Capítulo 15

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DIEGO

Nosso árbitro, Madison, não entende muito sobre basquete, na verdade, ele não entende nada, então na maioria das vezes somos nós que temos que falar quantos pontos foi cada cesta e o que fazer. 

Madison estabeleceu dois tempos de 10 minutos, o primeiro tempo foi bastante agitado – Daiane me derrubou cinco vezes pelo menos, ela derrubou Lucas, que é do time dela, umas oito vezes, isso tudo para pegar a bola e fazer uma cesta. 

Meu time foi massacrado no primeiro tempo, mas no segundo tempo conseguimos dar a volta por cima.

A nossa estratégia era fácil: fugir da Daiane toda vez que ela estivesse se preparando para chegar perto de nós. 

Não sei o que deu nela, mas hoje ela tá mais violenta que nunca. Meus pais precisam mandar ela para terapeuta de novo. 

Nosso time também teve muita sorte, nosso entrosamento é muito melhor que o do outro time. Eu e os meninos conseguimos sempre armar uma boa jogada e fazer pontos. Eu já fiz doze cesta de 3 pontos, não gosto de me gabar, mas eu sou o artilheiro do basquete. 

Adrian tá comendo poeira.

Chegamos ao final do segundo tempo com um empate, só que eu não estou atrás de um empate. 

Nesse final de semana, já tive muitos empates e uma derrota, quero uma vitória, quero poder me gabar de ser o grande vitorioso. 

Eu e Adrian nos concentramos no meio da quadra, Madison joga a bola o mais alto que consegue, dou um tapão forte na bola e mando para o lado do meu time. 

Jonathan corre com a bola, mas é interceptado por Iara. Iara é uma boa jogadora de basquete, eu não deveria estar surpreso, a garota manda bem em tudo – Beer pong, moda, escola, física, matemática, redação, beijos.

Eu tive que me segurar o máximo possível para não atacar Iara quando a vi com essa roupa, o short de lycra delineia a bunda farta dela, a cintura fina exposta é minha perdição. 

Eu não consigo parar de pensar nela. 

Eu pensei que o beijo fosse aliviar meus sonhos com ela, mas não, foi o total inverso, agora eu só penso nela, nenhuma garota se compara a ela, é só ela e ela, meus sonhos estão ficando cada vez piores. Eu preciso de mais, de muito mais, eu preciso foder Iara.

Ver ela nos jogos de família não estava nos meus planos, até porque mamãe só não me proibiu de ver Rodrigo, Jonathan e Lucas porque eu falei que posso ter depressão se ficar sem minhas almas gêmeas. 

Mamãe não gostou nada de saber que eu dirigi bêbado e ainda levei Isadora comigo – eu jamais deixaria Isadora dirigir –, eu até tentei explicar, mas ela sempre voltava para o fato de eu ter bebido vinho e de ser um irresponsável, agora estou de super castigo. Sem poder sair, sem poder dirigir, sem poder ver nenhuma menina.

— Diego, acorda – Rodrigo diz, me tirando dos meus pensamentos. O placar virou. A distância entre o meu time e o de Adrian está de cinco pontos.

— Foi mal – digo. Chacoalho a cabeça, tentando evitar pensar em Iara, no corpo dela, nos lábios dela. 

Não vou pensar em Iara, pelo menos não agora.

Pego a bola e avanço para o lado adversário. Iara está me marcando, encosto meu corpo rapidamente no dela e a driblo, por último faço uma cesta de três pontos. Iara bufa, frustrada. Pisco para ela.

Sereia, você não vai me vencer – sorrio de canto. Um sorriso malicioso enorme surge no rosto de Iara.

Iara está com a bola, ela avança para o meu lado, como uma águia, sinalizo para os meninos que eu irei marcar ela. Ela bate a bola três vezes no chão da quadra.

A Competição [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora