A multidão no Coliseu em plena euforia com aquela aparição triunfal do que parecia ser um novo lutador. Os efeitos deixaram todos estáticos no estádio diante de uma virada na narrativa do Torneio; a galera inteira estava de pé para melhor poder ver o novo desafiante.
Uma correria danada na cabine de produção, o narrador Rogério pedindo fichas para os diretores sobre o participante, qualquer informação que fosse, pois aquilo fugia do roteiro que ele tinha; a comentarista Milene atenta para o que acontecia ao redor dos dois também tentava buscar mais informações.
— Chegou, chegou. Vai, Rogério! — disse Milene sublinhando um papel rabiscado à mão e timbrado.
— Senhoras e senhores! — soou a voz de Rogério, empolgado no microfone. — Dêem as boas vindas à Fênix!
Os dois entreolharam-se empolgados. A plateia nas arquibancadas foram à loucura quando a câmera focalizou naquela figura imponente apoiada na Urna de Ouro com sua Armadura absolutamente maravilhosa; tinha um brilho prateado e partes alaranjadas refletindo o fogo das piras ao redor, o que dava a impressão de que o corpo daquele guerreiro queimava com o fogo. Do alto das costas até o chão caíam penas de fogo flutuantes. O cabelo preso em traças de raízes que se abriam como suas penas.
— Fênix? — perguntou-se Jabu no centro da arena.
— A Corrente nunca esteve tão tensa... — disse Shun preocupado tentando conter sua como quem segura um touro feroz. — É a primeira vez que eu vejo isso acontecer. O Cosmo desse Cavaleiro é assustadoramente hostil. Não... não é só hostilidade, é algo muito pior. É ódio, Jabu!
— Mas quem é esse Cavaleiro? — perguntou Shiryu, ao ver que a Corrente de Shun estava agitadíssima.
— A Corrente está no seu limite. Ela não consegue se manter na defensiva, ela quer partir para o ataque!
— Não ataque Shun... — pediu Alice. — Fênix é...
Tarde demais, pois Shun não pôde mais conter a Corrente e ela partiu feito um raio atravessando a arquibancada e parando nas mãos de Fênix.
— O que disse, Alice?
— Shun... — começou ela. — Fênix é Ikki!
E Shun olhou de volta para o Cavaleiro de Fênix, confuso.
— Ikki? Shun, então... É a sua irmã? — perguntou Jabu.
Shun lembrou-se de quando ele e a irmã se separaram, há tantos anos, enviados para Ilhas diferentes pela Fundação com a finalidade de se tornarem Cavaleiros. Ikki era uma jovem destemida e pediu a Shun que ficasse forte por todos aqueles anos, pois voltariam a se ver outra vez. E assim como Seiya, tudo que ele mais queria era reencontrar sua irmã. E ali estava ela.
— Minha irmã... Ikki! Então ela... está viva! — disse um Shun emocionado.
Mas havia ainda uma enorme hostilidade na figura de Fênix e a Corrente continuava tensa.
— Shun... Ikki não é a mesma pessoa. — alertou Alice ao seu lado.
— Ela é a minha irmã... — disse Shun.
Fênix, ao lado da Urna de Ouro, finalmente moveu-se e o fogo das quatro piras perto dela aumentaram de força e passaram a circular ao redor de seu corpo. Aquele mesmo fogo então materializou-se como uma enorme ave abraçando Fênix e, ao comando de seu punho, abriu gigante suas asas e desceu voando rasante pela plateia, chocando-se com força no ombro esquerdo de Shun, destruindo sua Armadura de Bronze.
Shun foi ao chão e Shiryu ao seu suporte, chocada.
— É impressionante que ela tenha conseguido atacar dessa distância. — considerou ela.
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Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de Seiya
FanfictionReimaginação da história de Seiya de Pégaso, escrito e narrado com alterações na história. Arte da Capa: Tiago Fernandes (@tfernandes)