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JULIE MOLINA

Hoje é o dia da festa e eu estou cantando e dançando o dia inteiro. Eu nunca estive tão animada para uma festa antes, mas é porque nessa festa eu vou ficar com o menino que sempre sonhei!

Eu e Nick nos aproximamos muito nessas últimas aulas, e ele realmente está na minha. Pensei que seria difícil conseguir conquistá-lo, mas foi mais fácil do que imaginei.

Eu estava no intervalo quando recebi uma mensagem.

"Venha na sala que ficamos quando fugimos do inspetor."

Não preciso nem dizer de quem era aquela mensagem.

Fiz o que a mensagem mandou, e quando abri a porta da sala escura, vi Luke sentado de perna aberta. Sorri ao vê-lo e ele retribuiu, olhando para o lado um segundo depois.

Fecho a porta e o olho.

- Por que me chamou? - perguntei.

- Saudades de te chamar pra ficar. - ele falou, apontando para o seu colo.

Fui até ele e sentei em seu colo, colocando as pernas em cada lado.

- Quais são os seus planos quando chegar na festa? - ele pergunta, me olhando intensamente com aqueles olhos hipnotizantes.

- Dançar, beber um pouco e ficar com minhas amigas. - falei, sorrindo para ele. Luke franziu a testa.

- Pensei que ficaria com aquele viado disfarçado de heterotop. - falou.

- Ah, eu ainda não sei quais são as intenções dele, então não sei se ficarei ou não. De qualquer forma, eu ainda não quero um relacionamento sério com ele. - falei, fazendo um biquinho. - E você?

- Beber. - falou.

- Só isso? - perguntei.

- Uhum. - ele disse.

- Tem certeza? Olha, tem várias meninas da nossa escola que você pode pegar.

- Não tô muito no clima de festa. - ele disse, com um ar triste.

- Ei, o que foi? Você tá triste?

- Nah, nada demais. - Luke insiste em responder em palavras curtas. Sei que tem algo de errado.

- Não quer ficar comigo?

- Julie, você não é um objeto para ser usado quando eu quiser. - falou, e eu fiquei confusa.

- O que você quer dizer com isso?

- Nada. - ele ficou em silêncio por alguns segundos. - eu só te chamei aqui porque queria conversar com você, coisa de melhores amigos, sabe? Desde que a gente teve essa amizade com benefícios a gente nunca mais conversou direito. Tipo, eu gosto de transar contigo, gosto de ser provocado, mas eu também sinto saudades da Julie que eu conheci, daquela que falava comigo, daquela que eu confio, da que me alegra.

- Luke, você está bem? Você não é assim, carente. - perguntei, preocupada. - Eu sei que a nossa relação vem mudando muito desde... você sabe, mas eu ainda continuo sendo sua amiga. Eu tô aqui pra tudo, okay? - ele assente, e eu dou um sorriso. - Olha pra mim. - Luke me olha, e eu me arrepio ao encarar aqueles olhos. - Você é um amigo foda, tá legal? - sorri, sendo sincera.

- E gostoso?

- E gostoso. - falei e ri.

- E bom de cama?

- Ei! - gritei, e ele riu. - Tá bom, e bom de cama.

- E lindo de morrer?

- Não.

- Tem certeza? - ele disse, aproximando ainda mais os nossos rostos. Não conseguia negar para aquele par de olhos azuis.

- Okay, você venceu. Você é tudo isso e muito mais. - admiti, sorrindo.

Ele sorriu, e puxou o meu rosto perto do seu, começando um beijo carinhoso. Suas mãos estavam na minha cintura, certificando-se de que eu não saia de seu colo. Luke pediu passagem com a língua e eu cedi, ainda desnorteada com a sua iniciativa em me beijar. Sua língua explorava minha boca com suavidade e lentidão, diferente dos beijos que temos ultimamente. Esse é um dos meus beijos preferidos a partir de agora.

Ele encerra o beijo com selinhos.

- Desculpa, eu só fui. - ele disse, com a respiração desregulada.

- Não, tudo bem. Só não pare de me beijar, continue e siga o fluxo. - falei, o puxando para o segundo beijo.

Dessa vez, o beijo era mais intenso e mais sensual. Sua mão estava passando por minhas curvas e deslizou até o fim da minha blusa, na qual ele puxou para fora do meu corpo. O beijo foi interrompido para que ele pudesse retirar o meu sutiã, e assim que ele tirou abocanhou um dos meus seios. Meus gemidos saem com muita facilidade quando sinto sua boca nas minhas pérolas, e uma faísca renasce dentro de mim.

Avançando um pouco o tempo, já estávamos pelados e com nossas peles em extremo contato. Luke fazia uma trilha de beijos até minha intimidade, e me arrancava suspiros baixos. Quando sua boca entrou em contato com meu clitóris, cheguei a beira da loucura, comecei a me sentir um prazer indescritível, era impressionante como ele poderia ser tão bom em tudo o que faz. Ele penetrou sua língua na minha entrada e foi aí que eu entrei em desespero, era prazer demais para mim. Comecei a me contorcer, a xingá-lo de tudo o que você pode imaginar. No fim, gozei um pouco mais rápido do que esperava.

- Você me matou. - falei depois de ter me recuperado.

- Então espere pra ver só isso. Fica de quatro. - ele mandou, e eu obedeci.

Eu não sei como aquela mesa me cabia, só sei que eu consegui ficar de quatro tranquilamente. Empinei bem a bunda e logo senti algo me preenchendo. Nunca fiz aquela posição antes, então estava um pouco insegura sobre o que eu sentiria. Luke começou a me penetrar muito rápido, o que me causou uma leve dor, mas estocadas depois aquela dor se transformou em um prazer imenso. Beauchamp dava tapas em minha bunda muito forte, mas eu nem ligava, pois aquilo estava sendo ótimo para mim.

Depois de Luke ter gozado nessa posição, trocamos para uma mais simples. Luke ficou sentado enquanto eu ficava no colo dele, quicando e rebolando também. Eu estava um pouco cansada, mas até que valeu a pena o esforço, porque foi muito bom.

Basicamente, fazer sexo com Patterson é sempre bom.

Assim que acabamos, procurei por minhas roupas.

- É uma pena não poder dar chupões fortes em você. - Patterson falou.

- Pois é, mas quem sabe um dia ou outro eu deixo, hein? - falei, e ele riu.

- E você deixaria?

- Claro que sim, não vejo em problema você pedir, eu sei que você não abusa e nem exagera essas coisas. - expliquei.

- Mas eu não faço isso com todas, eu só faço com você. - ele diz, e eu olho para ele, confusa. - Você não é qualquer uma, eu me importo com você, já com as outras não. - termina de falar, abrindo a porta da sala. - Te vejo na festa, Molina.

Ainda terminando de me vestir, penso no que ele me diz.

Será que ele realmente se importa comigo ou era só ilusão? Flynn disse-me que era para eu ter cuidado, então é melhor não acreditar nesse tipo de coisinha. Eu posso ser tudo, menos trouxa.

Luke vem mudando demais comigo desde quando transamos, mas não vejo motivo para isso. Ele vem dizendo que eu mudei, sendo que na verdade eu mudei em nada, só no fato de que estou mais próxima de Nick e agora finalmente tendo uma vida sexual ativa.

Isso está ficando muito confuso, hoje ele se tornou uma pessoa complemente diferente da que eu conheço!

Será que eu estraguei nossa amizade?

Esquece isso, hoje você não tem cabeça para Luk, e sim para o Nick.

Foco, Julie Molina!

Saio da sala, indo para a aula que já havia começado.

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