+ 𝗱𝘆𝗹𝗮𝗻 𝗼'𝗯𝗿𝗶𝗲𝗻.
— E então? — A voz do meu noivo soou através da porta.
Não consegui falar, minha voz e toda minha coordenação motora se foram, meus olhos direcionados ao plástico em minha frente ficaram embaçados com a chegada das lágrimas.
Não pude sequer conter o soluço que acompanhava a sensação de vazio.
— Ei, tá tudo bem aí dentro?
Negativo.
— Amor? Eu posso entrar? — Pareceu preocupado.
Negativo.
Sua voz soava como um ruído abafado, eu nem mesmo conseguia responder.
Era a segunda vez que tentávamos ter um bebê, não era possível que não tivesse dado certo.
Dylan e eu sempre sonhávamos com a casa barulhenta por conta de uns 2 ou 3 pestinhas.
Conversávamos por horas tentando imaginar com quem eles se pareceriam, ou até qual seria a primeira palavra.
Será que a culpa era minha? Eu sou infértil? Eu sou o problema?
Todas aquelas questões me cegaram para o que acontecia em minha volta, o moreno já tinha entrado no banheiro encarou a pia por alguns instantes logo deixando seu olhar cair até mim.
Eu não estava em meu melhor estado, não mesmo, abraçada ao meu joelho e chorando feito uma criança.
Não julguem, um sonho é um sonho, por mais ridículo que possa ser para outras pessoas.
Ele se sentou ao meu lado, nivelando seu olhar ao meu, não sabia que estava segurando choro mas quando ele me abraçou pareceu liberar tudo que havia sido guardado.
Quando o bolo na minha garganta foi aliviado, seu calor me foi tirado, seu polegar limpava o curso das lágrimas.
— S/n-
O interrompi.
— Não, eu sei. Eu não quero atrapalhar, você pode casar com outra pessoa.
— O que você tá falando, amor? — Seu tom de voz era calmo. — Eu não vou te deixar, isso nunca foi uma opção para mim.
— É o seu sonho, Dylan. — Balancei a cabeça. — Eu te amo muito mas e se o problema realmente for eu? Não posso viver sabendo que te impeço de ter uma família.
— Ei, respira fundo, okay? — Limpou as lagrimas que insistiam em cair. — Eu te amo, você é minha família, você é meu maior sonho, todos os dias com você são como ganhar na loteria, eu nunca tinha pensado em ter um filho antes de você, a questão sempre foi você, é apenas com você.
— Mas-
Me interrompeu.
— A gente não tem certeza de nada, então vamos fazer quantos exames forem necessários, e se não der, podermos adotar. — Beijou minha testa e isso me trouxe um conforto imenso. — Tentaremos quantas vezes forem necessárias, se é o que você quer.
— Então você não vai me deixar?
— Você acha que eu sou louco para deixar o amor da minha vida? — Colocou o teste em cima da pia. — Quando eu disse que estaria aqui, eu falei pra valer.
— Me desculpa, Dyl. — Sussurrei. — Eu não queria duvidar de você ou algo do tipo.
— Eu entendo, não precisa pedir desculpa. — Se levantou estendendo a mão para mim. — Venha, vamos assistir algo e comer brigadeiro.
Aceitei a ajuda me levantando daquele chão provavelmente encharcado com as minhas lagrimas, cedo demais para um drama, huh?
Sorri vendo que ele se referia a um doce brasileiro que ele quase não entendia mas estava melhorando ao tentar.
— Não quero me gabar mas minha noiva que me ensinou, e eu definitivamente superei a mestre. — Trilhou a mão pelo ombro se gabando.
— Não tenha tanta certeza, Senhor O'brien. — Arqueei uma sobracelha.
— Me senti ofendido, Futura Senhora O'brien.
Colocou a mão sobre o peito enquanto fazia uma careta de dor, bati em sua mão rindo e ele logo me acompanhou até a cozinha.
:)
Oi meus chuchuzinhos, sim milagres acontecem essa autora desnaturada deu o ar da graça, espero que estejam bem e se cuidando em casa.
Eu disse que ia arrumar os imagines mais antigos, os primeiros do livro, mas eu não consigo ler eles sem rir de tanta vergonha, então eles vão ficar lá mesmo. Eu tenho alguns pedidos ou sugestões, como eu gosto de falar, seriamente atrasados mas peço paciência tanto para atualizar os livros e os pedidos, como eu já disse eu voltei as aulas online e nunca consumiu tanto de mim como agora, peço que tentem entender. Logo mais eu apareço.
Amo vocês, obrigada e não se esqueçam de votar.
— With love, helo.