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JULIE MOLINA

Acordo com a luz do quarto incomodando meus olhos. Obrigo o meu corpo a levantar, e assim que consigo decido olhar o quarto por inteiro.

Eu não estava em casa, mas sim na casa de Patterson.

Luke estava deitado em sua cama, enquanto eu decidi dormir em um colchão no chão, para que desse um pouco mais de privacidade a ele. Infelizmente, tive que contar para Emily o que aconteceu, então ela me deu uma mão dando banho na fera e arrumando um colchão para mim. Aposto que hoje vamos ouvir o sermão dela, já que somos menores de idade e não podemos ficar bêbados, nem que sejam em festas. A minha sorte era que eu estava bebendo pouco para levar todos para casa.

Arrumei as cortinas, deixando o ambiente mais escuro, para que ele possa dormir bem. Abro a porta de seu quarto, indo em direção à cozinha. Quando chego, sinto um cheiro forte de café e vejo a dona Emily colocando as mãos na cozinha.

- Bom dia, que horas são? - perguntei, e a mãe de Luke me encarou, assustada.

- Você me deu um susto, menina! Não sei que horas são, mas devem ser umas dez. - falou, rindo logo em seguida. Dei um sorriso e senti uma pontada na cabeça.

- A senhora tem algum remédio para me dar? Eu estou com uma baita enxaqueca. - pedi educadamente. A mesma assentiu e me entregou um comprimido. - Obrigada, Emily. Ah, e obrigada pelo colchão.

- Imagina, você sabe muito bem que a sua presença nunca será um incômodo. Só você mesmo para conseguir tirar o meu filho dessas encrencas... - ela disse. - Pena que comigo não tem salvação, Luke vai ouvir um bocado hoje. - ela brincou, e eu não pude deixar de rir.

- Os ouvidos de Luke que lutem! - brinquei.

- Aceita um café? - a mãe de Luke me ofereceu.

- Aceito sim. - disse.

Tive que voltar para casa minutos depois da minha conversa, pois meus pais estavam preocupados e me exigiram explicações o mais cedo possível. A minha sorte era que eu não estava de ressaca, porque senão eu estaria mortinha.

[...]

Hoje é segunda-feira, o primeiro dia que vou à escola depois daquela festa. Decidi não pressionar Luke quanto a crise de choro que ele teve, pois o conheço muito bem e sei que não gosta de ser forçado na hora contar as coisas. Talvez ele me conte o que houve hoje, o que é ótimo, mal posso esperar para saber quem é a menina que ele perdeu.

Quando chego no meu armário da escola, fico na torcida de que Luke apareça para me perturbar, ele sempre faz isso.

Mas hoje ele não foi até mim.

Fiquei me perguntando o que aconteceu, então lembrei-me que haveria aula com ele. Pode ser que ele queira sentar do meu lado, né?

Sou tirada dos meus pensamentos quando Nick chega até mim.

- Hey, morena. - ele disse me dando um longo selinho nos lábios.

- Oi. - falei, desanimada.

- Vamos para a sala? Quero garantir o meu lugar ao lado do seu. - falou, mordendo os lábios e juntando o seu corpo com o meu.

- Ainda está cedo, Nick. - falei, desviando o meu olhar do seu. Eu não sei dizer o porque, mas eu estava me sentindo um pouco desconfortável.

- Então vamos fazer aquilo de novo? - ele disse, beijando o meu pescoço.

- Não sei, ainda é muito cedo, espera um pouco.

- Poxa, vai me deixar na mão, Juliezinha? - ele disse, me apelidando dessa forma horrível. Porém, seus beijos estavam muito, muito excitantes e eu sei que me arrependeria disso, porque provavelmente nossa relação iria esfriar.

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