Capítulo 33

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Nosso pós almoço foi muito bom. Passamos um bom tempo nos beijando e as carícias acabaram nos levando aos finalmente por duas vezes seguidas. Tenho que destacar que Jack é um homem insaciável e muito bom no que fazia.

Agora estávamos abraçados no sofá, terminando um filme qualquer que Jack escolheu.

-Sofi? - ele me chamou com uma voz baixa. 

Naquele momento eu estava deitada com a cabeça em seu ombro e apenas me virei para olhar em sua direção, nos deixando perigosamente próximos demais um do outro. 

-Sim, Jack? - perguntei. 

-O que somos? - ele perguntou, desviando o olhar e encarando a televisão. 

Oh... era o momento de termos aquela conversa. Eu a estava evitando, mas já que ele queria tanto falar a respeito disso, eu não poderia fugir.

-Eu não sei - falei suavemente. 

Ele suspirou, era evidente que estava apreensivo. 

-Sei que é precipitado, mas... - ele começou. 

Fiquei sentada e o olhei, seu olhar estava baixo e ele encarava o controle remoto.

-Eu sei que é complicado para você, afinal eu sou apenas uma funcionária - eu iniciei.

Ele parou e me encarou, as pupilas completamente dilatadas.

-Não me importo com isso, de coração - ele falou. - Se quiser deixar de ser funcionária aqui, posso arrumar um emprego melhor em uma das minhas empresas ou até mesmo em algum outro lugar. 

O tom dele era de preocupação. 

-Eu gosto de trabalhar aqui - eu disse. - Mas sei que essa relação de funcionária e patrão pode ser vista como... interesse... ou coisa pior. 

Ele sorriu, um pouco mais aliviado. 

-Não acho que você seja interesseira, Sofi.

-Você me conhece a poucos dias, como pode ter certeza disso? - eu retruquei. 

Ele sorriu e me puxou para um abraço. Me desvencilhei de seu abraço pois seria complicado pensar de forma coerente com ele tão próximo. 

-Temos que esclarecer as coisas - tentei ser firme. - Precisamos saber quais são nossos limites e até onde estamos dispostos a ir.

Jack rodou o olhar pela sala. 

Eu tinha falado comigo mesmo que não iria pressionar ele, mas eu estava ansiosa com aquilo e precisava colocar em minha cabeça o que éramos antes que eu começasse a idealizar nosso casamento como uma louca precipitada. 

-Eu estou disposto a ir para onde você quiser - ele falou de forma vaga. 

Me levantei, irritada. Ele estava contornando o assunto e parecia não querer ser direto. 

Já lidei com muitos homens na minha vida e a maioria sempre iniciava suas enrolações com os mesmo pretextos e desculpas. No fim, era apenas eu que estava me apaixonando e acabava magoada. 

-Isso não foi uma resposta convincente - eu disse. - Se vai agir de forma vaga comigo, então já sei sua resposta. 

Antes que ele pudesse falar alguma coisa, fui para o meu quarto, batendo a porta com força e a trancando. 

Sei que fui infantil, mas eu não podia acreditar que era a única que estava apaixonada. Confesso que minha reação foi mais motivada pelo medo de ouvir ele dizer que nosso relacionamento não era nada demais. Fui sim muito impulsiva e me arrependo, mas agora já era tarde demais.

Uma coisa era certa, eu e Jack teríamos uma longa semana se não déssemos um jeito de resolver logo esse assunto. 

Eu não poderia simplesmente ignorar sua existência e sei que ele também não faria o mesmo. 

O que eu tinha que pensar agora era em uma solução para aquela situação estranha na qual eu havia metido a gente. 

A GOVERNANTAOnde histórias criam vida. Descubra agora