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JULIE MOLINA

Terceiro dia, terceira aventura.

Já de pé com uma roupa confortável, acordo Joshua, que está dormindo feito pedra.

- Acorda, Patterson! - impliquei, falando o nome de propósito. - Eu quero ir para o Cristo, e de noite vai fazer um frio enorme lá no topo. Por favor, levanta! - pedi, puxando ele para fora da cama.

- Só se você me der algo em troca. - falou, segurando meus braços com força e me olhando seriamente.

- Eu te dou um beijo, agora vai. - falei qualquer coisa, mas ele negou.

- Não, quero algo maior. - pediu, e eu revirei os olhos.

- Só vai, desgraça. - joguei ele no chão, e o mesmo gemeu de dor e por puro drama foi se arrastando até o banheiro parecendo uma minhoca, ignorei completamente, sentando na cama e esperando a donzela se arrumar.

15 minutos era o suficiente para mim. Eu já estava morta de esperar e ele só tinha ido ao banheiro. Assim que ele saiu, eu levantei da cama em que estava deitada conversando com minha mãe pelo telefone e o olho com raiva.

- Você é putamente lerdo, eu quero te matar! - reclamei, e o mesmo não falou nada. - Vai ficar me olhando com essa cara de tacho ou vai fazer o que eu... - tentei completar, mas sou interrompida quando o mesmo quebra a nossa distância e cola nossos lábios, começando um beijo veloz e um pouco confuso da minha parte. Esse jamais é um beijo ruim, mas é que ele não tem motivo para ter acontecido. Aquilo era tão hipnotizante que minha raiva sumiu e uma vontade imensa de ficar ali se transformou em mim. Não queria acabar, mas tivemos porque o ar pediu presença. Ficamos em silêncio, ouvindo só as nossas respirações.

- Bom dia. - falou, e eu franzi a testa. - É assim que se começa um dia. - falou, olhando nos meus olhos com uma cara meio séria.

- Então a hora já passou. Precisamos ir, Luke. - falei, fazendo um leve carinho em seu braço. Ainda estávamos perto um do outro, então era possível ver os seus olhos azuis bem de perto. - Eu não quero perder a viagem... - fui sincera - ...mas também não quero ir sem você.

- Você sabe que eu sempre estarei contigo, não importa onde? - Luke comentou, e eu assenti. Ele deu um sorriso fraco, e eu dei um sorriso de lado. - Eu te amo, irritante. - repetiu aquelas três palavras. Cara, isso é tão bom de se ouvir que eu pediria para repetir isso umas quinhentas vezes.

- Eu te amo também. - respondi, e o mesmo depositou um selinho longo em meus lábios.

- Estamos muito grudentos. - Luke confessou, e eu dei uma risada fraca.

- Sim.

- Vamos? - perguntou, apontando com a cabeça para a porta, que estava fechada.

- Claro. - respondi, segurando sua mão e caminhando até a porta.

[...]

Depois de horas de caminho até aquele bendito lugar, cheguei à conclusão de que nunca irei de novo. Aquele troço é muito cansativo de chegar, juro.

Estamos subindo na escada rolante (sim, curiosamente existe escada rolante naquele lugar) e enfim chegamos ao nosso destino.

- Caralho... - Luke falou, olhando o grande Cristo Redentor e o grande azul do céu.

Eu fazia exatamente o mesmo, aquilo era hipnotizante e sensacional. O Cristo era gigante e dava uma leve sensação de que iria cair pra cima da gente. Ele parecia ser feito de cimento ou rocha, e sua beleza era ainda mais resplandecente na realidade. Se só a estátua era linda, imagina a vista? Uma curiosidade surgiu dentro de mim e eu arrastei Luke para a borda do Cristo e...

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