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- Que? Como assim Voldemort? – disse Dylan confuso e olhando ainda nos meus olhos.
- Eu vi uma de suas comensais, a que está presa em Askaban, Bellatrix... - disse desviando o olhar. – Ela me queria, ela dizia que minha família pagaria por terem me escondido dele...Eles morreram...por minha causa...- Encarei o chão e lagrimas se formaram em meus olhos, o ataque a Mansão Summers, era culpa minha.
- Ei! A culpa não é sua! Eles são loucos, não viu o que aconteceu com aquele menino, o...Harry Potter, seus pais também morreram pois o Voldemort estava atrás dele, mas isso não quer dizer que a culpa é dele. – disse ele segurando meu queixo suavemente me fazendo olhar pra ele enquanto a mão livre limpava as lagrimas que sorrateiramente caiam.
- E se ele voltar? E se Voldemort retornar e me procurar? – disse começando a ficar desesperada.
- Eu estarei aqui pra te proteger, ok? Não vou deixar que ele encoste as mãos em você...- disse ele, ainda me olhando, senti uma sensação de calma, Dylan por mais babaca que fosse com os alunos, estranhamente nunca foi comigo, claro, ele fazia piadinhas mas nada muito alarmante, desde sempre, ele demonstrava se preocupar comigo, sempre que dava.
- O-obrigada, Dylan... – disse me afastando um pouco dele, ele deu um sorrisinho de lado e fazia aquele olhar, o olhar que fazia as garotas suspirarem.
- Não há de que...solzinho.- disse ele dando uma risadinha. Revirei os olhos e dei um suspiro meio que rindo.
- Bom...tenho que ir agora...- disse indo para direção da torre da Grifinória. - Ah, não conte pra ninguém sobre isso, ta? – disse me virando pra ele, ele ainda parado, com as duas mãos no bolso, ainda com aquela cara. – Claro, será nosso...segredinho...-disse ele piscando pra mim e indo na direção oposta a minha.
- Dylan! – disse meio alto, fazendo o mesmo se virar. - Posso te pedir mais uma coisa?
- Claro solzinho, tudo o que quiser... – disse ele com um sorrisinho de lado.
- Você poderia parar de ser babaca com os alunos? Você e seus amigos da Sonserina? – disse olhando pra ele com uma expressão quase irritada.
- Claro, sem problemas, nos vemos por ai solzinho. – disse ele piscando de novo pra mim e se virando dando um aceno com uma mão.
Fui andando até a torre da minha casa e não conseguia parar de pensar naquela visão...ou melhor, naquela lembrança...Minha tia nunca me disse o que exatamente tinha acontecido no dia em que meus avós morreram, ela só contou mesmo a historia da minha mãe, sobre ela ter sido presa em casa pelo próprio pai e de ter sido obrigada a se casar com quem não ama só pro meu avô não fazer nada de ruim comigo ou meu pai, acho que era dele de que minha vó falava na lembrança...Minha tia dizia que minha mãe merecia uma lembrança digna, de que ela era uma bruxa corajosa e de que fez de tudo, até abrir mão da própria felicidade pela minha proteção e de meu pai...Darei orgulho a ela, esteja onde ela estiver...
