apenas abaixa a cabeça, ela solta uma risada sem humor. "Você é um desgraçado mesmo!"

"Não fala assim do meu namorado!!", defende.

"Cala a boca Sayuri!"

"Não. Cala a boca você Yami, já não basta roubar o Shu de mim agora você quer me separar dele. Qual é a sua hein?", Yami encara ambos e bate palma.

"Parabéns Sayuri, você acaba de ganhar na loteria, espero que viva Eliz ao lado desse... Traste! Vocês se merecem..."

"Eu não te conheço, dá pra ir embora e deixa minha namorada e eu em paz?"

"Olha, eu espero que quando eu acorde e liga a TV você tenha feito um bom trabalho, agora capricha, porque realmente eu já fiz a minha parte que foi alerta ela! Felicidades prós pombinhos...", diz e passa por Sayuri, ela para e olha de soslaio para a garota. "Só não diga que eu não te avisei, eu tentei te salvar, mas você já tá cega!", cospe as palavras e saí deixando os dois.

A cada passo Yami queria bater em algo, explodir e destruir qualquer coisa a sua frente, mas não conseguia, seu corpo guardava suas emoções e ela torcia para chegar em casa logo, ela pega o celular e disca qualquer número que venha em mente.

"Sua chamada está sendo encaminhada para caixa postal, por favor aguarde o sinal!"

"Oi mãe. Eu... Eu não sei se você mudou de número ou não... Mas... Eu só quero dizer que... Eu te amo muito! Que me perdoe por não ser a filha que você espera, que me perdoe por ter muita vezes brigado com você! Você é a melhor. Me perdoa por não te dar notícias mais...", as lágrimas insistem em aparecer. "Eu odeio por não conseguir dizer a verdade, mas um dia eu vou sentar com você e vamos conversar, vou te dizer o que fizeram comigo! Te amo mãe, mais que tudo, mais que a minha própria vida! E... É... Parece que você tinha razão... A gente tenta fugir dos sentimentos, mas... Eles aparecem e quando nós menos esperamos... Ele está lá! Eu não tô dizendo que amo alguém... Só... Só encontrei um cara... Legal... Mas ele namora e eu não sou nada para ele... Não sinto nada que uma coisa estranha por ele...", ela suspira. "Eu preciso desligar... Te amo!!", desliga e chora ainda mais.

Cambaleando pelas ruas frias, ela seguiu seu caminho torto, seu coração sempre despedaçando cada vez mais e a cada dia, suas mãos tremiam, mas seu corpo alarmou ao ouvir pedidos e gritos de socorro, ela começa a correr em direção ao grito e vê um homem ameaçando outro com uma faca, Yami pega sua máscara e luvas pretas colocando-a, caminhando lentamente até eles, ela grita.

"Ei!", o homem vira e a encara. "Larga ele!", o homem rir.

"E o que você vai fazer, hein gracinha?", ela sente uma coisa querendo a dominar, mas em uma luta interna ela briga com essa força.

Deixe que eu cuido disso...

"Não...", sussurra para si.

Você sabe que só eu tenho a coragem!

Deixe-me ser liberta hoje!

"Tudo bem... Você está no comando agora!", ela abre os olhos e eles se tornam mais escuros que o normal, um sorriso se forma no canto de sua boca. "Aí marica, eu vou te ensinar uma coisa que tua mamãe não fez!"