CAPÍTULO 33

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- Você tem tantas tatuagens

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- Você tem tantas tatuagens... - fiquei passeando meus dedos pelo seu corpo - ... porquê essas cicatrizes? - olhei para ele.

- Eu passei por uma transformação corporal depois dos 18 anos, por meio de exercícios cardiovasculares e uma dieta baixa em carboidratos por um ano, perdi uns 80 kg, o que era metade de meu peso anterior - olhei para ele admirada e ele sorriu - mas por ter perdido muito peso, tive que me submeter a uma cirurgia para remover o excesso de pele que tinha, por isso as cicatrizes no abdômen - pegou minha mão passando meus dedos por cima da cicatriz.

- Você é um guerreiro, eu iria continuar acima do peso, sou muito sedentária e preguiçosa - sorri também - e às tatuagens, foram depois das cirurgias? - eu e minhas curiosidades. 

- A maior parte, eu fiquei um pouco inseguro com relação às cicatrizes, e como já tinha os dois braços tatuados optei por cobrir todo o corpo com tatuagens personalizadas que cobrissem as cicatrizes e marcassem ao mesmo tempo, foi basicamente isso que fez eu me apaixonar por tatuagens - olhou para o braço dele - a maior parte eu mesmo desenho junto com o tatuador, às outras são só para complementar mesmo - arqueei as sobrancelhas admirada.

- Uau! Você desenha uma para mim? - perguntei.

- Eu desenho se você pintar um quadro com a minha bunda tatuada - ele virou a bunda para o meu lado.

- Nossa! Que idiota! - rimos - mas eu aceito sim, e aquela guitarra funciona mesmo? - perguntei curiosa, na verdade me lembrei do que o Henrique havia dito ontem a noite.

- Funciona, eu toco às vezes - olhei em direção da guitarra.

- Que tipo de músicas você toca?

- Rock, eletrônica, e outros estilos também, só que adaptados.

- Pode tocar um pouco? - abri meu melhor sorriso.

- Que música você quer? - falou se levantando para pegar a guitarra.

- Eu amo Ariana Grande - ele olhou estranho para mim me fazendo rir - mas eu quero Leave the door open do Bruno Mars Silk Sonic e aquele cara lá - falei empolgada.

- Boa escolha.

- Mas tem que cantar também - ele arregalou os olhos, o que me fez sorrir.

- Okay! - sentou na cama - mas não se acostume, não são todos os dias que estou bem disposto - fiz careta e ele se posicionou  para tocar.

Quando ele começou a tocar eu senti um alívio, sei lá uma sensação boa, o jeito que ele passava seus dedos pelas cordas para emitir o som era tão incrível.

Ele estava sentado na cama de frente para mim, o cabelo na metade de seu rosto, o tronco nu e os anéis brilhando enquanto ele mexia os dedos.

A música me acalma e me relaxa, o som da guitarra apesar de ser um pouco mais pesado que o do violão, ainda assim eu viajei e quando dei por mim já estava cantando também...

- ...I'ma leave the door open
I'ma leave the door open, girl
That you feel the way I feel
And you want me like I want you tonight, baby
Tell me that you’re coming through...

Ele intercalava o olhar entre eu e a guitarra, um sorriso bobo estampado em seu rosto, eu estava ficando sem jeito, mas como eu estava amando o momento, não parei de cantar.

- You're so sweet, so tight
I won't bite, unless you like
If you smoke,I got the haze
And if you're hungry, girl, I got filets
Oh, baby, don't keep me waitin'
There's so much love we could be making
I'm talking kissing, cuddling
Rose petals in the bathtub
Girl, let's jump in, it's bubblin'

I ain't playin' no games
Every word that I say is coming straight from the heart
So if you tryna lay in these arms...

Eu continuei cantando enquanto ele tocava e fazia a voz do fundo, ele não parava de olhar para mim e nem eu para ele, era como se estivesses presos naquele nosso momento.

A música terminou e a gente continuou sentado na cama um de frente para o outro.

- Eu posso confessar uma coisa? - falou como se estivesse hipnotizado olhando para mim - agora tenho certeza de que me apaixonei - ele estava sério.

- Killer .... - sorri sem jeito.

- Samy .... - aproximou-se um pouco mais - eu não estou brincando - ele respirou fundo - Eu não sei mas, em algum momento eu... ah deixa para lá - coçou a nuca nitidamente sem jeito.

- Fala, pode falar, eu estou gostando de ouvir - sorri.

- Em algum momento eu comecei a gostar de você e quero ter você por perto - falou olhando bem nos meus olhos - e...

Meu celular começou a tocar, e como estava no criado mudo do lado dele, ele olhou para ver quem era, pegou meu celular e olhou para a tela com uma cara nada boa.

- David Williams - falou seco - seu namoradinho tá ligando - entregou para mim.

- Ele não é meu namorado - revirei os olhos e atendi - Olá David... ah eu estou bem e você?.... Hmmm é para hoje então, eu estava na dúvida se seria hoje ou amanhã... - sorri e vi o Yhan revirando os olhos - ...tudo bem então... às 7h está ótimo... a gente se vê então, tchau. - ele estava olhando para mim de cara feia.

- Hmm eu me declarando e você de encontrinho com outro, eu sou uma piada por acaso? - levantou da cama.

- Isso já estava marcado Killer e você não é uma piada coisa nenhuma - me ajuelhei na cama.

- Foda-se Sam, ele quer mais que um encontro - ele parecia bravo - e a gente tem alguma coisa e você não tem como negar

- Eu não tô negando nada - me levantei também - o quê foi? Tá achando que sou sua propriedade? -  comecei a ficar aborrecida com ele.

- Não coloca palavras na minha boca - apontou o dedo para mim.

- Então está nervoso porquê? Eu não impedi você de ter encontro com outras mulheres ou de ficar com outras mulheres - falei como se fosse o óbvio.

- Mas pelo facto de estarmos ficando, eu coloquei as outras mulheres de lado - Eu gostei de ouvir aquilo.

- Olha, David e eu não temos nada, e Killer isso que a gente tem não é um namoro - ele olhou para mim por uns segundos sem dizer nada, o rosto sem expressão alguma.

- Claro que não, uma pessoa não namora com ela mesma - deu de ombros - vai embora daqui - falou frio.

- Ah Yhan, qual é? Me desculpa se falei alguma merda, a gente só está conversando, você não precisa agir desse jei...

- VAI EMBORA PORRA - gritou nervoso - aproveita muito o seu namoradinho Samantha - entrou no banheiro fechando a porta.

- Yhan - bati a porta - para com isso poxa, vamos conversar - bati de novo e fiquei esperando, mas ele nem me respondeu - quando terminar sua birra, você sabe onde me encontrar - peguei minha bolsa, meu celular e saí.

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