20 - Aos Mestres Com Carinho

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O trajeto de carro até um pequeno aeroporto reservado. O vôo de muitas horas em um jato particular. Outro trajeto breve em um carro muito antigo. O sacolejar do vagão de um trem. A paisagem branca passando pela janela. O par de olhos fixos.

Dois jovens deixados à beira de uma estrada com suas Armaduras nas costas.

— Vai congelar de frio desse jeito. — disse a voz calma de Cisne ao notar que Seiya havia deixado seu casaco dentro do carro que acabara de partir, deixando-os ali.

— Se você vai sem seu casaco, eu também vou. — rivalizou ele, para uma risada de lado do garoto um pouco mais velho. Bem pouco mais velho. No fundo, eram dois jovens sozinhos na estrada.

— Eu treino nesse lugar desde que nasci. O frio não me incomoda.

— Não estou com frio. — mentiu Seiya.

— Pois então, trate de não me atrasar. — limitou-se ele a dizer enquanto deixava a estrada e entrava para dentro da terra que já se cobria de uma camada de neve.

Adiante da relva branca, havia uma floresta de pinheiros siberianos por onde Cisne os guiou por uma trilha tosca, mas claramente bem delimitada por entre raízes, pedras e árvores.

— Então é para esse lugar que os banidos do Santuário são enviados?

— Esse é apenas um dos lugares. — respondeu Cisne.

— Eu aposto que você também foi banido do Santuário. — arriscou Seiya.

— Eu tenho certeza disso. — limitou-se ele a dizer com um certo deboche. — E você também...

— O que quer dizer com isso? — armou-se Seiya, colocando-se diante do garoto.

— Quero dizer que é proibido para os Cavaleiros usarem suas Armaduras em benefício próprio. — disse ele, olhando fundo nos olhos de Seiya. — E é por isso que você não deve ser mais bem-vindo no Santuário.

Cisne voltou a andar, deixando Seiya com as dúvidas que já existiam em seu coração.

— Você não lutou no Torneio. — disse Seiya. — O que fez para ser banido também? — perguntou Seiya.

Cisne parou de andar por um instante e respondeu sem sequer olhar para Seiya.

— Eu desobedeci o meu Mestre.

Por detrás da névoa que desce das montanhas para invadir as estreitas pontes de madeira e corda, Shiryu e Xiaoling seguiram da cidade para os centros espirituais mais afastados de Rozan

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Por detrás da névoa que desce das montanhas para invadir as estreitas pontes de madeira e corda, Shiryu e Xiaoling seguiram da cidade para os centros espirituais mais afastados de Rozan. O caminho seguia embrenhado na floresta e povoado de pequenos vilarejos que pareciam ter parado no tempo; nas áreas abertas para visitação, despediram-se da escolta da Fundação e seguiram viagem ainda mais profundamente nas montanhas para a região dos Cinco Picos Antigos.

Cinco enormes pináculos de pedra irregulares no céu, rodeados de nuvens e névoas, de onde despencavam cachoeiras enormes de rios robustos e poderosos. Diz-se nos vilarejos próximos que aqueles cinco picos antigos na verdade eram cinco anciões que velavam pelo parque histórico e os rios sagrados da região. Os velhos dali frequentemente eram comparados às pedras enormes. Uma maldade.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaOnde histórias criam vida. Descubra agora