A primeira vez

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Respiro fundo várias vezes enquanto me aproximo da guarita de salva-vidas

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Respiro fundo várias vezes enquanto me aproximo da guarita de salva-vidas. O nervosismo toma conta de mim a ponto de ser difícil expressá-lo em palavras. Penso se não seria melhor voltar para junto do pessoal, mas já cheguei até aqui. Como o Heitor consegue? Quando ele quer, ele simplesmente faz, até quando era virgem ele tinha determinação.

Calma, Anthony, respira, você consegue. Se o Heitor conseguiu, eu também consigo. Afinal, eu jogo futebol assim como ele jogava e achei que nunca conseguiria ser bom em esporte, além disso eu beijei na boca pela primeira vez eu acho que fui bem porque ela me chamou para algo mais. Pensar nisso traz mais nervosismo, mas estou subindo as escadas e não tem volta agora. Desta vez, sou eu que vou contar minhas aventuras sexuais para o Heitor.

Agora que me dei conta de que esse lugar não tem banheiro, então não tenho muitas opções de entrada. Abro a porta da guarita lentamente, sentindo um nó de ansiedade. Quase tenho uma síncope quando a vejo, por dois motivos: primeiro que eu não acredito que estou prestes a fazer isso mesmo, é algo muito fora da minha realidade. Segundo é que a visão daquela mulher completamente nua, apoiada em uma mesa casualmente, é uma visão espetacular que faz com que meu coração dispare ainda mais. A perfeição dela é intimidante, e sua confiança contrasta com minha hesitação. Estou preparado? Talvez não, mas não consigo resistir a tentação. A verdade é que não me sinto como eu mesmo agora. Um lado meu diz que não é uma boa ideia, mas meus desejos são mais fortes.

— Vai ficar só olhando? — ela pergunta, tocando o próprio corpo de maneira provocante, fazendo com que eu tenha vontade de fazer isso por ela.

Um impulso me leva para mais perto. Me sinto hipnotizado e, antes que perceba, envolvo sua cintura e a beijo intensamente. Cada toque e cada movimento aumentam minha excitação, até que perco qualquer pensamento que me afaste dela. Ela começa a me despir, fazendo tudo parecer natural, como se já tivesse acontecido mil vezes.

— Vamos libertar esse garoto que já está desesperado! — diz ela, com um sorriso sedutor.

Ela desliza sua mão dentro da minha cueca e, não sei se por eu estar levemente alterado pela bebida ou se é por ser minha primeira vez, mas o prazer é tão intenso que minha mente se torna um borrão. Quando menos espero, ela pergunta com uma expressão curiosa:

— Você é virgem, não é? — seus olhos estão brilhando, como se tivesse ganhado na loteria — Vou fazer com que seja inesquecível.

Em questão de segundos, ela muda o ritmo, me empurrando para um banco e se ajoelhando entre minhas pernas. Seus lábios me envolveram, despertando uma sensação de bem-estar intenso. Com os movimentos harmoniosos de sua mão, sinto-me quase em êxtase. Agora tudo o que Heitor falava sobre sexo faz sentido e entendo totalmente porque ele disse que era triste eu ser virgem.

Quando achei que não poderia melhorar, ela levantou e veio para meu colo, se encaixando em mim. Tento dizer algo sobre a camisinha, mas antes que consiga, já estamos entrelaçados novamente. A sensação de estar dentro dela é tão avassaladora que nada parece mais real. Acho que vou até chorar, o prazer supera qualquer coisa que tenha me trazido qualquer tipo de satisfação, e seu corpo se molda ao meu como se fôssemos feitos um para o outro. Eu já ouvi muitas pessoas dizendo que isso ou aquilo é melhor do que sexo, até eu ousei pensar que minhas pinturas eram a melhor coisa do mundo, mesmo sem ter experimentado os prazeres carnais. Agora nada mais faz sentido, até seus gemidos parecem ser a melhor coisa que já ouvi.

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