ESTRELA | pjm + jjk

destino

Destino
des.ti.no
significado: tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais; sorte, fado, fortuna; o que há de vir, de acontecer, futuro.

Capítulo XV.

Destino.
Uma crença que divide opiniões.
Muitos acreditam, muitos não.

Entre os que acreditam, existe uma lenda oriental chamada akai ito. Essa lenda defende que duas pessoas, quando são destinadas uma a outra, são ligadas por uma cordinha vermelha pelo dedo mindinho, na qual essa linha pode se enrolar, dar um nó ou ficar toda bagunçada, mas nunca quebrar. Esse laço não pode ser visto, porém, como ele se refere a duas pessoas que possuem uma conexão única entre si, ele está lá desde o nascimento e possui um tamanho infinito, isso porque vai chegar uma hora em que essas duas pessoas viverão a felicidade que o destino já os reservou.

Não importa quantas vezes os dois tentem se afastar, a linha vermelha irá os unir de novo; seja cruzando-os enquanto atravessam uma rua, seja em um altar pronunciando aceito.

E você, já sabe com quem divide essa linha?

Porque Jimin e Jungkook não sabiam.
Porém o destino já sabia.

Depois das notícias que vira de seu amado, Jimin percebeu que não podia tratar a si mesmo daquela maneira; não podia mais deixar seu corpo implorar por comida – já que, devido a tristeza que possuía encubada em seu peito, não conseguia sentir fome –, tampouco podia perder noites de sono, implorando respostas para as estrelas que brilhavam no céu. Elas não iriam responder para si sobre o mafioso, só ele poderia tomar uma decisão. E a decisão tomada foi que não iria mais machucar seu propósito corpo. Iria acabar com a somatização.

Após alguns dias dedicados a um auto-cuidado, onde voltou a ganhar peso, fazendo seu corpo não deixar exposto cada um dos 206 ossos que compunham seu esqueleto, e sumiu com as olheiras escuras embaixo dos olhos. Particularmente, Jimin estava em sua melhor fase: o famoso glow up pós término. Sua pele estava radiante e seu sorriso esbanjava confiança, mas, no fundo, ainda tinha um coração partido.

Isso respondia sua pergunta feita tempos atrás:
Ele quebraria seu coração?
Sim.

Ele não estava mais na casa de Taehyung. Já estava de volta a sua casinha de antes que, como prometido, os capangas de Jungkook deixaram tudo em seu devido lugar, nem parecia que havia sido revirada.

Decidiu que, naquela noite, iria sair sozinho para uma balada. O por quê de ele ir sozinho? Simples, ele não queria que ninguém soubesse quem ele era; uma pessoa sem passado e sem futuro, apenas um garoto de bunda farta que exalava uma beleza surreal e deixavam todos cobertos de luxúria ao olha-lo. Aquela noite, nem mesmo Jimin se conhecia.

Ele não precisava de Jungkook para conhecer o mundo.

A roupa toda preta e colada valorizava cada curva do corpo esbelto e, agora, como novidade, de fios escuros como a noite, em um preto azulado. Em seu pescoço, ainda tinha o colar que Jungkook havia lhe dado, pois, mesmo que seu coração estivesse partido, não conseguia tirá-lo, junto a uma gargantilha preta de couro.

Ele estava um pecado.

Chamou um táxi e após cerca de trinta minutos havia chegado na balada escolhida. Nunca havia ido nela, porém muitos comentavam sobre o local na internet, e, o melhor, não encontraria Jungkook, porque ele provavelmente estaria em sua própria balada.

Na entrada, deu seu documento para o segurança e entrou no local. Estava tocando Freak Show, da Punkinloveee, com as luzes coloridas piscando freneticamente, ao ritmo da música. Assim como da outra vez, sentia seus ouvidos doerem levemente, entretanto não deixaria isso lhe abalar. Caminhou para a pista de dança, bem no centro da multidão, e começou a dançar, soltando seu corpo, para que ele se mexesse no ritmo da batida, como se pegasse toda a vergonha que sentia e jogasse fora.