Capítulo 19

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IARA

Desde que eu cheguei no Mereyos, minha vida não tem andado nada como eu pensava.

Primeiro, achei alguém tão inteligente quanto eu, e essa pessoa ainda é um playboy folgado, nunca em todas minhas vidas eu diria que Diego é o garoto mais inteligente da sala. E ele é realmente inteligente. 

Ele não prestou atenção em nada em nenhuma das seis aulas que tivemos, talvez eu tenha olhado para trás algumas vezes para admirá-lo, e mesmo assim, ele respondia com maestria todas as perguntas dos professores. Ele conseguiu acertar dez questões de trigonometria, ele resolveu as questões em uns quinze minutos.

Quando ele terminou, eu ainda estava terminando a sexta questão. Não vou mentir, fiquei morrendo de inveja de Diego, eu queria ser tão inteligente quanto ele, se eu não prestar atenção na aula, eu não aprendo tão fácil em casa, mas com ele não acontece assim.

Queria um dia no cérebro do Diego, apenas para entender como funciona o cérebro de um gênio, porque para mim, ele é um baita de um gênio.

Eu sempre disse que não ficaria com nenhum menino que nem Diego, muito arrogante, muito riquinho, mas aqui estou, tendo um relacionamento em segredo com ele. E eu não me arrependo nenhum um pouco. 

Gosto para caralho de Diego. Gosto dos beijos dele, de conversar com ele – mesmo que seja uma hora de alfinetadas, uma hora de amassos e um minuto de conversa fiada – e do pau dele, céus, o pau dele é incrível. Eu ainda não vi, mas só de sentir já fiquei trêmula. A cabeça deve ser tão rosinha… minha intimidade contrai só de pensar com ele entrando e saindo de mim.

Ontem, eu ainda estava muito nervosa com toda a ideia de estar em um relacionamento em segredo com ele, eu nem consegui falar com ele, nem beijá-lo, mas ele deu um jeito nisso, como ele sempre faz. Eu estava assustada quando alguém do nada me puxou para dentro de uma sala escura, mas não demorei para reconhecer o seu perfume.

Estou curiosa para saber de como ele sabia daquela sala.

— O que deu na sua cabeça? – me viro no assento de couro do carro, encaro seus olhos castanhos que estão atentos na estrada. Diego não tem idade para dirigir, mas devo admitir que ele parece profissional.

Ele olha para mim, céus, ele está tão gato. Ele jogou o blazer no banco de trás do camaro, subiu a manga da social branca até os seus cotovelos. Puta merda, se a gente tivesse perto de um terreno baldio, eu ia exigir que ele parasse o carro e me fodesse alí mesmo. Homem gato da peste.

— Pra me puxar pra um quartinho de zelador? – pergunto, bem humorada. Um silêncio enorme. Olho para ele, desconfiada.

Até que me dou conta um dos porquês de ele conhecer tão bem aquele quartinho. Eu não sou a primeira que ele leva para aquele quartinho. Um baita de um canalha.

— Que canalha! – reclamo, dou um soquinho fraco no ombro dele. — Você levou quantas?

Ele engole em seco. — Você quer mesmo saber?

— Pelo jeito, melhor não.

Mas eu sou muito curiosa, curiosa para caralho. Também sou fofoqueira, quero muito descobrir se a Isabella, a crente que frequenta videira, já foi para o quartinho com ele.

— Duas? – pergunto, como se eu não quisesse nada. Ele nega com a cabeça. — Cinco?

— Nop – ele dá a volta, estamos entrando no estacionamento do Iguatemi. 

— Oito?

— Você acha mesmo que eu conto? – olho para ele. É claro que ele conta. — Não.

A Competição [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora