Eu não estava mais no clima para sair, mas já tinha combinado com a Olívia e convenci até meu pai a emprestar o carro. Anthony também conseguiu convencer a mãe dele, então eu não ia furar esse encontro muito louco e deixar Olívia segurando vela para os dois. Combinamos a pizzaria e eu já estava esperando a loirinha. Demorou um pouco, mas ela finalmente saiu da casa e veio para o carro.
— Desculpa a demora! Estava me maquiando!
— Cinto! — aviso e só espero ela pôr o cinto para começar a dirigir.
— Tá tudo bem? Tem pouco tempo que a gente se conhece, mas te conhecendo eu sei que você diria pelo menos um "tava pegando a água no poço pra demorar tanto pra tomar um banho?" — ela falou tentando imitar minha voz, e dou até um sorrisinho, pois foi engraçado — Mas você está um pouco... frio.
— Só não estou de bom humor!
— Ah, então quando você está de bom humor a reclamação é tipo sua forma de elogiar e fazer graça? — ela ri, mas por um curto momento — Heitor...
— Não tô afim de conversar, Olívia!
Ela fica quieta, assim consigo focar melhor na estrada. Eu sei que estou um chato agora, mas não consigo me fixar no presente e aproveitar, ainda estou com muita raiva reprimida. Estou magoado, me sinto enganado e não tem nada pior do que isso. Bom, claro que existem coisas bem piores do que esse drama familiar, mas eu não posso resolver os problemas do mundo. Meu celular começa a tocar em meu bolso.
— Pega aí e atende, por favor.
— Hum, tá bom! — ela começa a apalpar meu bolso da frente e um pouco entre minhas pernas também. Sorrio de canto e olho para ela rapidamente, mas finalmente ela pega o celular e atende — Oi... ele está dirigindo e não parece de bom humor... tá okay. — ela coloca o celular em meu bolso novamente — Era o Anthony, ele disse que vai demorar um pouco e que a gente pode pedir qualquer pizza.
— Entendi, ele vai transar. Que safado! — balanço a cabeça negativamente — Depois eu que sou o depravado. Isso porque não conheceram o Anthony com tesão reprimido desde... sei lá, treze anos?
— Vocês começaram a querer fazer sexo com treze anos?
— Não! Bom, eu não posso falar pelo Anthony, mas eu comecei a querer, querer muito, aos quatorze anos quando vi pornô pela primeira vez. Entre meus doze e treze eu estava descobrindo as maravilhas da punheta!
Ouço ela rindo e até me solto um pouco também. Okay, eu admito que sou um pervertido mesmo, porquê foi só ela pegar no meu pau que já fiquei de bom humor, talvez com uma certa expectativa para mais tarde.
— Você é bem precoce, sabia? Você batia uma quando tinha só doze anos isso é... eu nunca mais vou ver um garotinho dessa idade da mesma forma.
— Ah, para! Você nunca brincou com sua amiguinha quando tinha essa idade?
— Não! Eu juro pra você! Foi mais ou menos com quatorze, mas eu nem sabia fazer direito. Um pouco depois eu criei coragem para colocar o dedo e foi só a pontinha porquê eu estava com medo de perder a virgindade com meu dedo. E agora aos dezesseis eu dei pra você!
— Que adorável, uma ficante meio puritana! — seguro o rosto dela e puxo para mim, lhe dou um selinho bem rápido e volto a focar na estrada — E depois vem anal?
— O que? — ela soca meu braço e isso me faz rir — Idiota, nós nunca vamos fazer isso! Nossa, Heitor, que vergonha!
Começo a rir um pouco mais, essa menina é engraçada, mas não custava nada tentar, né? Agora eu não sei se ela tá com vergonha pelo meu pedido ou se é por imaginar a gente fazendo anal.

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Heitor
Novela JuvenilTodos adoram uma história com um garoto complicado, e aqui você vai encontrar um pouco disso. Mas, acima de tudo, talvez você se identifique com os personagens, já que não há nada de excessivamente fantasioso no mundo adolescente que apresento. Paix...