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JULIE MOLINA

- Como assim, sem festa? - perguntei, confusa.

- Você está saindo demais, então nada de ir à festas, nem para comemorar o seu aniversário. Se quiser fazer alguma coisa, faça em casa e com a gente observando. - meu pai falou seriamente. Minha boca abria, mas nada saía, eu estava chocada demais.

- Pra que proibir, se vocês sabem que eu não posso sair toda machucada? Sem contar que eu não queria nada de festa de qualquer jeito. - disse, cruzando os braços.

- Nós sabemos, por isso que proibiremos por dois meses. - minha mãe finalmente falou.

- O quê? Poxa mãe...

- Você sai para estas festas e volta cada vez pior, isso não está fazendo bem pra você! Ficar em casa é a melhor opção até você melhorar. - afirmou meu pai, e eu revirei os olhos, discordando.

- Bom, quando eu poderei sair daqui?

- Agora mesmo, mas você ficará de repouso em casa, ordens médicas. - minha mãe respondeu, e eu assenti.

Pelo menos eu não precisarei ficar por aqui.

[...]

Acordo com a claridade indo diretamente aos meus olhos. Xingo internamente a pessoa que abriu a cortina e quando crio coragem para abrir os olhos, vejo minha mãe de pé abrindo todas as janelas do meu quarto.

- Vamos levantar! - ela manda, quase me puxando da cama.

- Não... - murmurei, manhosa. Eu odeio a animação da minha mãe, principalmente se for em plena manhã. Vou até o banheiro e tiro minhas roupas, tomando um banho apenas para despertar. A água fria molha a minha pele sensível e me faz soltar um gemido fraco.

Depois da ducha, escovo os dentes e vou para o meu quarto, vestindo uma roupa normal. Minha animação estava 0 para meu aniversário, principalmente porque eu não sabia o que fazer.

Assim que cheguei na cozinha, minha mãe me apresenta o café da manhã, que se parecia mais com um banquete da família real. Havia tudo ali, desde torradas e geleias até bolos gordurosos. É óbvio que eu devoraria aquilo tudo.

- Obrigada, mãe! - dei um abraço apertado nela. Eu sou muito amorosa com minha mãe, mas ela não gosta de corresponder muito com palavras, mas sim como ações, como este lindo banquete.

- Coma tudo logo, antes que esfrie. - pediu, e eu corri até a cadeira, deixando minha mãe e devorando tudo o que vi pela frente.

Assim que terminei a refeição, peguei meu celular e vi as mensagens.

Carrie fez um vídeo e um texto de feliz aniversário. Ela é sempre tão carinhosa e acolhedora, eu amo muito isso nela. Agradeci e fui para a próxima pessoa. Reggie e Alex mandaram um texto mega fofo de feliz aniversário, e figurinhas fofas. Essa menina é sensacional! Flynn me mandou parabéns e disse que viria até minha casa daqui a 20 minutos. O que essa menina quer comigo?

Vi mensagens de mais algumas pessoas, e não pude deixar de lembrar de Luke. Com certeza ele mandaria algo, ou então viria até aqui. Parece que nenhuma dessas opções irão acontecer comigo hoje.

Tá tudo bem, talvez seja melhor assim, ser ignorada até se acostumar.

Larguei o celular desanimada e tentei não me abalar com isso, mas era impossível. Ele era a pessoa que mais me dava atenção no dia do meu aniversário, ele era quem fazia tudo se tornar mágico.

Fui até um canto do meu quarto onde eu guardo todas as fotos que eu mais gostei ou então dos momentos mais marcantes da minha vida, e acabei dando de cara com as fotos que eu e Luke tiramos no Canadá.

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