preocupação

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Preocupação
pre.o.cu.pa.ção
significado: ideia fixa e antecipada que perturba o espírito a ponto de produzir sofrimento moral.

Capítulo VIII.

O expediente de Jimin havia sido tranquilo, nada fora da normalidade, apenas pequenos assaltos, algumas denúncias de violência e um desaparecimento, mas que tinha sido solucionado no mesmo dia.

Já estava no carro indo para sua casa para se arrumar e esperar Jungkook lhe buscar. No rádio tocava a música Meet Me In The Pale Moonlight, da Lana del Rey, e em seus lábios estava um sorriso animado.

Sentia medo de ter seu coração partido, afinal ele estava sentindo borboletas no estômago por Jungkook, porém ele tinha cara que não sentia borboletas no estômago por ninguém.

Ele iria partir seu coração?

Tentou afastar esses pensamentos enquanto se distraia com a música que tocava, cantando-a na parte "hello you are looking so fine, so fine, fantasy about you's like a goldmine, goldmine" (olá, você parece estar tão bem, tão bem, a fantasia sobre você é como uma mina de ouro). Estacionou o carro em frente a sua casa e arregalou os olhos quando olhou para a fachada. A porta estava aberta e dava para ver que a parte de dentro de sua casa estava revirada.

Engoliu em seco e respirou fundo.

Ele deveria chamar ajuda?
Se sim, de quem? Jin? Taehyung? Jungkook?

Pegou o celular desesperadamente em seu bolso e discou o número do Jin, em sua cabeça ele era a pessoa mais apropriada, afinal ele também era policial. Entretanto a chamada não passou do "pi" prolongado que fazia enquanto chamava, caindo na caixa postal.

Não iria preocupar Taehyung, o máximo que este conseguia fazer era jogar no computador gamer que havia ganhado da tia Kim. Também não iria ligar para Jungkook, ele conseguia se virar sozinho.

Respirou fundo outra vez e saiu de seu carro após tomar coragem, entrando na residência totalmente revirada enquanto caminhava minuciosamente até o quarto, tentando fazer a menor quantidade de barulho possível, porém de nada adiantou, pois era tarde demais quando sentiu um pano com um cheiro extremamente forte sendo pressionado contra sua boca e nariz, fazendo com que, em questão de segundos, apagasse.

Droga, Jimin.

Quando acordou, estava em um quarto escuro, onde a única iluminação que entrava era por uma pequena janela que ficava bem no alto. Havia uma cama com um lençol branco e um travesseiro, uma entrada para o que parecia ser um banheiro pequeno – e sem porta –, uma mesinha ao lado da cama com uma garrafa de água de dois litros e uma sanduíche de pão, presunto e queijo.

Ele ainda estava meio tonto, mas levantou e foi até a porta do quarto, numa tentativa – obviamente – falha de tentar abri-la, então começou a bater na madeira, a fim de alguém aparecer ali.

— Dá pra alguém vir aqui e esclarecer o que está acontecendo? – Gritou enquanto ainda batia na porta. – Alô?

Como não obteve resposta, bufou e voltou para a cama, se sentando na mesma, olhando em volta mais uma vez. Foi surpreendido com a porta sendo aberta, fazendo o loiro quase engasgar com quem estava vendo ali.

— O que você está fazendo aqui? O que está acontecendo? – Levantou rapidamente caminhando até a porta. Estava confuso, não entendia o que estava acontecendo. Era alguma brincadeira de mal gosto?

— Olha, eu posso explicar. Sei que você não vai me perdoar, mas eu tive que proteger minha família. – Dois homens entraram e seguraram as mãos de Jimin nas costas, o impossibilitando de se mexer.

ESTRELA | pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora