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                C A P Í T U L O

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      Sentimentos do passado

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No relógio marcava exatamente 4 da tarde, o silencio predominava a casa 707 e no quarto de Yami o único som era do relógio que toda hora fazia o som tic tac.

Com os olhos grudados na tela do computador, Yami por fim começou a digitar e abrindo um aplicativo, assim que entrou no jogo, seus companheiros logo entraram também e chamaram ela para se juntar a eles "Quem é vivo sempre aparece!" disse um dos jogadores com o nome de coelhoraivoso003.

"Eu estava com problemas..." disse Yami.

"Sentimos saudades da DarkLady! Não só da jogadora, mas sim da blader!" pronunciou ammy.

"Irei ficar um tempo longe disso tudo! Vou ser mandada para o Japão e provavelmente irei ficar numa escola interna!" as palavras de Yami demostraram  totalmente que a garota estava infeliz com essa situação, o que era total verdade.

"É uma pena! Mas DL, você nunca disse em que país vive! Onde você está atualmente?" indagou magodastrevas.

"Eu moro em Brooklyn e isso é tudo!" falou a garota que já começava a matar alguns em seu jogo.

"Ei Lady... Você não fala muito sobre você nem pra gente e muito menos para as pessoas mundo a fora! Que tipo de animais você gosta?" novamente indagou o garoto.

"Gosto de gatos e cachorro!" respondeu ela com tranquilidade mesmo já sabendo onde ele queria chegar.

"Já teve algum deles? Eu já tive um hamster, mas ele morreu! Ele se chamava Bolinho!" Yami se segurou para não ri do que o mago havia dito.

"Eu tive um cachorro e ele se chamava destruidor... Ele era Leonberger!" contou Yami.

"Imagino que ele deve ter dado trabalho! Mas me diz... Qual seu número favorito? O meu é 1... E o seu?" questionou a Yami.

"Sempre gostei do número 7, você não acha que está fazendo perguntas demais?"

"Não... Eu não acho!"

Já sabendo o que iria acontecer, ela pegou sua máscara e pôs ela, sentando de volta em seu lugar "Diga olá para a camera Dark... Mas o que???" vociferou o garoto.

"Você achou que fazendo  perguntinhas idiotas eu não ia saber que estava tentando me distrair para tentar hackear meu computador, mas eu te deixo uma coisa bem clara... Nunca mais ouse se quer cogitar a ideia de repetir esse mesmo ato! Eu achava que você era mais esperto mago das trevas, mas meu problema é esse... Sempre esperar muito das pessoas! Cansei, não quero mais jogar!" avistando o grupo, ela atirou em cada um matando um por um. "Pense bem da próxima vez! Pois eu ao contrário de você, posso te achar, baka!" assim que diz suas últimas palavras ela sai do jogo e desliga o computador.

Sentou-se no chão e suspirou indignada com a estupidez e ousadia do garoto, mas ela saiu de seus pensamentos quando ouvia batidas na porta "Entra..." disse a garota que logo viu seu pai aparecer na porta, ele sorriu para ela e foi ao seu encontro dela, ele sentou-se no chão ao lado da garota que apenas olhou para a parede sem graça e totalmente insignificante.

"Ta tudo bem?" questionou Daniel e Yami apenas suspirou pesadamente.

"O que você acha pai?" respondeu a garota com indiferença "Como você acha que eu estou me sentindo sabendo que vou embora de um lugar que amo e que fica o mais próximo da minha mãe? Você ainda tem a audácia de me perguntar se estou bem? Estou pior do que bem, estou péssima!" ela quase gritou com seu pai que mesmo não deixando ela batalhar mais, entendia o sofrimento da garota, mesmo assim ele dizia para si que isso era para o bem dela.

"Não quero que cometa o mesmo erro que a Amber comete..."

"Eu não sou a Amber! Sou Yami Yamamoto, filha de Daniel Yamamoto e Katherine Taylor! E eu não vou cometer o mesmo erro estúpido que ela cometeu, ao contrario dela... Eu irei me não apaixonar por alguém como aquele crápula do Shirasagi..." Yami falou tais palavras com ódio e o único sentimento que habitava nela quando o assunto era esse: vingança.

"Minha filha..." tentou dizer algo mas Yami se recusou a ouvir e foi até a porta.

"Por favor se retire de meu quarto pai! Eu preciso arrumar minhas coisas para a mudança..." Daniel frustrado com a situação apenas saiu do quarto e Yami fechou a porta.

Essa mudança estava deixando ambos irritados e frustrados, principalmente Yami que agora estaria mais longe do que nunca de sua mãe.

Yami pegou o celular e ligou para sua mãe na esperança de que ela atendesse logo, mas não foi como previsto, a mãe da garota levou um tempo até atender a ligação.

"Mãe?" foi a primeira coisa que disse.

"Oi filha... Esperei você me ligar ontem, mas você não ligou!" disse em um tom preocupado.

"Eu não..." Yami procurou uma desculpa, mas nada veio em sua mente, então ela resolveu dizer a verdade, afinal ela não podia mentir para a única pessoa, talvez no mundo, que a entenda melhor do que ninguém. "Mãe..." ela tentou iniciar, mas Katherine cortou a garota.

"O que houve Yami? Sabe que pode me contar tudo! Não sabe?" disse apreensiva, e sem rodeios, Yami disse.

"Pai quer me levar para o Japão contra minha vontade!" quando terminou de dizer tudo, respirou fundo e se sentou no chão novamente, se passaram exatamente 3 minutos sem que Katherine tenha dito se quer uma palavra.

"Por que?" perguntou por fim Katherine.

"Sasha disse sobre minhas batalhas! Agora ele sabe mãe..." disse em um tom desesperado.

"Acalme-se... Nós duas sabíamos que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas agora é hora de manter a calma e pensar adiante, Yami! Seu pai sabe sobre sua paixão sobre beys, mas tem medo que continue batalhando!"

"Ele disse que tem medo por conta do que aconteceu com a Amber, mas mãe... Não sou a Amber! Sou Yami!" a garota sentia como se uma ferida que havia cicatrizado estivesse agora aberta novamente.

"Eu sei meu bem! Sei de tudo isso, mas veja também o lado de seu pai, ele perdeu quem amava..."

"Eu também mãe!!!" disse e chutou um livro que estava no chão.

"Yami... Filha... Entenda! Todos nós sentimo pela perda da Amber, mas seu pai é diferente de mim e de você, eu você conseguimos seguir em frente e tentar viver a vida de um jeito mais tranquila, sem toda essa dor, claro que ainda sentimos isso, mas o seu pai, ele é muito apegando as pessoas,muito bondoso e as vezes protetor demais, por isso que o ocorrido parece que foi ontem para ele! Só peço-te que tenha paciência com ele e que juntos... Possamos esquecer o passado e fazer com que essa dor se transforme em esperança!  Eu te amo minha filha... Apenas quero te ver feliz! Nunca dependa de ninguém, apenas de si mesma!" Yami já se derramava em lágrimas.

"Também te amo mãe! Gostaria de morar com você e que isso tudo acabasse!" disse com a voz embargada.

"Um dia minha filha! Agora eu tenho que ir... Tome um banho, esfrie a cabeça e descanse! Amanhã será um novo dia e por favor... Tente manter a calma! Irei falar com seu pai! Tchau meu bem!"

"Tchau mãe! Até..."

"Até filha..." ela encerrou a ligação e suspirou pesadamente enquanto se deixou levar pelas lágrimas e aquele sentimento tão profundo e amargurado.

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