55 - A Batalha de Mil Dias

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A Casa de Áries continuava bem iluminada pela luz do sol que filtrava-se para dentro do templo pelo maravilhoso domo de cristal no seu centro. Guardando a entrada do templo, está o enorme corpo do Touro de Ouro de braços cruzados olhando as escadarias vazias que desciam adiante.

— Maldita Mu. Desde que ela foi ao Templo de Éris, não apareceu mais nenhum Fantasma por aqui e eu sequer posso deixar a Casa de Áries para ajudar Seiya e seus amigos.

O desapontamento era real.

Aldebarã escutou os gemidos de dor que Saori deixou escapar atrás de si e correu até seu pequeno corpo. Seus olhos retorciam-se, como se um pouco de sua consciência houvesse retornado para seu corpo; com assombro, o enorme Aldebarã viu o motivo pelo qual ela sofria: a seta de ouro cravada em seu peito lentamente penetrou alguns centímetros a mais dentro de sua pele.

O enorme Cavaleiro de Ouro desesperou-se com uma vontade enorme de puxar aquela seta e resolver de uma vez o problema, mas sabia que se o fizesse talvez a mataria de vez. Era terrível não poder fazer nada. Queria poder fazer algo.

O rosto de Saori aos poucos retornou ao seu estado pleno e calmo novamente.

Ele olhou para a entrada da Casa de Áries e correu até as rochas ao lado da escadaria do templo. Trouxe dali um par de flores bonitas que resistiam naquele lugar, crescendo onde não poderiam nunca crescer, mas perseverando e fazendo o impossível que era florescer por entre as rachaduras das pedras.

Trouxe de volta e colocou uma na orelha de Saori e outra na orelha de Alice.

— Lutem, meninas.

Fechou os olhos como se orasse por elas, mas então sua concentração foi cortada por uma sensação poderosa que o fez levantar-se e olhar na direção da saída da Casa de Áries.

— Mas o que diabos significa isso? — falou ele sozinho. — Dois Cavaleiros de Ouro estão prestes a se enfrentar.

Aldebarã estava um pouco em choque.

— Outra vez.

O trovão que reverberou na Casa de Virgem não foi o prenúncio de uma tempestade, mas o rugido de um enfurecido Leão

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O trovão que reverberou na Casa de Virgem não foi o prenúncio de uma tempestade, mas o rugido de um enfurecido Leão.

— O que o irmão do traidor faz aqui na Casa de Virgem? — perguntou Shaka. — Esse não é o seu templo. Volte à Casa de Leão que tão porcamente você defendeu, Aioria.

Aioria, no entanto, se não estava possuído pelo Satã Imperial, sem dúvidas tinha ira nos olhos e dali não arredou o pé. Pelo contrário, caminhou na direção para colocar-se diante da Cavaleira de Virgem.

— O que pretende aqui, afinal? Veio por acaso suplicar pela vida desses inúteis Cavaleiros de Bronze, entregando-se finalmente aos traidores de Atena?

— Não, Shaka de Virgem. Vim até aqui para poder salvar a sua vida.

Shaka imediatamente deixou escapar um riso incompreensível.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora