intuição

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Intuição
in.tu.i.ção
significado: ato de perceber, discernir ou pressentir coisas, independente de análise ou raciocínio.

Capítulo II.

Jimin ficou alguns segundos encarando a mensagem do homem que havia encontrado mais cedo, pensando em como procederia.

Ele deveria responder?

Mais alguns segundos até o loiro decidir fechar o aplicativo, bloquear o celular, virar para o outro lado, de forma que achasse uma posição confortável para, enfim, dormir.

Sete e meia da manhã pode-se ouvir pela casa inteira o "pi pi pi pi" do despertador, acordando o garoto, que sempre acordava animado, para ir trabalhar.
Caminhou até o banheiro, retirando seu pijama e o depositando no cesto com roupas que seriam lavadas no final de semana. Sorriu ao sentir os pingos de água quente caírem sobre suas costas.

Ele amava tomar banho, era seu momento de relaxar.

Após cerca de uma hora estava saindo pela porta da frente, trancando-a. Entrou em seu carro e dirigiu até seu trabalho ouvindo a música Compass, do The Neighborhood, que era uma de suas favoritas, inclusive.

Por mais que Jimin amasse seu trabalho, às vezes ficava assustado com algumas ligações que recebia. Por exemplo, eram onze horas da manhã e uma mulher havia ligado para denunciar que o vizinho dela estava batendo na esposa. Uma hora da tarde, ligação de um senhor que havia tido sua papelaria assaltada. Três e meia, notificação de um suposto sequestro.

— Bem que a ligação do Kwan poderia ter sido feita hoje, iria amenizar o clima. – Riu fraco, passando a mão pelos seus cabelos claros e respirando fundo.

— Quem é Kwan?

— Sabia que ouvir a conversa dos outros é falta de educação, Jin?

— E você está conversando com alguém, por acaso? – O loiro ficou quieto, fazendo o mais velho, Jin, rir. – Enfim, vim falar que hoje você pode sair mais cedo, Hoseok vai ficar no seu lugar.

— Ué, por que ele vai ficar no meu lugar? – Não estava achando ruim, mas era um acontecimento raro poder sair mais cedo, logo, causou curiosidade.

— Assuntos confidências. Quando der quatro horas você pode ir. – E assim, o chefe foi embora.

Não demorou muito para dar o horário de saída, onde Jimin juntou seus pertences – celular e garrafa de água, basicamente – e se dirigiu ao seu carro.

Com a cabeça caída para trás, de forma que ficasse sob o encosto do banco, ficou pensativo sobre o que fazer nesse tempinho que no fim ficou como livre.

— Acho que eu vou em uma livraria. Quero ler algum livro e todos que eu tenho em casa eu já li.

No instante que ia dar a partida no carro, engoliu em seco. Olhou pelo retrovisor e depois para todos os lados.

Ele estava sentindo uma sensação estranha.

Jimin não estava louco. Alguém estava o observando.

Passou a mão pelo rosto, subindo para os fios claros, novamente olhando para todos os lados.
Ele estava acostumado com sensações assim, afinal, não são por todos que os policiais são bem vistos. Mesmo Jimin sendo apenas o intermediador entre a vítima e os policiais que entrarão em ação, já recebeu ameaças antes.

Aquela situação o fez lembrar de seu segundo ano sendo policial, onde houve uma operação onde foi necessário Jimin entrar em ação. Ele, junto com o Jin, levaram um chefe de uma gangue preso.
Os capangas do mesmo na época o seguiram por dias, fazendo Jimin não conseguiria dormir por estar em alerta. Um deslize seu e talvez acabasse morto.

ESTRELA | pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora