17 - A Ilha da Caveira

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Andaram pela praia seguindo Alice que tinha em seu punho uma bússola que, segundo ela, indicava a localidade da Urna. Não demorou muito para que chegassem até uma grota que descia alguns metros fundo na praia. O caminho era óbvio, portanto entraram.

Viram-se por um caminho estreito a princípio até que lentamente a grota se abriu para uma bonita caverna. O frequente barulho de água corrente ecoava pelas paredes de pedra e algumas pequenas quedas d'água apareceram mais adiante. Tudo para desembocar em um lindo lago no interior da caverna que, magicamente, iluminava-se por qualquer que fossem os fenômenos de luz ali.

Adiante do lago cavernoso havia uma enorme entrada, alta e larga, por onde adivinharam que deveriam continuar. Mas assim que se aproximaram dessa entrada na pedra, a Corrente de Shun esboçou um movimento. O sinal era claro: cuidado. Shun amainou as correntes com seu cosmo para evitar que fizessem barulho e seguiram na ponta dos pés.

Não demorou para verem o impossível. Um gigante que roncava deitado na pedra de um enorme salão cavernoso. Seu corpo revestido de um metal tosco e improvisado.

— Ave, que diabo. — deixou escapar Xiaoling antes que Seiya pudesse tapar sua boca.

Chiaram todos para fazerem silêncio, mas não adiantou.

— Se acordar o gigante, a gente tá morto.

— Fica quieta, Xiaoling!

— Não fui eu, Seiya. — reclamou Xiaoling falando baixo como ele.

Chiaram pedindo silêncio novamente, mas novamente não adiantou.

— Ele deve acordar com fome.

— Seiya! — repreendeu Alice impaciente.

— Mas não fui eu! — respondeu ele chocado e acusou. — Foi a Xiaoling.

— Fiquem quietos todos vocês. — pediu Shiryu.

E não adiantou de novo.

— Ele tem um olho só?

Chiaram, mas quando Alice olhou atrás para repreender Seiya e Xiaoling, ela percebeu que tinha mais alguém ali entre eles. Era o Guerreiro do barco sorrindo.

— Tchau.

E sumiu por uma fenda antes mesmo do gigante rugir, acordando.

O sujeito rolou para o lado e seu enorme braço já quase agarrou Shun pelas correntes. Se esgueiraram contra a parede da caverna e desataram a correr adiante. Seiya olhou para trás e viu.

O gigante tinha fácil três metros de altura, muito peso bem distribuído e os dois olhos na cara, ao contrário do que o diabo da voz havia dito.

— Não olha pra trás! — falou Seiya e Xiaoling já piava de medo.

Correram; o gigante pulou até eles e tremeu a terra da caverna, fazendo com que eles tropeçassem para fora daquele corredor para uma cratera alagada e rodeada de pedra.

— Agora danou. — disse Xiaoling sendo puxada por Seiya.

Os seis colocaram-se diante do gigante de Armadura. A bem da verdade, fora o medo, ele não era muito maior do que Dócrates. Mas era enorme.

— Vão morrer! — anunciou ele e disparou uma rajada cósmica que derrubou a parede ao lado de Xiaoling quase soterrando-a.

Shiryu acertou a criatura no rosto, mas tudo que fez foi deixá-la ainda mais brava.

Shun tentou contê-lo com suas correntes amarrando-o no torso, mas com as enormes pernas livres, ele simplesmente girou no seu eixo com força para acertar uma voadora hábil em Seiya e Alice ao mesmo tempo e com a mesma perna; Shun foi arremessado com o giro, preso às suas correntes.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora