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JULIE MOLINA

Lá estava eu fazendo mais um brigadeiro. Eu sou obcecada por doces, principalmente por chocolates. Dessa vez eu tenho companhia, Flynn está na sala vendo alguma coisa de Little Mix, já que é uma fã de carteirinha delas. Eu e ela somos melhores amigas desde o ensino fundamental e temos uma intimidade muito grande. Ela vem para a minha casa todos os dias e me conta as novidades do colégio, já que ela é muito mais famosa do que eu. Ela é conhecida por passar o rodo e saber os babados de todo mundo, personalidade típica de garota famosinha norte-americana. Nossa família não é muito unida mas somos inseparáveis, como irmãs.

Moro em L.A faz bastante tempo mas já morei em Porto Rico, e sei falar Espanhol além de Inglês.

- Flynn vai querer uma ou duas colheres? - pergunto gritando para ela me ouvir da sala

- Duas, por favor - Ela grita de volta

Pego duas colheres e vou pra sala, vendo a mesma admirando suas meninas prediletas.

- Se você não gostasse do Reggie, poderia jurar que você é bi, porque você é só cadelinha de mulher. - Rio da cara dela que cora

Flynn tem uma queda do tamanho do maior prédio de Nova York, pelo Reggie mas tem medo de dizer o que sente porque acha que ele é 100% homossexual. Eu já disse que perguntar não mata, muito menos tentar algo com ele mas a mesma tem uma insegurança enorme de si no quesito de amor.

- Eu só não brigo com você porque é verdade - Olho pra ela e rio discretamente. Mesmo ela sendo reservada sobre seus sentimentos, ela é sempre sincera e aberta comigo.

Sento no sofá preguiçosamente... não vou levantar daqui tão cedo.

Começamos a comer enquanto assistíamos uma série da Netflix. Não sei o nome, mas parece ser legal, já que tem um monte de meninos bonitos e garotas estilosas.

- Quem é aquele? - aponto

- Bryan - ela responde na lata, pois já assistiu mais de 7 vezes.

- Vou casar com ele. - digo com a boca cheia. - Olha que lindo que ele é, nem um guindaste me tiraria de cima dele - falei, rindo de mim mesma.

- Cala a boca Julie, você é virgem! - Ela retruca rolando os olhos. Ela sempre gosta de jogar a verdade na minha cara, mas dessa vez eu tenho a resposta na ponta da língua.

- A culpa não é minha se estou querendo esperar a pessoa certa.

- Não existe pessoa certa e sim momento certo. Você escolhe qualquer pessoa e vai! - Ela disse, provavelmente cansada de me ouvir dizer a mesma coisa. Não tinha mais argumentos, sou muito fraca.

- Como aquela menina é inteligente né? Deve ser porque ela está esperando o cara certo para perder a virgindade. - ignoro ela, falando sobre a menina da série.

- Você está sendo seletiva, mas vai acabar escolhendo o pior. - Ela disse e aquilo me enche de raiva. Como eu vou acabar escolhendo o pior se estou me preparando para ter com o melhor? - Você vai transar ainda essa semana, sabe Por quê? Porque eu vou te obrigar a escolher alguém. - Ela levanta do sofá mega animada enquanto me encara, desafiadora. Eu faço uma careta de confusão.

- Porque você coloca tanta pressão nesse tipo de coisa inútil? - questiono a ela. Ela poderia me obrigar a fazer tantas coisas divertidas, mas em vez disso ela se preocupa com quem vou ter minha primeira vez.

- Porque pode ser horrível só de masturbar porque ninguém pode te dar prazer! - ela joga na minha cara, deitando-se novamente no sofá, se achando a tal. Abro a boca indignada com o que ela acabou de dizer, como ela sabe que eu faço isso?

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