Atenção:
O capítulo pode conter tema sensível para algumas pessoas, qualquer comentário ou debate pode ser feito, mas sem ofender ou ridicularizar a opinião alheia.
A autora pode ou não compartilhar do pensamento de algum personagem, mas a mesma não entrará nesse mérito.
Boa leitura!
Olívia acabou dormindo depois de tanto choro, ela estava tão desesperada que até Janne ouviu, e olha que ela estava na cozinha.
Ainda estou absorvendo o toda essa situação e Janne certamente já se deu conta do que está acontecendo. Eu não precisei falar nada quando ela entrou no meu quarto, ela apenas tentou consolar Olívia da melhor forma que ela podia.
— Eu liguei pro seu pai! — Janne diz, e não me surpreendo nada, também nem estou bravo, ele teria que saber de qualquer forma — Eu não falei nada, apenas pedi para ele vir o mais rápido possível!
— Tudo bem, é responsabilidade minha contar! — suspiro e passo a mão no cabelo, olho para o teto e dou uma risada — Puta que pariu, eu tô muito fodido!
Abaixo a cabeça e agarro meus cabelos, fico encarando o chão por um tempo e depois olho para Janne que está sentada no outro sofá com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo com pena, eu acho. A preocupação é nítida, mas tem outra coisa no olhar dela que eu não sei interpretar muito bem.
— Não se preocupe tanto! Eu e seu pai iremos te ajudar, você sabe disso, né?
— Eu não estou preocupado com isso, sei que vocês vão me apoiar... o problema é ter um filho agora. Faculdade, Nova Iorque, já era tudo!
— Não necessariamente! Você não pode desistir dos seus estudos, sempre podemos dar um jeito!
— E esse jeito é levar Olívia para Nova Iorque comigo, fazer faculdade, arrumar um trabalho e cuidar dela e de uma criança?
— É uma opção!
Fecho os olhos e apoio a cabeça no encosto do sofá.
Janne está bem tranquila, mas acho que isso é porque meu pai vai querer me matar quando eu falar pra ele. Sabe, a calmaria antes da tempestade. Bom, na verdade talvez ele só quebre uma perna minha e os pais de Olívia que vão me finalizar quando eu for falar com eles.
— Ela também pode decidir abortar! — suspiro, eu sei que é uma coisa horrível, mas eu não sei se consigo lidar com isso, com um bebê.
— Você quer que ela faça isso?
— Por que não? Seria bom para mim e para ela! — mordo meu lábio inferior, ficando pensativo — Mas no final é ela quem decide! O corpo é dela e eu não posso obrigar ela a ter ou abortar o bebê! Independente da decisão dela eu vou fazer minha parte.
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Heitor
Teen FictionTodos adoram uma história com um garoto complicado, e aqui você vai encontrar um pouco disso. Mas, acima de tudo, talvez você se identifique com os personagens, já que não há nada de excessivamente fantasioso no mundo adolescente que apresento. Paix...