Nosso pós almoço foi muito bom. Passamos um bom tempo nos beijando e as carícias acabaram nos levando aos finalmente por duas vezes seguidas. Tenho que destacar que Jack é um homem insaciável e muito bom no que fazia.
Agora estávamos abraçados no sofá, terminando um filme qualquer que Jack escolheu.
-Sofi? - ele me chamou com uma voz baixa.
Naquele momento eu estava deitada com a cabeça em seu ombro e apenas me virei para olhar em sua direção, nos deixando perigosamente próximos demais um do outro.
-Sim, Jack? - perguntei.
-O que somos? - ele perguntou, desviando o olhar e encarando a televisão.
Oh... era o momento de termos aquela conversa. Eu a estava evitando, mas já que ele queria tanto falar a respeito disso, eu não poderia fugir.
-Eu não sei - falei suavemente.
Ele suspirou, era evidente que estava apreensivo.
-Sei que é precipitado, mas... - ele começou.
Fiquei sentada e o olhei, seu olhar estava baixo e ele encarava o controle remoto.
-Eu sei que é complicado para você, afinal eu sou apenas uma funcionária - eu iniciei.
Ele parou e me encarou, as pupilas completamente dilatadas.
-Não me importo com isso, de coração - ele falou. - Se quiser deixar de ser funcionária aqui, posso arrumar um emprego melhor em uma das minhas empresas ou até mesmo em algum outro lugar.
O tom dele era de preocupação.
-Eu gosto de trabalhar aqui - eu disse. - Mas sei que essa relação de funcionária e patrão pode ser vista como... interesse... ou coisa pior.
Ele sorriu, um pouco mais aliviado.
-Não acho que você seja interesseira, Sofi.
-Você me conhece a poucos dias, como pode ter certeza disso? - eu retruquei.
Ele sorriu e me puxou para um abraço. Me desvencilhei de seu abraço pois seria complicado pensar de forma coerente com ele tão próximo.
-Temos que esclarecer as coisas - tentei ser firme. - Precisamos saber quais são nossos limites e até onde estamos dispostos a ir.
Jack rodou o olhar pela sala.
Eu tinha falado comigo mesmo que não iria pressionar ele, mas eu estava ansiosa com aquilo e precisava colocar em minha cabeça o que éramos antes que eu começasse a idealizar nosso casamento como uma louca precipitada.
-Eu estou disposto a ir para onde você quiser - ele falou de forma vaga.
Me levantei, irritada. Ele estava contornando o assunto e parecia não querer ser direto.
Já lidei com muitos homens na minha vida e a maioria sempre iniciava suas enrolações com os mesmo pretextos e desculpas. No fim, era apenas eu que estava me apaixonando e acabava magoada.
-Isso não foi uma resposta convincente - eu disse. - Se vai agir de forma vaga comigo, então já sei sua resposta.
Antes que ele pudesse falar alguma coisa, fui para o meu quarto, batendo a porta com força e a trancando.
Sei que fui infantil, mas eu não podia acreditar que era a única que estava apaixonada. Confesso que minha reação foi mais motivada pelo medo de ouvir ele dizer que nosso relacionamento não era nada demais. Fui sim muito impulsiva e me arrependo, mas agora já era tarde demais.
Uma coisa era certa, eu e Jack teríamos uma longa semana se não déssemos um jeito de resolver logo esse assunto.
Eu não poderia simplesmente ignorar sua existência e sei que ele também não faria o mesmo.
O que eu tinha que pensar agora era em uma solução para aquela situação estranha na qual eu havia metido a gente.
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A GOVERNANTA
Romansa(NOVA CAPA) Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Ela precisa de um lugar para morar. Ele precisa de alguém que cuide de seu filho. Parece que todos vão sair ganhando nessa contratação. O que eles não imaginam é que vão ganhar muito mais do que u...