Capítulo 38 - Tristeza

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Nunca imaginei que um dia teria que ver uma neta minha falecer. Foi tudo tão doloroso...

Depois que sai da casa da minha filha, fui até minha casa e não resisti em chorar, mesmo sabendo que ela estaria com Deus sem sofrimentos, fiquei pensando no que ela nem chegou a aproveitar aqui. Era uma vida que veio ao mundo e que simplesmente se foi, sem nem ter aprendido a falar uma só palavra.

No dia seguinte foi o velório, as 10 da manhã, Sofia estava acompanhada de Guilherme e tinha chegado de carro com o pai dele, que também tinha se disposto a pagar pelos serviços funerários. Enquanto isso a mãe de Guilherme, não quis se despedir de Layane, ela ainda estava muito alterada e não queria nem ver Sofia em sua frente.

Entre tudo, a ironia era incrível, quem estava ao lado de Sofia e Guilherme naquele momento, era simplesmente alguém que as pessoas consideravam uma pessoa ruim. E naquele momento eu percebi, que mesmo os que cometem erros muitos graves, as vezes conseguem ter mais humanidade do que pessoas que dizem ser corretas.

Cheguei lá acompanhada de Serafim que graças a Deus se dispôs a não beber naquele dia, porém não conseguimos falar tanto com Sofia.

Sofia, teve uma maneira diferente de lidar com tudo o que estava acontecendo, não sei se isso é comum em outras pessoas, mas minha filha parece que simplesmente não estava ali, ela estava completando desligada, não chorava, não falava, não tinha expressões, era como se ela não estivesse em seu próprio corpo.

Assim que terminaram de enterrar a pequena Layane, de longe eu percebi que uma mulher estava humilhando minha filha novamente, ela dizia que Sofia era uma insensível e que Deus a castigaría pelo o que ela tinha feito com a filha, pensei em ir até lá defende-la, mas não tive tempo, pois ela simplesmente ouviu calada, e em seguida se dirigiu até o carro de seu sogro e simplesmente foram embora.

A caminho de casa, comecei a orar pela vida de minha filha, que de longe notava que não estava bem. Aquele dia, foi um dia triste, escuro, e é assim a morte, por mais que saibamos que a bebezinha foi para um lugar melhor, ainda assim é difícil assimilar quando alguém vai embora, principalmente se esse alguém for um bebê.

[...]

Alguns meses se passaram e Sofia e Guilherme já estavam melhor, apenas tinham ficado com as poucas lembranças de sua filha, eles ainda não tinham desmontado o berço, e nem desfeito algumas coisas.

Eu não sabia ao certo como minha filha estava, ela sempre dizia que estava tudo bem, mas no fundo eu sabia que não estava tão bem assim, mas mesmo assim ela já era responsável por suas decisões, afinal no próximo ano já completaria seus 18 anos e eu não queria pressionar ela a nada, apenas queria que ela voltasse pra Deus, pois Ele era o melhor amigo que ela precisava, então eu sempre enfatizei o fato dela poder voltar pra Deus, e pouco a pouco eu comecei a perceber que Sofia demonstrava novamente interesse pelas coisas de DEle.

Agora, era só esperar o agir de Deus, para que ele curasse todas as feridas dela.

----------------------Continua---------------------

Não esqueçam da minha estrelinha

Bjs!!

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