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C A P Í T U L O

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"As flores"

☀️☀️☀️☀️

Quarta-feira, 09:00 AM.

Chizue

"O que você está fazendo aqui?", é a primeira coisa que pergunta ao abrir a porta e me ver.

"Oi mãe, posso entrar?", pergunto ignorando o que ela falou.

"Veio falar do seu pai ou agora tem uma acusação contra mim também?", suspiro.

"Não quero brigar.", ela dá espaço e entro, a casa não mudou nada, continua a mesma, me sento no sofá e ela me encara.

"O que você quer?"

"Fiquei sabendo que a empresa dele está falindo, queria saber como vai as coisas na sua.", ela cruza os braços.

"Vai bem. Veio pedir algo?"

"Mãe!", digo levantando. "Por que você sempre acha que quero algo ou que vim para te destratar? Eu sou sua filha e meu problema é com ele, não contigo."

"Exatamente, quando resolver tirar sua queixa contra ele tudo voltará ao normal.", suspiro pesadamente.

"Cansei. Eu vim apenas para buscar algumas coisas que esqueci aqui.", subi para o meu antigo quarto e peguei tudo que precisava, coloquei em uma mochila, desço as escadas e percebo que ela não estava lá. "Deve ter saído.", digo a mim mesma e saio de casa vendo minha mãe conversar com Justin. "O que o Justin faz aqui?", me aproximo de ambos.

"Espero que mude de opinião.", diz minha mãe e sai irritada.

"O que ela queria com você?", questiono beijando seus lábios.

"Nada demais, vamos pro hospital?", assenti e ele abre a porta do carro, entramos e ele dá partida.

"Mas é sério. O que ela te disse?"

"Ela pediu para fazer você mudar de idéia sobre o caso do seu pai."

"Ela ficou louca? Não importa o que me digam, nada vai mudar."

"Foi exatamente o que eu disse a ela, não mando em você para dizer o que deve fazer, apenas respeito sua decisão. E quer saber de uma coisa, acho muito bem feito ele estar preso, ele não tinha o direito de levantar a mão para você!", sorri.

"Ah, vejo que escolhi a pessoa certa!", beijo a bochecha dele e o mesmo cora.

[...]

09:10 AM.

Yami

Abro meus olhos com um pouco de dificuldade pela claridade, minha visão estava embaçada e não conseguia ver direito, mas quando ela foi voltando ao normal, tudo que vi foi um jarro com um lindo buquê de tulipas negras e brancas, ouço um barulho e viro devagar para ver o que era.

"Yami, você acordou!", diz Sayuri e sorri.

"Onde estou?", questiono e ela se aproxima e segura minha mão.

"No hospital, disseram que você desmaiou no meio da rua…", ao contar aquilo, as lembranças daquela noite me vêm à mente.

"Eu lembro, era ele Sayuri…", digo apertando sua mão.

"Quem Yami? De quem você está falando?"

"Foi ele quem matou minha irmã…", digo e ela arregala os olhos.

"Como assim? Que irmã?"

"Ela não entenderá.", diz Lady surgindo no quarto. "Não adianta dizer."

"Diz alguma coisa Yami…", fala Sayuri.

"Não é nada, eu só… eu estou cansada e com fome!", digo e ela sorri.

"Você sempre está com fome, não é?", questiona rindo. "Vou buscar algo pra você comer."

"Espera. Quem trouxe essas flores?", questiono e ela dá de ombros.

"Não faço a menor ideia, talvez o médico ou as enfermeiras, vou chamar alguém.", ela sai e suspiro.

"Que merda, Lady!", esbravejo.

"Você precisa esquecer isso, não vai adiantar nada ficar com raiva, você nem sabe se vai encontrar ele novamente!", diz ela.

"Não importa, eu vou caçar ele e quando acha-lo, ele vai ter que me dizer a verdade!"

"Você que sabe, vou te deixar sozinha agora.", fala e desaparece.

Sem paciência para ficar naquela cama, levanto e saio do quarto, procuro por alguma enfermeira, depois de andar um pouco, finalmente encontrei alguém.

"Olá. Eu queria saber se alguém entrou no meu quarto e deixou umas flores…", pergunto.

"Qual seu nome e número do quarto?", questiona.

"Yami Yamamoto, número 356.", ela procura por algo em seu computador e sorri.

"Eu lembro, foi um lindo rapaz, ele veio hoje de manhã e deixou lá.", diz.

"Sabe o nome dele?"

"Ele não quis dizer, mas falou que se você perguntasse era pra dizer que sabia exatamente quem era.", suspiro.

"Eu não sei quem pode ser. Lembra de como ele era?"

"Agora não lembro.", responde.

"Tudo bem, obrigada.", estava prestes a voltar pro meu quarto quando vi Tiago vir até mim. "O que está fazendo aqui?"

"Quando soube vim o mais rápido possível, mas tive que voltar. Agora estou aqui.", segura minha mão, porém me afasto.

"Fica longe de mim.", digo e ele suspira.

"Me desculpa, eu sei que não queria me ver aqui, mas fiquei preocupado quando atendi a ligação e disseram o que aconteceu.", encaro seus olhos, ele estava falando a verdade.

"Foi você quem trouxe aquelas flores?", pergunto.

"Que flores?", suspiro.

Se não foi ele, então quem trouxe as flores?

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