Capítulo 18

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Jaine e Cassini retornaram cheios de sorrisos e ficou difícil não shippar aquele casal. Eles era uns fofos juntos e pareciam se dar muito bem.

Eu não conhecia tão bem a relação dos dois, mas sabia que Jaine estava trabalhando na residência Giluer a mais de três anos e com certeza, pela lealdade de Cassini, ele trabalhava com Jack a mais tempo que isso.

Então não duvido que esses dois vem cultivando esse sentimento a um bom tempo.

-E agora, quais os planos? - Cassini perguntou.

Eu sorri, pois não fazia a mínima ideia do que dizer.

-Sinceramente, não sei - disse Jaine.

Eu apenas dei uma boa mordida no churros e comecei a mastigar o delicioso alimento.

-Um boliche, o que acha? - era a vez de Jack falar.

Todos olharam para ele, surpresos. Assim como eu, ninguém esperava que ele fosse dar uma ideia e que inclusive seria boa.

-Na verdade, é uma ótima ideia - eu o encorajei.

-Eu gostei - falei Jaine sorrindo.

-Então por mim tudo bem, vamos a uma pista de boliche - Cassini sorriu.

Terminamos de comer e para a nossa sorte, os rapazes vieram de carro. Seria um dinheiro a menos para o táxi.

No caminho Cassini e Jaine conversavam sobre suas experiências com o boliche. Enquanto que eu e Jack trocamos olhares por todo o percurso.

Não sei o que aquilo significava, mas eu estava me sentindo uma adolescente.

Não demoramos muito para chegar e Cassini em seu hábito de secretário, encontrou o melhor lugar da região para essas atividades.

Logo tomamos uma pista para nós e Jack deixou claro que pagaria, mesmo comigo teimando que poderia ajudar. Ele iniciou um discurso de que era uma forma de presentear seus funcionários pelos excelentes serviços prestados.

Eu não sabia se ria ou batia nele.

Por fim, Cassini disse que era uma guerra perdida e eu infelizmente tive que ceder.

-Eu e Jaine contra vocês dois - disse Cassini.

Era óbvio que ele seria dupla da Jaine.

-Vocês perderão feio - Jaine cruzou os braços e fez pose com seu sorriso brincalhão.

-É o que veremos - eu disse, retribuindo a provocação.

Os rapazes riram e se juntaram a nós em nossas poses de poder.

A verdade é que eu tinha condenado minha dupla ao fracasso. Eu era péssima em boliche e esperava que Jack não fosse tão competitivo ao ponto de ficar triste por perdermos.

O primeiro arremesso foi Jaine, ela acertou a ponta esquerda e derrubou uns quatro pinos, porém seu segundo arremesso foi para fora. Cassini, na sequência, fez um spare (quando derruba todos os pinos utilizando as duas jogadas).

Bati palmas para os meus adversários.

-Sua vez - Jack disse.

Eu ri, nervosa.

-Não fica bravo - eu sussurrei enquanto me levantava e ia em direção as bolas.

Primeiro arremesso: para fora.

-Vamos lá, Sofia, você consegue - me encorajou Jaine.

Segundo arremesso: para fora.

Olhei para trás relutante e encontrei Jack e Cassini rindo descontroladamente.

-Acho que essa vai ser fácil - Cassini disse em meios as gargalhadas.

-Engracadinho - eu zombei.

Jack se levantou depois de sua crise de risos. Ele estava sério e concentrado.

Logo no primeiro arremesso, todos os pinos foram para o chão. Ele tinha feito um belíssimo strike.

Bati palmas em comemoração, eu estava muito feliz por suas habilidades. Graças a isso, a vitória não seria tão massacrante.

-Ainda bem que alguém joga bem nessa dupla ai - Cassini provocou.

Jack riu e voltou se sentar do meu lado.

-Se divirta, deixa que vou fazer todos os pontos que se fizerem necessário - ele sorri.

Eu sorri de volta.

Na rodada seguinte, Jaine derrubou metade dos pinos em suas duas jogadas, Cassini deixou dois pinos em pé e Jack fez outro strike. Não preciso nem dizer que eu errei a duas jogadas de novo né.

Iniciamos a terceira rodada depois de muitas gargalhadas e zombarias com a minha cara. Até Jaine entrou na onda de rir de mim.

-Não se preocupe, na próxima eu te ensino - Jack disse baixinho.

Meus pelos se arrepiaram. Ele estava bem próximo.

Meu foco nele fez com que eu perdesse todos os arremessos dos meu adversários e agora era minha vez.

Dessa vez Jack me acompanhou e me indicou que pegasse uma bola diferente. Realmente, a bola era bem mais leve do que a bola que peguei nas quatro vezes que joguei.

Em seguida ele se aproximou por trás, tocou minha mão delicadamente. Ele falou algo em meu ouvido, não entendi bem, mas sabia que era algo relacionado ao meu movimento. Seja lá o que tivesse dito, eu não havia ouvido uma palavra se quer e estava apenas sentindo seu perfume... Perto demais...

Nossos olhos se encontraram e eu perdi completamente o chão naquele momento.

A GOVERNANTAOnde histórias criam vida. Descubra agora