prólogo

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Estrela
es.tre.la
espiritismo: representação da guia de esperança e fé; forças condutoras.

Jimin sempre sonhou em ser policial. Quando era criança, brincava com carrinhos que imitavam viaturas e, em toda ocasião que demandava uma fantasia, não pensava duas vezes ao escolher a de policial.

Estudou muito no ensino médio para hoje, com seus vinte e seis anos, ser um policial, porém ao longo dos anos de construção de decisões sobre que carreira seguir, decidiu que trabalharia como o policial que recebe as ligações, afinal sempre foi calmo e, em sua visão, conseguiria cumprir seu dever de acalmar as pessoas que ligavam desesperadas com êxito.

— 112*, no que posso ser útil? – Disse ao atender uma ligação feita à emergência por volta das quatro da tarde.

* Na Coréia, o número de emergência é 112.

— Oi! Então... meu pai me avisou para eu ligar para esse número quando tivesse algum problema. Estou com um problemão! – A voz era de um garoto de aproximadamente sete anos que, inclusive, pronunciava algumas palavras errado, formando uma espécie de sotaque fofo. Seu tom era eufórico e ofegante.

— E ele está certo! No que posso ajudar? Me conte o que aconteceu. – Arqueou uma sobrancelha.

— Minha professora passou uma conta de subtração, mas eu não sei resolver. – Jimin franziu o cenho. – É para amanhã esse exercício! É uma emergência!

Por um instante, Jimin não soube o que falar.

— Bom.. Qual é a conta? – O policial respondeu o garoto sem jeito.

— A conta é 12-3, moço. – Deu para ouvir, de fundo, barulho das folhas do caderno sendo passadas.

— Certo. Pense que você tem doze balas, sim? Seu amigo te pediu três bal-

Kwan? Com quem você está falando? – Uma voz de fundo foi ouvida na ligação.

— Com o 112! Você falou para eu ligar aqui quando tivesse com um problema. Eu tenho um problema, na verdade um problemão de matemática!

Oras Kwan!

Ligação encerrada.

Jimin soltou uma gargalhada, porém já estava acostumado com situações assim. Por incrível que pareça, é deveras comum crianças ligarem por coisas que elas consideram problemas, como matemática ou um gato em cima do guarda-roupa.

Algumas horas depois, seu expediente havia acabado e, como faltavam algumas coisas básicas em sua casa, decidiu ir ao mercado. Ele morava sozinho e era solteiro; nunca namorou ninguém, pois sempre foi extremamente esforçado e focado em seus estudos.

Estacionou o carro de valor mediano no estacionamento do mercado e saiu do veículo, ajeitando seu sobretudo marrom canela, que o esquentava do inverno tenso de Seul. Pegou um carrinho e adentrou o estabelecimento, soltando o ar quente da boca, fazendo uma fumacinha devido o ar gelado gerado pelo frio.

Olhava as prateleiras de lamens instantâneos para escolher qual seria sua janta, até que seus ouvidos se atentaram. A voz que ouvia era familiar.

— Mas pai, eu não gosto de lamen apimentado! Arde!

Era a mesma voz do menino que havia ligado mais cedo, então sorriu e caminhou até ficar próximo do homem e da criança, que era consideravelmente alta para a idade que aparentava.

— Kwan? – Jimin perguntou com um sorriso fofo nos lábios.

— Eu te conheço? – O garoto fez uma careta.

— Eu sou o moço que lhe ajudou mais cedo com a matemática ou... pelo menos tentei. – Soltou uma risada fraca.

— Oh! Perdão pelo meu filho, ele não processou a informação que eu dei direito. Sabe, sobre quando ligar para a emergência. – O homem que até então apenas observava atento disse com um sorriso sem graça, estendendo a mão. – Prazer, Jeon Jungkook.

autora: oi gente, faz algum tempo que eu não escrevo fanfic, então confesso que estou um pouco nervosa, mas já aviso que eu darei o meu melhor!
beijinhos

ESTRELA | pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora