Minha amiga Liz

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Após a conversa com meu pai, voltei para o meu quarto e levei o refrigerante com os acompanhamentos para Anthony e Liz, que pareciam estar imersos em uma série.

- Então quer dizer, dona Liz, que não sou tão bonito quanto meu pai? - o irônico é que herdei muitos traços dele. Entreguei a sacola para Anthony, colocando as mãos na cintura em seguida

- Cai na real, Heitor, você é horrível! - ela disse, pegando a sacola de Anthony enquanto tentava esconder o sorriso.

- Minha filha, olha pra mim! - abri os braços e dei uma volta - Eu sou um deus grego, uma estátua de mármore com um pênis grande.

Liz caiu na risada.

- Se você ficar parado, talvez te confundam com uma estátua mesmo - Anthony brincou, levantando logo em seguida - Vou tomar um banho.

- Muito engraçado, puritano!

Puritano? - ele pegou sua mochila, me olhando incrédulo - Eu não sou rigoroso em relação aos princípios morais, eu apenas tenho uma certa dificuldade em praticar e falar disso! Me deixa em paz, cara! - e entrou no banheiro, batendo a porta.

Olhei para Liz, que agora fingia prestar atenção na TV, mas não conseguiu segurar o riso. Quando ela finalmente me olhou, arqueou uma sobrancelha.

- Vai ficar de toalha por muito tempo? - ela me examinou de cima a baixo antes de desviar o olhar.

- Quer que eu tire aqui ou vai sair do quarto para eu me trocar? - perguntei, indo até o guarda-roupa.

- Pode tirar, não me incomodo! - disse, dando de ombros, mas sua voz vacilou. Era óbvio que não estava tão confiante quanto tentava parecer.

- Um pinto a mais ou a menos não faz diferença, né? - provoquei, soltando um pouco a toalha. Ela me observava, talvez tentando ver se eu teria coragem. Sorri, segurei a toalha de novo e me aproximei - Eu adoraria ficar pelado na sua frente, mas só se você fizesse o mesmo! - estendi a mão, puxando-a delicadamente para fora do quarto e fechei a porta.

- Que crueldade, Heitor! Eu queria ver como é o de um albino.

- Sabe que odeio esse tipo de comentário, né? Acredite, não é diferente de qualquer outro que você já tenha visto. - respondi, vestindo uma cueca e uma calça de moletom. Ao abrir a porta, Liz me olhou com um bico adorável.

- Desculpa... - ela disse, manhosa, mas mantive a expressão séria. Ela se jogou em mim, me abraçando, parecendo genuinamente arrependida - Desculpa, Heitor! É mais forte que eu!

- Tudo bem, Liz! - suspirei, não sendo fã de abraços, mas retribuí, batendo de leve em suas costas. Aproveitei para dar uma olhada em sua bunda. É mais forte que eu, a vista é boa demais para não ser apreciada se a oportunidade surge. Levanto a cabeça e dou uma leve risada - Que ódio ter uma assim!

- Oi? - ela se afastou, fazendo uma careta - O que você quis dizer com isso?

- Eu quis dizer que você é gostosa e é uma tortura isso! - vou até o colchão de solteiro e deito, pego o controle para procurar algo interessante pra assistir, mas o peso de Liz sobre mim, me faz olhar para ela. - O que você está fazendo?

- Saiba que também é torturante para mim! ela - se inclinou, ficando com o rosto bem próximo ao meu - Uma garota precisa de muito autocontrole para não arrancar sua toalha ou te agarrar quando você sai dos treinos com os quarterbacks. Ou agora, vendo você todo gostosinho nessa calça de moletom, sem camisa.

Tento respirar calmamente e pensar nas coisas mais nojentas possíveis para não perder o controle, mas estou por um fio.

- Você sabe que não sou quarterback, né? - digo mais para quebrar aquele clima, mas minha voz saiu até rouca de desejo. A verdade é que estou a ponto de agarrar ela. A danada sorri de forma atrevida e rebola. Infelizmente eu não tenho controle sobre meu garoto, pensar em coisas nojentas não ajudou em nada, e quando ela olha para meus lábios, não aguento mais segurar minha vontade - Que se foda! - envolvo sua cintura com meus braços e, num movimento suave, giro para ficar sobre ela. Sem hesitar, nossos lábios se encontram em um beijo intenso. Aproveito uma pequena abertura para explorar com minha língua, e ela me acolhe sem reservas. Sinto uma de suas mãos deslizando pelos meus cabelos, enquanto a outra percorre minhas costas, e isso me encoraja a seguir em frente. Deslizo a mão pela lateral de seu corpo até alcançar sua bunda, apertando com firmeza. Incapaz de resistir, pressiono minha pélvis contra a dela. Um gemido suave escapa de seus lábios, interrompendo nosso beijo, mas logo me perco em seu pescoço, buscando outro ponto de prazer.

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